Introdução . . Uma nova e fascinante abordagem relativa aos herpesvírus humanos refere-se à possibilidade de serem utilizados como tratamento de múltiplas formas de câncer, muitas vezes localizados em sítios fora de possibilidade cirúrgica, como o sistema nervoso central (SNC), ou casos em que outras opções terapêuticas falharam. Esta perspectiva é viável ao relembrarmos que os DNA-vírus são capazes de se integrar ao genoma do hospedeiro e que as células cancerígenas são alvos fáceis para este processo biológico, pela maior taxa de mitoses que apresentam. A simples incorporação do vírus ao DNA do hospedeiro poderia parecer um contra-senso em um primeiro momento, pois trata-se de um paciente com doença de base grave e, muitas vezes, indutora de imunodepressão. Este paciente não iria se beneficiar, seguramente, de mais uma fonte de agressão biológica e poderia, até mesmo, sucumbir à exigência extra à qual estaria subitamente exposto. . . A....