Population Reports - Série B - Nº 06 - Dispositivos Intra-Uterinos - 01 - Em Dia com o DIU
Equipe Editorial Bibliomed
Os dispositivos intra-uterinos (DIU) disponíveis atualmente oferecem uma proteção
praticamente completa contra a gravidez. Alguns modelos mantêm sua eficácia por
períodos mais longos do que quaisquer outros métodos reversíveis de planejamento
familiar. Corretamente instalado, o DIU é seguro para mulheres que correm pouco risco de
contrair doenças transmitidas sexualmente. Na verdade, por evitar tão bem a gravidez, o
DIU acaba salvando muitas vidas. DIU pode ser colocado a qualquer momento durante o ciclo menstrual, desde que se esteja razoavelmente seguro de que a mulher não esteja grávida. Caso a mulher tenha infecção genital no momento ou corra um risco alto de contrair uma
DST, o DIU não deve ser usado. No entanto, uma prévia gravidez ectópica ou EIP não
impedem seu uso. DIU deve ser colocado somente se for possível seguir procedimentos de prevenção de
infecções. Somente uma visita de acompanhamento é necessária, entre 3 a 6 semanas após a
colocação do DIU, para verificar possíveis infecções ou processo de expulsão.
Evidentemente, as usuárias devem saber que podem voltar sempre que tiverem dúvidas ou
preocupações, ou se quiserem retirar o DIU. Qualquer mulher pode usar um DIU, seja qual for sua idade, desde que ela corra pouco
risco de contrair uma doença sexualmente transmissível. Não é necessário ter um período de descanso ou de espera até fazer nova colocação
do DIU. Esta espera aumenta o risco de contrair uma EIP (infecção do trato genital
superior), além de ser anti-econômica para as clientes e para os programas. Um provedor de serviços de saúde bem preparado poderá colocar um DIU, de forma
segura, imediatamente após um parto ou aborto precoce. Após receber treinamento, não só os médicos mas também enfermeiras, parteiras e
outros profissionais da área de saúde poderão colocar um DIU com segurança.
O Papel
Essencial do Provedor de Serviços de Saúde
Eficácia a Longo Prazo
Estudos comparativos internacionais de grande porte continuam a acumular indícios de
que o DIU é seguro e eficaz por longos períodos de tempo. Em 1994, a FDA
(Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA) aprovou o uso do DIU TCu-380A por
até 10 anos, por reconhecê-lo como o DIU de cobre de mais longa duração. Atualmente, o
TCu-380A é o DIU de uso mais comum e um dos métodos anticoncepcionais mais eficazes já
desenvolvidos. Os estudos de grande porte constataram que, de cada 100 mulheres
observadas, menos do que uma engravidou no primeiro ano de uso e, no estudo comparativo mais
longo, somente 2,1 mulheres, em cada 100, engravidaram durante os 10 anos de uso.
Na prática, o TCu-380A e outros DIU disponíveis no momento — o TCu-220C, o
Multiload-375, a Nova T e o LNG-20 — são mais eficazes do que os anticoncepcionais
orais, podendo ser comparados aos anticoncepcionais injetáveis, aos implantes e à
esterilização voluntária. O DIU LNG-20, que libera hormônios e já foi aprovado em 10
países, pode ser o mais eficaz de todos os tipos de DIU, revelando apenas 0,3 gravidezes
para cada 100 mulheres depois de cinco anos de uso.
Como os tipos mais modernos do DIU evitam a gravidez de forma tão eficaz, eles impedem
muitas mortes maternas e, por isso, são classificados como os melhores métodos de
planejamento familiar para a proteção da vida das mulheres.
Maior
Compreensão Permite Melhor Orientação
As pesquisas mais recentes ajudaram a dissipar as nuvens que encobriam o DIU nos anos
80. Agora já se sabe que o maior risco de doença pélvica inflamatória ou EIP
(infecção do trato genital superior) está concentrado no primeiro mês após a
colocação do DIU e entre as mulheres expostas a doenças sexualmente transmissíveis (DST). Além disso, parece não haver praticamente nenhum aumento do risco de esterilidade
nas mulheres que usam o DIU de cobre e que têm um relacionamento monogâmico, ou seja,
que não correm o risco de contrair DST. As pesquisas mais recentes sugerem que o DIU
funciona ao impedir que o espermatozóide atinja o óvulo. Existem indícios de que o DIU
de cobre e aqueles fabricados inteiramente de plástico, se estiverem sendo usados, ajudam
a proteger contra a gravidez ectópica.
O aperfeiçoamento do conhecimento científico permitiu aos especialistas recomendar
práticas mais atualizadas de orientação às interessadas no uso do DIU. Estas novas
recomendações eliminam as restrições sem base científica feitas ao uso do DIU e
definem mais adequadamente o perfil das mulheres que podem usar o DIU de forma segura. Por
exemplo:
O bom discernimento, treinamento e perícia dos provedores de serviços de saúde são
uma garantia de que:
(1) Haverá uma triagem adequada das mulheres, impedindo o uso do DIU naquelas que
sofrem de DST ou que correm risco de contrair as DST.
(2) A colocação será feita de forma cuidadosa e delicada, usando instrumentos
esterilizados e altamente eficientes, um DIU devidamente esterilizado e uma técnica de
inserção sem "toque". Com isto, minimizam-se a ocorrência de dor durante
a inserção e as chances de infecção, perfuração, gravidez e expulsão.
(3) Será usado o DIU de maior duração que possa atender às necessidades de
cada mulher, minimizando qualquer risco de contrair DIP associada à re-inserção.
(4) Poderá haver uma orientação informativa e compreensiva. Uma usuária de
DIU deve estar informada de quando seu DIU deve ser substituído, deve saber que pode
voltar a qualquer momento que tiver problemas ou dúvidas e deve entender que o DIU não a
protege contra a AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis.
Quando este produto de alta qualidade é oferecido junto com serviços igualmente
adequados, o DIU é uma excelente opção para muitas mulheres.
Population Reports is published by the Population Information Program, Center for Communication Programs, The Johns Hopkins School of Public Health, 111 Market Place, Suite 310, Baltimore, Maryland 21202-4012, USA
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