08 - Preservativos

Equipe Editorial Bibliomed

Cada vez mais, as companhias estão fabricando preservativos masculinos e femininos de materiais diferentes, com o fim de aumentar a variedade e estimular o uso. Os preservativos masculinos estão sendo desenvolvidos com outros materiais além do látex e os preservativos femininos, que antes eram feitos de poliuretano, agora estão sendo desenvolvidos em látex.

Apesar dos preservativos darem a melhor proteção contra a infecção pelo HIV, outros novos métodos de barreira, em desenvolvimento, também oferecem alguma proteção, especialmente quando usados com microbicidas, quando os microbicidas se tornarem disponíveis. (Veja INFO Reports: “Microbicidas: Novo Potencial de Proteção”, Janeiro de 2005). Estes novos métodos de barreira incluem tampões cervicais, dispositivos do tipo diafragma, e esponjas que enfatizam o conforto e a facilidade de uso (ver o Suplemento Web: “Barreiras Vaginais” em http://www. populationreports.org/m19/supplements/vaginal.shtml ).

Novos preservativos

Os preservativos masculinos

Novos tipos de preservativos masculinos incluem os preservativos sintéticos de outros materiais (não-látex), os quais muitos homens preferem. Para os homens muito sensíveis ou alérgicos ao látex, os novos materiais de preservativos incluem o poliuretano e o estireno-etileno-butileno-estireno (SEBS), um material sintético conhecido comercialmente como Tactylon®.

Preservativos masculinos sintéticos de não-látex. Os preservativos de poliuretano e SEBS têm duas vantagens sobre os preservativos de látex. Eles têm uma vida mais longa após serem colocados para a venda e podem ser usados com lubrificantes à base de óleo, os quais podem danificar os preservativos de látex (84). Alguns usuários dizem também que os preservativos de não-látex têm menos odor, encaixam-se mais confortavelmente e são menos restritivos, transferindo o calor do corpo de uma forma melhor  que os preservativos de látex (84). Mas ainda não foram realizadas pesquisas para confirmar ou não estas impressões.

Os preservativos de poliuretano estão disponíveis nos EUA desde 1995 (250). Os preservativos de SEBS ainda não são comercializados (70). A disponibilidade de preservativos de látex em países em desenvolvimento é limitada. Uma companhia colombiana, Natural Sensation, vem produzindo os preservativos de poliuretano desde 1993, sob as marcas Unique® para homens e Unisex® para homens e mulheres. Estas marcas estão disponíveis em toda a América Latina (46).

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Muitos estudos já examinaram as diferenças entre os preservativos sintéticos, feitos ou não de látex (45, 54, 84, 190, 234, 245, 255). Uma análise dos dados de 10 estudos comparativos constatou que mais usuários preferem preservativos sintéticos de não-látex e disseram que os recomendariam a outras pessoas. Mas vários preservativos sintéticos de não-látex (Durex Avanti, e Z-on e Tactylon) se romperam ou escorregaram durante o ato sexual ou na retirada com maior freqüência do que os preservativos de látex (84). Apesar da maior proporção de rupturas e deslizamentos, a maioria foi tão eficaz quanto os preservativos de látex na prevenção da gravidez (84).

Os preservativos femininos

Mulheres que participaram de grupos de pesquisa disseram que queriam métodos anticoncepcionais de barreira cujo uso elas pudessem controlar (97, 186). Mas o único preservativo feminino disponível, o FC Female Condom® (antes chamado de Reality), é feito de poliuretano e é muito caro para muitos programas de planejamento familiar ou seus clientes. Muitos preservativos femininos mais recentes – o FC2, o preservativo feminino VA e o Preservativo da Mulher – são feitos de materiais menos custosos. Eles se encontram agora em estudos clínicos.

Preservativo feminino FC2. O FC2 é um preservativo feminino de segunda geração desenvolvido pela Feminine Health Company (FHC). Ele se baseia no preservativo feminino FC de poliuretano, mas pode custar a metade do preço. O preservativo feminino FC2 é feito de látex sintético, que é mais suave que o poliuretano e é montado por meio de um processo de imersão, uma técnica menos cara que o método de soldagem usado com o poliuretano (137).

O preservativo feminino FC2 deve se tornar disponível em países em desenvolvimento em 2005. Já foi concluído o estudo clínico de fase II que compara o FC2 com o preservativo feminino FC original, e o produto espera a concessão da Identificação CE na Europa, designação esta que indica produtos que atendem às normas de saúde e segurança. O fabricante também planeja solicitar a aprovação da USFDA (137).

O preservativo feminino VA. O preservativo feminino VA, também conhecido como preservativo feminino Reddy e V-Amour, contém uma esponja macia que o mantém preso na vagina, ao invés de usar um anel, como o preservativo feminino FC. Além disso, ele tem uma borda externa em forma de V. Seus fabricantes, Medtech Products Ltd. e Intellx, Inc., introduziram o produto (ainda que de forma limitada) na Alemanha e na Espanha, em 2002, como o primeiro preservativo feminino de látex (180).

O preservativo feminino VA recebeu a Identificação CE e será comercializado na Europa Ocidental e no Brasil, Índia e África do Sul, a partir de 2005 (155, 180). O CONRAD e a organização Family Health International (FHI) estão conduzindo estudos clínicos de fase III sobre um quinto modelo do preservativo para determinar sua eficácia e aceitabilidade (70, 79, 155). Depois da conclusão desses estudos, o fabricante planeja solicitar a aprovação da USFDA (180).

O Preservativo da Mulher, do programa PATH. Desde 1998, o programa PATH vem trabalhando para desenvolver um novo preservativo feminino. O PATH já testou 50 protótipos diferentes quanto à facilidade de inserção, conforto, estabilidade, desenho e custo. O produto final consiste de uma cápsula dissolvente concebida para tornar a inserção mais fácil, uma bolsa de preservativo feita de poliuretano, e um anel externo suave que permite um ajuste praticamente universal. Depois de inserido, as seções de espuma de uretano da bolsa do preservativo permitem que ele se prenda levemente às paredes da vagina e não se desloque durante o uso (24, 25).

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Em 2004, o programa PATH concluiu um estudo com 60 casais, num total de 180 usos do produto no México, África do Sul e Tailândia. O estudo constatou que 98% das mulheres e 99% dos seus parceiros ficaram satisfeitos com a sensação de contato com a pele que o preservativo permitia (23). Atualmente, estão em andamento nos EUA estudos clínicos de fase I que avaliam a segurança e aceitabilidade do Preservativo da Mulher, do programa PATH, comparado com o preservativo feminino FC original. Esses estudos contam com o apoio do programa CONRAD, e deverão estar concluídos até meados de 2005. A PATH espera a aprovação da USFDA em 2007 (23, 24).

Population Reports é publicado pelo Population Information Program, Center for Communication Programs, The Johns Hopkins School of Public Health, 111 Market Place, Suite 310, Baltimore, Maryland 21202-4012, USA.

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