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para diferenciar diagnósticos, como as várias
dezenas de tipos de dor de cabeça já descritas, por
exemplo. Alguns pacientes complicam ou morrem
até sem diagnóstico, assim peca-se pelo excesso.
Daí surgiu a “Medicina Defensiva”, e os recursos
que são de todos, são mais usados por alguns
exigentes soberbos, maníacos ou hipocondríacos
por falta de retro-controle, pois, não vai lhes
custar o uso a mais. Só sentem no bolso o que
pagam diretamente. “Pago o convênio e quero
gastar. Quero tais exames”!
“Doctor shopping” é ir a um, a outro, e mais outro
médico, como se estivesse apreciando vitrines
num Shopping Center. Falta compromisso com
a continuidade com o médico que poderia (?)
estudar seu caso, acham que esclarecimentos são
imediatos, sem noção da extensão, variedade,
complexidade, dificuldade, empirismo e dinamismo
do conhecimento científico. Médicos necessitam
de contínuos estudos, com altos custos financeiros
e de tempo muito além do da consulta.
Quem tem um médico tem um quem tem dois tem
meio, quem tem três não tem nenhum.
Odilon Braz Cardoso - CRMMG 9430
Neurocirurgia - Presidente da Comissão de Ética
Médica do Hospital de Pronto Socorro João XXIII
OPINIÃO DO ESPECIALISTA