Population Reports - Série B - Nº 06 - Dispositivos Intra-Uterinos - 05 - Remoção
Equipe Editorial Bibliomed
A remoção do DIU é, normalmente, um procedimento de rotina e não complicado. Pode
ser feita a qualquer momento durante o ciclo menstrual. Para retirar o DIU, o profissional
do serviço de saúde puxa o fio lenta e cuidadosamente com o fórceps. Pode-se usar um
tenáculo para manter em posição o colo uterino e alinhar o canal endocervical com as
cavidades vaginal e uterina (357). Se a remoção estiver difícil, a cliente deve ser
enviada a um clínico experimentado que pode dilatar o colo uterino. Alternativamente, a
remoção pode ser tentada de novo durante a menstruação, quando o colo fica
naturalmente mais macio (142, 190). Um estudo internacional multicêntrico constatou que
menos de 2% das tentativas de remoções de modelos padrão de DIU apresentavam
dificuldades (61).
Uma razão comum da dificuldade na remoção do DIU é "não encontrar" o fio
do DIU, que deveria estar na vagina, próximo ao colo uterino (342). O mais comum é que o
fio tenha se deslocado para dentro do canal cervical, talvez por ter sido cortado muito
rente durante a colocação. Depois de certificar-se de que a mulher não esteja grávida,
o profissional do serviço de saúde pode usar um fórceps estreito para sondar o canal
cervical e puxar o fio. Um estudo realizado no Reino Unido constatou que esse método
podia ser usado em 50% dos casos em que o fio não podia ser encontrado inicialmente
(202). Se isso não funcionar, pode ser que o fio tenha entrado pela cavidade uterina, ou
então pode ser que o próprio DIU já tenha sido expelido sem que a mulher tenha se dado
conta. Pode-se, então, usar uma sonda para verificar se o DIU continua no lugar. A
aspiração à vácuo pode ser usada para localizar o fio. Isso geralmente faz o DIU
deslocar-se (130). Se o fio não puder ser retirado, o DIU pode ser retirado do útero com
o uso de fórceps, curetas ou ganchos. O profissional responsável pela remoção deve ter
muito cuidado para não ferir o útero.
Uma razão menos comum para a dificuldade de remoção é a possibilidade de que o DIU
tenha perfurado parcial ou completamente o útero ou que tenha se implantado na parede
uterina. Deve-se suspeitar de perfuração sobretudo se a mulher estiver sentindo dores
abdominais ou pélvicas ou sangramento irregular (449). Se estiverem disponíveis, podem
ser usados aparelhos de raios-X, histerografia (raios-X da cavidade uterina depois de
introduzir um meio de contraste), histeroscopia (visualização direta da cavidade uterina
com um instrumento de fibra óptica) ou, às vezes, ultra-som para diagnosticar a
possibilidade de perfuração e incrustação (7, 15, 133, 237, 303, 449). Somente um
clínico com experiência deve tentar remover um DIU incrustado ou que tenha causado
perfuração (614).
Population Reports is published by the Population Information Program, Center for Communication Programs, The Johns Hopkins School of Public Health, 111 Market Place, Suite 310, Baltimore, Maryland 21202-4012, USA
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