Marcelo Dias Sanches . Soraya Rodrigues de Almeida . Paulo Roberto Savassi-Rocha . Introdução. . A colecistolitíase é conhecida desde a Antiguidade e constitui a mais freqüente afecção biliar. Acomete 6% dos homens e 10% das mulheres. A prevalência aumenta com a idade, em média 3% a cada 5 anos, podendo ser encontrada em até 20% dos homens e 30% das mulheres no oitavo decênio de vida3. A colecistolitíase está associada com diabetes melito, doença de Crohn, doenças hemolíticas, fibrose cística e cirrose hepática, entre outras. . . A incidência de colecistolitíase em cirróticos é até duas a três vezes maior que a da população em geral6. Fatores implicados incluem hiperesplenismo, hiperestrogenemia, aumento da hemólise intravascular e redução da motilidade e do esvaziamento da vesícula biliar26. Parece haver associação com o tempo de duração da doença hepática, hiperbilirrubinemia, escore de Child-Pugh e grau de hipertensão porta14,33. Desse modo, quanto mais grave a cirrose, maior a chance de aparecimento de cálculos. Cirróticos têm....