Antonio Carlos de Castro Toledo Jr.. Introdução . Durante muitos anos acreditou-se que os profissionais da saúde não apresentavam risco maior de doenças infecto-contagiosas do que a população em geral. Na década de 1920, o Dr. Norris, diretor de sanatório para pacientes com tuberculose, nos EUA, chegou a afirmar: “Não existe nenhum perigo no ar expirado pelos tuberculosos. Por isso, o sanatório de tuberculose é, provavelmente, o local mais seguro quando se considera o risco dessa doença.” Na verdade, a incidência de doenças infecto-contagiosas na população em geral era tão alta que suplantava o risco dos profissionais da saúde. Com a melhoria das condições gerais de vida da população e a redução da incidência das doenças infecto-contagiosas, o risco aumentado dos profissionais de saúde tornou-se mais evidente. Em períodos de epidemias, as unidades de saúde muitas vezes funcionam como centros disseminadores da doença, seja para outros doentes da unidade, seja para a população em geral, por intermédio dos membros da equipe de saúde. Apesar das evidências, a discussão sobre biossegurança e sobre o risco ocupacional de doenças infecciosas....