Compêndio de Neurologia Infantil – 2a edição - Capítulo 11 - Líquido Cefalorraquidiano na Infância

FONSECA - 11 Hélio Rodrigues Gomes. INTRODUÇÃO. O sistema ventricular foi descrito, inicialmente, por Galeno no século II AD, mas já no século IV a.C. Hipócrates percebeu a presença de um líquido dentro das cavidades cerebrais de um indivíduo portador de hidrocefalia, acreditando que sua ocorrência seria patológica.1 Como arma diagnóstica, o líquido cefalorraquidiano (LCR) só começou a ser utilizado no final do século XIX, quando Quincke, em 1891, realizou a primeira punção lombar percutânea.1,2. Várias são as funções atribuídas ao LCR. A primeira delas consiste na proteção mecânica conferida ao cérebro, impedindo que este se choque com as estruturas ósseas que o envolvem durante os deslocamentos da cabeça. Muito importante é o papel no metabolismo cerebral, pois o LCR participa ativamente nos processos de trocas e transporte de constituintes cerebrais, mantendo a homeostase desse microambiente. Destaca-se, ainda, o papel imunitário que o LCR desempenha na proteção do sistema nervoso central (SNC) contra patógenos, veiculando células de defesa, imunoglobulinas e citocinas.1,3. FORMAÇÃO, CIRCULAÇÃO E ABSORÇÃO. Cerca de 75% do líquor circulante é secretado no plexo coroide dos ventrículos, mediante....

Divulgação



conteúdos relacionados
Search_LibdocFree @SearchWordsAux='Compêndio de Neurologia Infantil – 2a edição',@type='ARTICLE', @libdocidant=0, @max_rows=10, @key_rank=0


Assinantes


Esqueceu a senha?