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Glossário
O agrupamento de conceitos importantes
utilizados para interpretação do ECG conceder-lhe-á uma pequena pausa. Marque esta
página, que não deve ser memorizada, mas sim servir como um pequeno dicionário, para
definir os distintos temas especializados.
Acoplamento
relação de tempo entre uma extra-sístole (ventricular) e o batimento normal que a
precede. Pode ser constante ou inconstante
Arritmia
ritmo desordenado ou interrupção de um ritmo normal
Bigeminismo
extra-sístole depois de cada batimento normal
Bloqueio
distúrbio da condução com atraso ou ausência do impulso seguinte. No bloqueio completo
a condução está interrompida
Bloqueio de Ramo
inibição da condução em um dos ramos do feixe de His: direito, esquerdo, bifascicular
ou das fibras de Purkinje
Bradicardia
ritmo com freqüência cardíaca <60/min
Condução Aberrante
através de uma via condutora nos ventrículos, que se encontra em período refratário
relativo, conduzem-se excitações supraventriculares e propagam o complexo QRS. É
importante para o diagnóstico diferencial de extra-sístolia ventricular e
supraventricular
Par ou Dupla
duas extra-sístoles ventriculares seguidas
Quadrigeminismo
três extra-sístoles seguidas depois de cada batimento normal
Derivação
modificação dos vetores (de somação) através de eletrodos colocados na sua
superfície corporal, no esôfago ou intracardíacos. A derivação pode ser bipolar
mediante dois eletrodos opostos, por exemplo Einthoven ou unipolar por meio de um eletrodo
coletor (ponto zero), por exemplo Goldberger ou Wilson
Despolarização
incremento do potencial da membrana decorrente da influência dos íons de sódio
Derivação McGinn-White
rotação do eixo no sentido dos ponteiros do relógio com S em D I e Q em D III
Dissociação AV
excitação autônoma e independente de átrios e ventrículos. Na forma discreta e quando
a transmissão AV não está alterada, depende um pouco da freqüência. Na dissociação
AV completa, com freqüência e ritmo distintos a nível do átrio, do nódulo AV e
ventrículos, temos que suspeitar de uma cardiopatia orgânica
Ectopia
formação de um impulso de excitação fora do marcapasso primário (nódulo sinusal)
Einthoven
dá o nome às derivações I, II e III
Extra-Sístole
excitação prematura que provém de um foco ectópico
Fase Vulnerável
tempo que dura o ramo ascendente da onda T. Se acontece uma despolarização neste nível,
podem surgir distúrbios de ritmo perigosos com flutter ou fibrilação ventricular
(fenômeno R sobre T)
Fibras de Purkinje
fibras musculares específicas procedentes dos ramos do feixe de His, que conduzem a
excitação desde o endocárdio até o miocárdio de trabalho
Fibrilação
despolarizações completamente desordenadas, caóticas a partir de muitos focos e por
mecanismos de reentrada locais nos átrios ou nos ventrículos
Flutter
taquicardia de átrios ou ventrículos de 250/min. No flutter ventricular os complexos
ventriculares estão deformados
Goldberger
dá o nome às derivações AVL, AVF e AVR
Feixes Internodais
sistema de condução dos átrios a partir dos feixes inferiores (de Thorel), médio (de
Wenckebach) e superior (de James) para o átrio direito e do feixe de Bachmann (do feixe
de James) para o átrio esquerdo
Hemibloqueio
inibição da condução em fascículo do ramo esquerdo: pode ser anterior esquerdo ou
posterior esquerdo
Isoelétrico
a onda do ECG não supera a linha de base
Batimentos de Captura
complexo ventricular normal depois de uma dissociação AV A excitação ventricular é
capturada pela condução normal
Lown
dá o nome à classificação das extra-sístoles ventriculares
Marcapassos
a) nódulo sinusal (centro do automatismo primário): freqüência de repolarização
60-90/min; região AV e feixe de His, (centro do automatismo secundário): 40-60/min;
miocárdio ventricular (centro de automatismo terciário): 20-40 min
b) gerador elétrico de impulso para a excitação rítmica do miocárdio
Monomórfico
os complexos ventriculares das extra-sístoles têm igual aspecto
Monotópico
as extra-sístoles provêm de um mesmo foco (as extra-sístoles monomórficas são
provavelmente monotópicas)
Nehb
dá o nome às derivações D, A e J (pequeno triângulo cardíaco)
Onda Delta
parte inicial do complexo ventricular formado através do feixe acessório de Kent na
síndrome de WPW ocasionando um intervalo PQ encurtado
Paraarritmia
coexistem dois ou mais marcapassos ativos simultaneamente ou de forma alternada, por
exemplo dissociação AV
Parassistolia
dois marcapassos distintos sem relação entre si determinam o ritmo. O segundo centro de
excitação está no ventrículo e inativado por um bloqueio protetor
Paroxístico
aparecimento em forma de ataque súbito de um distúrbio de ritmo do tipo taquicardia
Período Refratário
a) absoluto: a célula do músculo cardíaco não é excitação em absoluto
b) relativo: impulsos fortes podem despolarizar as células musculares de forma débil
Politópico
as extra-sístoles provêm de diferentes focos e apresentam um aspecto distinto
(polimorfo)
Pré-Excitação
curto circuito de condução na região da união AV através de vias acessórias (feixe
de Kent: síndrome de WPW, feixe de James: síndrome LGL e feixe de Mahaim)
Ponto J
junctional point: ponto de inflexão do segmento ST à saída da onda T. Ponto de reparo
para a descida do ST patológico
Reentrada
transcurso da excitação de forma circular local quando existe transtorno do período
refratário devido geralmente a processo isquêmicos. Mecanismo desencadeante das
taquicardias que começam e acabam de forma repentina
Repolarização
regressão da excitação após a despolarização
Síndrome de LGL
síndrome de Lown-Ganong-Levine (pré-excitação com intervalo PQ encurtado devido a
condução pelo feixe acessório de James).
Síndrome de WPW
síndrome de Wolff-Parkinson-White (preexcitação através do feixe de Kent: tempo P Q
encurtado, onda delta)
Sístole de Combinação
também chamada batimento de fusão. Os ventrículos são excitados por um impulso partido
do nódulo sinusal e por um foco ectópico do ventrículo, simultaneamente
Taquicardia
ritmo com freqüência >100/m
Tipo de Desvio de Eixo
descrição da situação do vetor principal do QRS em um círculo imaginário do plano
frontal ou horizontal a) plano frontal (círculo de Cabrera): desvio extremo à esquerda,
desvio à esquerda, normal, desvio oblíquo, desvio sagital, desvio à direita, desvio
extremo à direita. b) plano horizontal: rotação do eixo no sentido dos ponteiros do
relógio, ou no sentido contrário
Torsade de Pointes
taquicardia com inversão helicoidal do vetor ventricular ao redor da linha zero com
alargamento prévio do intervalo QT.
Nesta taquicardia de inversão de pontas também temos que pensar em
taquicarda ventricular polimórfica
Trigeminismo Vetor
duas extra-sístoles seguidas depois de um batimento normal ação elétrica do dipolo
representado pela soma das diferenças de potencial no transcurso da excitação. O vetor
soma, que corresponde ao eixo elétrico cardíaco e aproximadamente ao anatômico, é
formado por ±5% de todos os vetores independentes. As excitações que chegam ao eletrodo
da derivação mostram o maior impulso positivo. Se se afastam do eletrodo, o impulso é
negativo
Wilson
dá o nome às derivações unipolares precordiais
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Interpretação
Fácil do ECG -6ª Ed. - 1999. |