Capítulo 06 - Noções de Vetorcardiografia
Capítulo 06 - Noções de Vetorcardiografia
José Hallake
Introdução
Se desenharmos uma curva que parta e retorne ao centro elétrico do coração, passando pelas extremidades dos vetores, teremos o vetorcardiograma. 1350 pode ser feito nos planos frontal, horizontal, bem como no plano sagital, que não é estudado em eletrocardiografia.
Vetor Cardiograma de P
(Figs. 6-1A e 6-1B)
Lembramos que, em realidade, a onda P (Fig. 6-2A e 6-2B) é formada pela soma dos vetores do átrio direito (AD) e do átrio esquerdo (AE).
Vetor Cardiografia de QRS
(Figs. 6-3A e 6-3B)
Podemos nos ater aos quatro vetores da despolarização ventricular. Mas, em realidade, como já assinalamos, há um número infinito de vetores contidos na curva vetorcardiográfica (Fig. 6-4A, 6-4B e 6-4C). Observamos que esse vetorcardiograma, em ambos os planos, está no sentido anti-horário, isto é, a alça gira em sentido contrário aos ponteiros do relógio. No exemplo seguinte, também normal, em um indivíduo longilíneo, a alça gira no plano frontal, no sentido horário, e no plano horizontal, no sentido anti-horário (Fig. 6-5A e 6-5B).
De posse do vetorcardiograma, podemos obter o eletrocardiograma. Vejamos no plano frontal: em D1 (Fig. 6-6), a alça sai inicialmente para a direita, Determinando negatividade inicial em D1 (onda q). Depois, avança para a esquerda, dando uma grande positividade, para depois ir novamente para a direita, propiciando novamente negatividade em D1. Observamos que a onda q mais profunda do que a onda s porque a porção inicial da alça distancia-se mais do centro de D1, para a direita, do que a porção terminal.
Podemos repetir o raciocínio para qualquer outra derivação do plano frontal (Figs. 6-7A, 6-7B, 6-7C, 6-7D e 6-7E).
Para a alça vetorcardiográfica da Fig-6-8, teremos as morfologias do ECG exibidas.
Vejamos agora no plano horizontal (Fig. 6-9). Em V1 (Fig. 6-10), a alça vai inicialmente para a frente, determinando positividade; depois vai para trás, gerando negatividade.
Podemos também repetir o raciocínio para todas as derivações do plano horizontal 1 (Fig. 6-10A, 6-10B, 6-10C, 6-10D, 6-10E e 6-10F).
Vetorcardiograma de T
(Fig. 6-11A e 6-11B)
O vetorcardiograma pode ser deduzido das derivações eletrocardiográficas. Existem instrumentos (hoje pouco usados) que desenham as alças vetorcardiográficas em uma tela, de onde são fotografadas.
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