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Fig.7-14. Estimulação ventricular programada num paciente com uma história de fibrilação ventricular fora do hospital. Nos três quadros, os traçados, de cima para baixo, representam as derivações I, II, VI do ECG de superfície, um eletrograma de feixe de His (EFH), um eletrograma apical do ventrículo direito (AVD) e as linhas de tempo. Em A, durante os estudos de controle, na ausência de drogas antiarrítmicas, os primeiros dois batimentos (S1-S1) representam os últimos dos de uma série de oito batimentos ventriculares direitos produzidos por marcapasso a um comprimento de ciclo fixo (600 ms). O próximo batimento (S2) representa uma polarização ventricular direita prematura que é acoplada ao comando básico com um intervalo de 260 ms. Note que S2 inicia uma valva de taquicardia ventricular (TV) não-sustentada rápida ou de flutter ventricular (FVL) que revertem espontaneamente ao ritmo sinusal normal (RSN). Note a variação de batimento para batimento do comprimento do ciclo e da morfologia do QRS durante a taquicardia induzida. Essa resposta à estimulação ventricular programada foi reprodutível. A estimulação ventricular programada repetida n mesmo paciente após o início da terapêutica com gluconato de quinidina é ilustrada em B. e C. Em ambos os quadros, o comando ventricular básico (S1-S1) é constante a 600 ms. Em B., uma polarização ventricular prematura (S2) e acoplada ao comando ventricular básico com um intervalo de 300 ms. Esse foi o menor intervalo de acoplamento S1-S2 que pôde ser atingido antes da refratariedade do músculo ventricular que se seguiu à administração de quinidina. Note que três respostas ventriculares não-estimuladas, uma das quais é um batimento de fusão (BF), seguem o estímulo prematuro (S2). Esse foi o número máximo de respostas ventriculares não estimuladas observado durante as estimulações prematuras ventriculares única e dupla e durante a estimulação ventricular rápida por marcapasso após o início da terapêutica com quinidina. Em C, o intervalo de acoplamento S1-S2 é reduzido em 10 ms, passando de 300 para 290 ms. Note que S2 não produz uma resposta ventricular e, desse modo, define o período refratário efetivo do ventrículo direito num comprimento de ciclo básico, de 600 ms. Nesse comprimento de ciclo básico, o período refratário efetivo do ventrículo direito foi prolongado de 250 ms na ausência de drogas antiarrítmicas (não mostrado) para 290 ms durante a terapêutica com quinidina.

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Cardiologia - Volume 01 - 2ª Ed. - 1993.