POPULATION REPORTS


Health care workers meeting
 

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Publicado pelo Population Information Program, Center for Communication Programs, The Johns Hopkins University School of Public Health, 111 Market Place, Suite 310, Baltimore, Maryland 21202, EUA
 

Volume XXX, Número 2
Primavera de 2002
Série J, Número 52


Programas de Planejamento Familiar

Medição/descrição das deficiências de desempenho

Usando as definições de desempenho desejado e as informações sobre desempenho efetivo, os facilitadores de MD: (1) medem ou descrevem as deficiências de desempenho, (2) ajudam as partes interessadas a selecionar as deficiências que gostariam de resolver, e (3) classificam as deficiências selecionadas por ordem de importância. Com esta seleção preliminar, as partes interessadas não têm que continuar a análise de deficiências que não desejarem abordar.

A deficiência de desempenho é a diferença entre o desempenho desejado e o desempenho efetivo, geralmente expressa como uma diferença percentual. Também pode ser expressa como uma relação entre os resultados obtidos pelos trabalhadores exemplares e os obtidos pelo pessoal normal (48).

Um erro comum neste estágio é confundir as causas com as deficiências de desempenho. Por exemplo, se os profissionais de atendimento não estiverem aconselhando bem os clientes, os facilitadores de MD podem errar ao definir a deficiência como uma falta de conhecimento e habilidades, ao invés de considerá-la como a diferença entre o desempenho desejado – digamos, 100% dos serviços de saúde seguindo o protocolo de aconselhamento – e o desempenho efetivo – digamos, 20% seguindo o protocolo. A análise da causa básica – o próximo passo no processo de MD – não é parte da descrição da deficiência de desempenho, mas sim explica esta deficiência.

As próprias partes interessadas selecionam as deficiências de desempenho que exigem mais atenção, com base em critérios que elas também decidem. Por exemplo, elas poderão selecionar as deficiências mais evidentes, aquelas que são mais importantes para a organização ou para a diretoria, ou aquelas que podem ser resolvidas mais rapidamente, ou ainda aquelas cuja solução tem um impacto mais óbvio.

Para classificar as deficiências, os facilitadores de MD coletam informações nas reuniões e entrevistas fazendo perguntas tais como: "Qual é o impacto deste desempenho típico [ou insatisfatório] sobre os serviços de saúde reprodutiva?" e "Como este problema de desempenho se compara com outros problemas de desempenho que já discutimos?".

Em geral, quanto maior a deficiência de desempenho, maior a oportunidade de sua melhoria. No projeto da Tanzânia, por exemplo, os facilitadores consideraram que as deficiências superiores a 20% eram elevadas o suficiente para levá-los a analisar as causas profundas e buscar soluções (135).

A classificação das deficiências selecionadas ajuda as partes interessadas a decidirem a ordem em que elas devem ser tratadas. Por exemplo, na avaliação de necessidades feita na Nigéria, os facilitadores de MD classificaram as deficiências de desempenho das clínicas com base em um consenso entre as partes interessadas. Por ordem de classificação, estas deficiências tinham a ver com problemas de: (1) suprimento de anticoncepcionais, (2) registros das clínicas, (3) tratamento dos clientes, (4) prevenção da infecção, e (5) acessibilidade em áreas rurais (46, 88). Mas em muitos casos, as deficiências mais importantes têm que esperar até que outros problemas menos importantes de desempenho sejam resolvidos. No projeto do IDSS, por exemplo, as deficiências de aconselhamento foram consideradas as mais elevadas, porém os problemas de logística, que haviam sido classificados em quarto lugar entre cinco, tiveram que ser resolvidos primeiro para garantir que os profissionais de atendimento tivessem anticoncepcionais para distribuir aos clientes (101).

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