Luiz Pereira-Lima. José Artur Sampaio. Fábio Luiz Waechter. Lucas Pereira Lima. Introdução. No âmbito da cirurgia geral, o fígado foi o órgão menos atingido pelos cirurgiões e a hepatologia era patrimônio de clínicos e patologistas. As enfermidades do fígado eram submetidas a condutas com terapêuticas sintomáticas devido à mortalidade proibitiva provocada pela cirurgia hepática. A hepatologia clínica permanecia sem seu competidor cirúrgico. Esta introdução não faz referência a muitas décadas, pois basta lembrar que o transplante foi aceito como tratamento de hepatopatas terminais somente em 1983, ou seja, há apenas 22 anos. Mesmo que o conhecimento anatômico obtido a partir de Couinaud já date de 50 anos, o sangramento foi o fator limitante da cirurgia hepática. Parênquima altamente vascularizado, devido ao grande aporte de oxigênio, com a particularidade de aferentes venosos e arteriais, faz do fígado um desafio ao cirurgião. Evitar o sangramento, preservar parênquima funcionante e manter vias biliares com livre fluxo são regras fundamentais em cirurgia hepática.. Controle do Sangramento.