Page 47 - revista_BS_volume01

Basic HTML Version

47
Os tumores desse tipo de câncer se dividem em
dois tipos: os de Hodgkin (20% dos casos) e os
não-Hodgkin (80% dos casos). O primeiro sinal da
doença é o aumento indolor dos linfonodos nas
regiões do pescoço, axilas, abdômen, virilha e na
região entre pulmões e coração. Outros sinais são
febre, suor, emagrecimento e coceira.
A incidência do linfoma aumenta com a progressão
da idade. De acordo com a Associação Brasileira
de Linfoma e Leucemia (ABRALE), 4 entre cada
100.000 casos acometem pessoas com 20 anos de
idade, 40 entre cada 100.000 em pessoas com 60
anos e 80 entre cada 100.000 em pacientes com
mais de 75 anos.
Médicos e pesquisadores não sabem ainda quais
são os fatores de risco para o desenvolvimento da
doença, mas existem algumas características que
fazem com que seja mais provável que algumas
pessoas desenvolvam o linfoma. Indivíduos que
sofrem de condições que enfraquecem o sistema
imunológico ou que tomam medicamentos devido
a transplante de órgãos têm maiores riscos.
Pessoas que trabalham com produtos químicos,
como os inseticidas e herbicidas também têm
mais chances de desenvolverem esse tipo câncer.
Porém, existem diversos casos de pessoas que não
se encaixam nesses grupos e que desenvolveram
a doença, assim como aqueles que pertencem a
essas categorias e nunca tiveram o câncer.
O diagnóstico deve ser feito através da biópsia.
Na maioria das vezes, o inchaço dos linfonodos
é sinal de uma infecção, e não um câncer, por
isso é necessário que um exame mais exato seja
realizado.
Quando confirmada, a doença pode ser tratada com
quimioterapia, radioterapia ou uma combinação
dessas duas técnicas. A estratégia de tratamento
depende de alguns fatores, e é diferente para cada
paciente. Fatores que influenciam a escolha do
tratamento são o histórico médico da pessoa, a
localização dos linfonodos inchados, estágio da
doença e estado geral de saúde.
A falta de informação sobre a doença dificulta o
diagnóstico e complica o tratamento, que oferece
chances de cura de até 90%. Por isso, é essencial
que a população esteja bem informada quanto a
sintomas, a gravidade da doença e a forma como
ela evolui.
Os linfomas são responsáveis por mais de 3 mil
mortes anuais no Brasil. A cada dia, 8 pessoas
falecem devido à doença. Assim, é essencial que
a população fique atenta aos sintomas, se informe
sobre o câncer e visite regularmente um médico
para a prevenção dessa e outras condições.
SAÚDE DA FAMÍLIA