Capítulo 14 - Tratamento Perioperatório da Paciente Grávida Submetida a CirurgiaNão-Obstétrica

William S. Kammerer, M. D., F. A. C. P.. . Apesar de a freqüência das cirurgias não-obstétricas ser inferior a 2%, a familiaridade com suas exigências peculiares e aspectos incomuns vem a ser um fator determinante para uma preservação fetal bemsucedida e pode minimizar a morbidade e a mortalidade maternas (Griffen, 1969). Na maior parte dos casos, a severidade do problema cirúrgica, e não a própria cirurgia, é que determina a perda ou prematuridade do feto, bem como a morbidade e mortalidade perioperatórias da mãe (Shnider, 1965). Na maioria dos procedimentos planejados e realizados no segundo trimestre não deve haver um aumento significativo na mortalidade perinatal (Levine, 1961; Smith, 1963). A incidência de prematuridade e perda fetal aumentam substancialmente, entretanto, na proporção do grau de severidade da doença subjacente à cirurgia, ou devido à hipoxia, acidose ou choque intra-operatório e a complicações cirúrgicas pós-operatórias. Boa parte da confusão e inacurácia em relação ao diagnóstico pré-operatório de distúrbios intra-abdominais, trazendo, em alguns casos, taxas muito elevadas ...

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