POPULATION REPORTS

Organizando melhor o trabalho


 

Tabela de conteúdos

Créditos

Capítulos

• Resumo

• Entendimento do conceito

• Práticas baseadas em evidências

• Capacidade de adaptação

• Ligações com outros serviços

• Redução da papelada ao mínimo

• Fatores físicos
Princípios dos fatores físicos

• Horário e programação dos serviços

• Fluxo de clientes

• Divisão e definição do trabalho

• Fatores sociais

• Implementação do conceito

• Bibliografia
Quadros e Tabelas

 

Este número de Population Reports foi preparado em colaboração com a Iniciativa MAQ (Melhoria da Interação entre o/a Cliente e o/a Prestador/a de Serviços de Saúde) do Serviço de População e Saúde Reprodutiva da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional). A Iniciativa MAQ dá apoio a pesquisas e a intervenções baseadas em evidências para promover o acesso aos serviços de saúde reprodutiva e o planejamento familiar e a qualidade destes serviços.

Publicado pelo INFO Project, Center for Communication Programs, The Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, 111 Market Place, Suite 310, Baltimore, Maryland 21202, EUA.

Volume XXXII, Número 1, Inverno de 2004

Série Q, Número 2
Organizando melhor o trabalho

Unidade de Saúde

5 Fatores físicos

Os fatores físicos que precisam ser controlados para obter uma melhor organização do trabalho incluem tanto os suprimentos e equipamentos necessários para prestar o atendimento, como o espaço na unidade de saúde onde as pessoas trabalham. O pessoal de serviços de atenção à saúde pode aproveitar ao máximo os recursos disponíveis quando eles são criativos e habilidosos. O uso do espaço disponível nas clínicas deve atender tanto a conveniência dos prestadores de serviços de saúde como dos clientes.

Princípios dos fatores físicos

1. Encorajar o pessoal como ser habilidoso quanto aos suprimentos e equipamentos. No mundo inteiro, praticamente toda organização de saúde enfrenta falta de recursos, seja em fundos, equipamentos, suprimentos clínicos, ou outros itens necessários para prestar serviços de saúde. As organizações mais hábeis não permitem que estas restrições impeçam o melhor atendimento. Habilidade significa encontrar formas criativas de resolver problemas com os recursos disponíveis. Por exemplo, na falta de leitos em um hospital da Tanzânia, o pessoal consertou muitos leitos danificados ao utilizar malhas de arame disponíveis no local, soldando-as na estrutura das camas (30). Na Mongólia, durante um inverno muito rigoroso, o pessoal do hospital fechou hermeticamente as janelas para manter as enfermarias aquecidas, providenciou toucas para os bebês e conseguiu que uma companhia local doasse roupas e cobertores (52).

A água e a eletricidade são dois serviços que faltam com muita freqüência. As clínicas podem coletar água da chuva e usar gás ou lenha para o aquecimento, ou usar sistemas de energia solar para o aquecimento e refrigeração, se for possível (8, 74, 80). Num centro de saúde rural do Camboja, a bomba local de água estava quebrada. A clínica podia obter água de um poço próximo ou de um depósito de água de chuva. Mas a água do poço mostrava-se barrenta e o depósito não era tampado, permitindo a entrada de pó e mosquitos, que contaminavam a água. Para garantir a disponibilidade de água própria, os membros da comunidade construíram uma cobertura de madeira para o depósito de água, enquanto a clínica fez planos para cavar um novo poço (92).

Garantir estoques adequados de anticoncepcionais, medicamentos e outros suprimentos essenciais é ainda mais importante (53, 97). Para manter os suprimentos continuamente em estoque, as clínicas necessitam ter boas estratégias de gestão de suprimentos (101) (veja o quadro). O estabelecimento de procedimentos de emergência pode ajudar (ver Vínculos com outros serviços e locais). Além disso, os membros do pessoal responsáveis por estimar e obter os suprimentos precisam se comunicar com os prestadores de serviços que atuam na linha de frente, que são os que melhor conhecem os clientes, para obter os produtos que mais deverão satisfazer aos clientes.

(ver o quadro)

2. Adaptar o espaço da clínica à conveniência dos clientes e dos prestadores de serviços de saúde. Os clientes preferem clínicas que são limpas, organizadas e confortáveis (96). Geralmente, soluções simples e econômicas para contornar os problemas podem tornar a clínica um lugar muito mais agradável para os clientes. Os esforços para tornar as clínicas mais convenientes para os clientes e organizar as áreas de espera de uma forma que reflita as normas culturais e de gênero deixam os clientes mais à vontade. Por exemplo, a reserva de um espaço para crianças, com atividades apropriadas às mesmas, pode manter as crianças ocupadas enquanto suas mães são atendidas. Quando os maridos acompanham suas esposas, mas por costume não podem entrar na própria clínica, uma área separada de espera bem como materiais educacionais podem servir de incentivo para os casais visitarem a clínica (52).

A reorganização do espaço de trabalho pode garantir uma maior privacidade dos clientes. Por exemplo, pode-se posicionar a mesa de exame para evitar que os clientes sejam vistos através da porta, usar divisórias e cortinas, e reduzir a circulação de pessoas em torno das áreas de exame. O reposicionamento das dobradiças na porta da sala de exame, de forma que esta só abra para fora, também pode aumentar a privacidade de todos (12).

Arranjos diferentes do espaço da clínica podem ajudar a facilitar o trabalho do pessoal. Por exemplo, a proximidade das áreas de trabalho dos funcionários pode afetar a facilidade e o tempo necessário para realizar os procedimentos. Quando os passos de um processo qualquer são posicionados o mais próximo possível, o pessoal passa mais facilmente de um passo a outro, melhorando a eficiência (94) (ver os quadros a seguir  quadro  e  quadro)

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