08 - Encarte Especial : HIV/AIDS: O que os jovens desejam saber

Equipe Editorial Bibliomed

O que é o HIV/AIDS?

O HIV - vírus da imuno-deficiência humana - infecta e debilita as pessoas, tornando-as muito enfermas e incapazes de lutar contra outras infecções. A AIDS—síndrome da imuno-deficiência adquirida - surge de 2 a 10 anos após a infecção com o HIV, já no estágio final. Uma pessoa com AIDS acaba morrendo de doenças causadas pelas infecções relacionadas ao HIV.

Como a pessoa se infecta com o HIV?

Você pode infectar-se diretamente quando o sangue, sêmen ou secreções vaginais de uma pessoa portadora do HIV entram no seu corpo. As principais atividades que colocam as pessoas sob o risco de contrair o HIV são:

- Ter relações sexuais com um portador de HIV sem usar corretamente um preservativo em toda e qualquer relação sexual.
- Uso de agulhas para injeção intravenosa de drogas que estejam contaminadas com o HIV.
- Uso de instrumentos para furar a pele para colocação de jóias ou ornamentos ou para fazer tatuagens, ou ainda sofrer cortes com agulhas, lâminas ou outros objetos pontiagudos ou cortantes que não tenham sido esterilizados e estejam contaminados com o HIV.

Além disso, os fetos podem se infectar no útero e os bebês, durante o parto ou amamentação, se suas mães forem portadoras de HIV.

Posso ser infectado pelo HIV se praticar o sexo oral ou anal, porém não o coito vaginal?

Sim.

Posso contrair o HIV se tiver relações sexuais com uma pessoa infectada mesmo que esta pessoa tenha contraído o HIV não por relações sexuais, mas de uma outra maneira?

Sim. As pessoas com HIV podem transmiti-lo a outras por meio de qualquer comportamento transmissível do HIV, não importa a forma como o contraíram originalmente.
 
Posso contrair o HIV em contato simples e comuns com pessoas infectadas?

Não. Você não se infecta simplesmente por ir à mesma escola, usar o mesmo banheiro ou vaso sanitário, beber do mesmo copo de uma pessoa infectada, ou por fazer qualquer coisa que não implique a entrada em seu corpo de sangue, sêmen ou secreções vaginais de uma pessoa infectada. Beijar uma pessoa infectada não poderá ocasionar a transmissão do HIV, a não ser que a saliva ou sangue da pessoa infectada se misture ao seu próprio sangue, por meio de pequenos cortes ou chagas em sua própria pele.

Posso contrair o HIV pela picada de um mosquito ou outro tipo de inseto?

Não.

É possível dizer que a pessoa tem HIV/AIDS simplesmente olhando esta pessoa?

Não. Freqüentemente, a aparência do portador do HIV/AIDS não é diferente da aparência das outras pessoas. Os portadores de HIV/AIDS podem ter problemas de saúde, da mesma forma que outras pessoas que não estão contaminadas pelo HIV/AIDS.

Existe alguma vacina para me proteger contra o HIV?

Não. Existem pesquisas em andamento porém, até agora, não conseguiram criar uma vacina contra o HIV.

O fato de já ter tratado de outras infecções sexualmente transmitidas (IST’s) que tive me deixa imune ao HIV?

Não. As IST’s aumentam suas chances de contrair o HIV de seu parceiro ou parceira sexual e de transmiti-lo a outros parceiros. Se você se tratar e for curado de suas IST’s, suas chances de contrair o HIV diminuem mas não desaparecem.

Existe uma forma 100% eficaz de proteger-me contra o HIV/AIDS?

Sim. Você pode evitar a infecção do HIV se tomar todas as três providências seguintes:

- abster-se totalmente de relações sexuais, ou só ter relações sexuais com seu parceiro/a, desde que ele/ela também só tenha relações sexuais com você e desde que nenhum dos dois esteja infectado com o HIV. (A única maneira de saber com certeza que você e seu parceiro/a não estão infectados é fazerem o exame de HIV e receberem os resultados juntos.)
- não usar agulhas já usadas por outras pessoas para injetar drogas nas veias
- não fazer perfurações no corpo ou tatuagens ou cortar-se com agulhas, lâminas ou outros objetos afiados que outras pessoas tenham usado e que não tenham sido esterilizados depois do uso.

Se eu estiver infectado com o HIV e tiver relações sexuais com alguém não infectado, isto ajudaria a curar-me?

Não. Além disso, você poderia infectar outra pessoa com o HIV.

Existe alguma cura para o HIV/AIDS?

Não. Um vez infectado, o HIV permanecerá em seu corpo o resto da vida.

Os preservativos protegem contra a infecção pelo HIV?

Sim. O uso tanto dos preservativos masculinos como dos femininos, de forma correta e em toda relação sexual, inclusive em sua primeira relação sexual, protege-o contra a infecção de HIV. Entre os outros benefícios do preservativo está o fato de que ele previne também a gravidez. O uso de preservativos em todas as relações sexuais é de máxima importância. Como também é importante usá-lo corretamente, para que não rasguem, furem ou se desloquem durante o ato sexual. Muitas pessoas não usam o preservativo de forma consistente ou correta e, assim, correm o risco de contrair o HIV.

Mas não é verdade que o HIV é tão pequeno que pode atravessar um preservativo?

Não. Se for usado corretamente, o preservativo constitui uma barreira eficaz contra o HIV.

Se um parceiro/a sexual insiste em usar o preservativo, isto não significa que ele/ela contraiu o HIV ou pensa que o outro/a contraiu o vírus?

Não. Muitas pessoas usam o preservativo porque é uma maneira mais segura de ter relações sexuais. Em realidade, o preservativo é o único método anticoncepcional que dá proteção dupla, ou seja, ele protege contra a infecção pelo HIV e previne a gravidez. Para evitar o risco de contrair o HIV, algumas pessoas preferem usar o preservativo junto com outro método anticoncepcional, conseguindo assim uma proteção redobrada contra a gravidez.

O que acontece se eu tiver HIV/AIDS e tiver relações sexuais desprotegidas ou injetar drogas com uma outra pessoa que tenha também o HIV/AIDS?

Os dois continuarão com o HIV/AIDS. Na verdade, sua saúde poderá piorar porque cada um estará passando mais vírus ao outro, o que se chama reinfecção.

Como ter certeza de que não tenho o HIV?

Fazendo um exame de HIV. O exame de HIV detecta a presença de anticorpos ao HIV, os quais são produzidos pelo corpo quando este é infectado por vírus ou bactérias. Geralmente, para detectar estes anticorpos do HIV, o exame deve ser feito de 3 a 6 meses após a exposição ao vírus. Existem vários exames de HIV disponíveis nas clínicas de saúde e outros serviços. Os testes mais comuns exigem a retirada de uma amostra de sangue, urina ou de células que são encontradas na parte interna da bochecha. Talvez você tenha que esperar vários dias ou semanas para obter os resultados do teste, apesar de já existirem testes mais novos que dão o resultado em poucos minutos. O exame de HIV deve incluir também uma consulta com um profissional de saúde, tanto antes como depois do exame, alguém que possa ajudá-lo a compreender o resultado e responder suas perguntas.

Quando devo fazer o exame de HIV?

É importante fazer o exame imediatamente, se você tem ou já teve comportamentos que expõem você à infecção do HIV, tais como ter relações sexuais sem usar preservativo ou injetar-se com drogas.

Algumas circunstâncias especiais em que se recomenda fazer o exame de HIV:

- Quando você está prestes a iniciar um relacionamento sexual e tanto você como seu parceiro/a querem ter certeza de que não há risco de infecção do HIV.

- Você e seu parceiro/a decidem ter um filho e querem ter certeza de que o bebê não correrá o risco de infectar-se com o HIV durante a gravidez, parto ou amamentação.

- Você quer ter certeza de que não contraiu o HIV de um ex-parceiro/a sexual ou de alguém com quem você compartilhou o uso de agulhas que agora está muito doente ou que morreu com suspeita de AIDS.

Quais são os possíveis resultados de um exame de HIV?

O resultado do exame pode ser HIV-negativo, HIV-positivo ou indeterminado.

Se seu resultado for HIV-negativo, isto significa provavelmente que você não está infectado, mas também pode ser que você tenha feito o exame muito cedo depois da exposição ao HIV, quando seu corpo ainda não teve tempo para criar anticorpos ao vírus. Se o resultado for HIV-positivo, quase certamente você estará infectado. É pouco provável que haja erro em um resultado HIV positivo.

Um resultado indeterminado significa que não está claro se você tem ou não tem o HIV e, portanto, torna-se necessário fazer novo exame. Existem também casos em que lhe pedirão para repetir o exame, quer o resultado anterior tenha sido HIV-negativo ou HIVpositivo, para confirmar o resultado.

Com que freqüência devo fazer o exame de HIV?

A freqüência de realização do teste depende de sua situação particular e, portanto, você deve fazer esta pergunta a um profissional de saúde durante uma consulta. Se você continuar a ter um comportamento que poderia ocasionar a infecção, seria conveniente fazer um exame a cada seis meses porque você poderia se infectar a qualquer momento.

Existe alguma diferença entre um exame anônimo e um exame confidencial?

Sim. No exame anônimo, o serviço de saúde onde você faz o exame não lhe pede nenhuma informação pessoal tipo nome, endereço ou telefone e, portanto, ninguém, além de você, tem acesso aos resultados do seu próprio exame de HIV. No caso do exame confidencial, sua informação pessoal está associada ao resultado do exame, porém ela é mantida confidencialmente e não é revelada a terceiros.

Tenho obrigação de contar a alguém minha condição de portador do HIV/AIDS?

Somente você pode decidir se quer informar e a quem informar sobre sua condição de portador do HIV/AIDS. Um conselheiro ou orientador poderá ajudá-lo a tomar sua decisão.

Qual é a melhor forma de dizer a alguém que tenho o HIV/AIDS?

É preciso coragem para dizer aos seus amigos e familiares que você contraiu o HIV/AIDS. Antes de contar a alguém, você tem que estar emocionalmente preparado para revelar sua condição de portador do vírus. Recomenda-se consultar um conselheiro especializado em HIV, um companheiro educador, um profissional de saúde ou um padre/pastor. Prepare-se para as reações das pessoas ao saberem que você está infectado, elas podem variar do medo e raiva à solidariedade e compreensão.

Population Reports is published by the Population Information Program, Center for Communication Programs, The Johns Hopkins School of Public Health, 111 Market Place, Suite 310, Baltimore, Maryland 21202-4012, USA

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