Quadro 4-4 Causas de desconforto: seu reconhecimento, domínio e prevenção
Causa Reconhecimento Domínio Como evitar
Relacionada com a superfície interna
Pérolas de acrílico ou bordas cortantes na superfície de adaptação da prótese Exame minucioso da superfície interna na busca de irregularidades que possam ser sentidas pela palpação ou reconhecidas através do roçamento de fibras de algodão sobre as superfícies acrílicas (fig04-90). Use material evidenciador sobre a área localizada na prótese e acomode a mesma na região a ser "apagada" (fig04-91).
Como alternativa, coloque material evidenciador sobre área ulcerada ou eritematosa e "recolha" o material da área, que pode então ser aliviada (fig04-92).
Um bom desempenho da prótese inclui um exame atento dela antes da sua instalação.
Um bom relacionamento entre dentista e laboratório.
extensão e espessura do alívio.
Base da prótese não aliviada nas regiões socavadas. Procure áreas socavadas e/ou eritematosas ou ulceradas ao lado das cristas.
O paciente geralmente reclama de dor quando as próteses são inseridas e/ou removidas.
Da mesma maneira anterior para ajustar a prótese. Deve tomar cuidado ao avaliar o contorno do rebordo/tuberosida com tecido deslocável, uma vez que uma redução exagerada base da prótese implicaria a diminuição da retenção. Da mesma maneira que no caso anterior. Examine os modelos de trabalho e instrua o técnico para eliminar socavações indesejáveis ou, alternativamente, utilize adequadamente socavações selecionadas onde esteja presente tecido com mobilidade.
Áreas de pressão resultantes de:
• Falta de moldagem
• Dano ao modelo de trabalho
• Empenamento da base da prótese durante o processamento
• Imersão em água muito quente
Observe a superfície interna da prótese e certifique-se de que está de acordo com forma e contorno do rebordo. Verifique se a prótese não balança quando assentada Use material evidenciador a fim de localizar áreas de pressão e de alívio da prótese.
Caso sejam severas, refaça.
Exame minucioso da área de suporte da prótese e uso de uma técnica apropriada de moldagem (ver Capítulo 5).
Instruções claras e precisas ao laboratório quanto à localização e à quantidade de alívio. Utilizar técnica de processamento adequado.
Dar instruções claras ao paciente quanto aos cuidados com a prótese (ver Capítulo 8).
Falta de ou alívio inadequado de áreas sujeitas a diferentes compressões/deslocamentos, p. ex., torus, crista em lâmina, concentrações ósseas por vestibular ou lateral dos rebordos, espículas ósseas exfoleantes, raízes retidas, rebordos com mucosa atrófica incapaz de tolerar uma carga maior ou nervo mentoniano superficial. Isso pode ser subseqüente à cirurgia pré-protética ou à escultura exagerada do selado posterior no modelo de trabalho. Também a falta de alívio do freio ou inserções musculares ou de músculo, p. ex., prótese inferior sobrestendida vestibularmente e músculo masseter contraído. Pode surgir também como resultado de alívio insuficiente, p. ex., raiz de zigoma ou, menos comumente, espinha nasal anterior. Examine a área de suporte da prótese cuidadosamente e avalie o deslocamento da mucosa sobre os alvéolos, vertentes vestibulares, palato etc. Apalpe as cristas com um dedo e registre qualquer área isquemiada ou desconforto do paciente durante esse exercício (fig04-93).
Compare os contornos da prótese aos contornos da boca.
Use um material evidenciador para localizar e então alivie prótese na maioria dos casos citados, exceto no caso de:
• Raízes retidas considerar extração.
• Torus - faça uma moldagem da porção interna da prótese reembase com resina resiliente (ver Capítulo 7). Ver abaixo Tome cuidado ao prescrever resina resiliente para pacientes com nervo mentoniano superficial - a não ser que se prescreva um alívio apropriado, um tampão de forramento pode agrava problema.
Esse problema pode ser evitado e tratado através de:
• Um exame cuidadoso, que inclui o uso de radiografias apropriadas, quando indicado.
• Uso de uma técnica apropriada de moldagem (ver Capítulo 5).
• Esclareça o técnico quanto à localização,
Relacionada com a superfície interna
Sobrextensão do flange lingual - colisão com a linha milohióidea A prótese levanta quando a língua protrui, ulcera a mucosa que reveste a crista milo-hióidea, provocando dor durante a deglutição. Usar material evidenciador para identificar a posição e a extensão do excesso de contorno e aliviar apropriadamente. Certifique-se de que qualquer acrílico desgastado seja bem polido antes da reinserção. Examine cuidadosamente a fim de identificar a extensão do sulco lingual posterior e use a técnica de moldagem apropriada (ver Capítulo 5).
Instruir claramente o técnico do laboratório no que diz respeito à manutenção da forma determinada da prótese.
Dor generalizada atribuída à utilização insuficiente da área de suporte da prótese (ASP) ou como resultado do excesso de ajuste da área periférica ou da superfície interna da prótese Relacionar o tamanho da base da prótese com a ASP. A falta de atenção pode ser tanto nas faces vestibular/lingual da prótese como na distal, uma vez que as próteses comumente não se estendem adequadamente sobre a papila retromolar. Estender a prótese a fim de que cubra uma ASP ideal. Isso pode ser feito através de diagnóstico, com um material auxiliar, ou com um material transitório, como resina de butilmetacrilato.
Caso a área disponível seja pequena, reduzir a carga aplicada sobre os tecidos, reduzindo o tamanho (em largura e comprimento) da mesa oclusal.
Avaliar cuidadosamente os tecidos que apóiam a base da prótese e a técnica de moldagem.
Além disso, assegure-se de que o laboratório está instruído para preservar a extensão periférica proposta.
Considerar a redução da mesa oclusal.
Sobrextensão periférica devida a:
•Falta de alívio de freios ou de inserções musculares.
•Pinçamento de tecidos moles entre a base da prótese e papila retromolar e/ou a tuberosidade.
Examine a prótese na boca e observe a relação entre a base da prótese e os tecidos adjacentes, ambos em repouso, durante movimentos funcionais similares e durante a articulação.
Procure por extensão e espessura excessivas das próteses.
Usar material evidenciador para identificar a posição e a extensão do excesso de contorno e aliviar adequadamente. Assegurese de que o acrílico desgastado seja polido novamente. Usar uma técnica de moldagem e instruir de uma maneira clara o laboratório.
Certifique-se de que as bases seguem a extensão durante as fases de registro e de prova. Isso eliminará problemas potenciais.
Selado posterior muito profundo - paciente reclama de dor de garganta/dificuldade em deglutir. Examinar os tecidos na área do selado posterior - este pode estar avermelhado ou ulcerado (especialmente na fenda pterigoa mular), raramente pode estar como uma bolha cheia de sangue.
Em casos raros, pode-se observar uma machucadura extra-oral (fig04-94, 95).
Aliviar adequadamente. Pode exigir a remoção do selado posterior atual e a adição de um material substituto, como a godiva verde. Devolver a prótese para o laboratório para adição permanente de um novo selado posterior. Avaliar cuidadosamente a forma anatômica e a consistência física na junção entre palato duro e palato mole.
Usar uma técnica de moldagem eficiente, mais uma escultura apropriada de um sulco para o selado posterior, sobre o modelo de trabalho.
Em casos de dúvida, um selado posteror duplo pode ser incorporado para garantir que a retenção não seja comprometida caso o dique posterior seja aliviado ou removido.
Caso a oclusão esteja aceitável e as bases das próteses estejam bem adaptadas e livres de qualquer dano, provavelmente os problemas estão relacionados com suporte, p. ex., mucosa atrófica/rebordo cortante, cuja resultante do excesso de forças repousa sobre a mucosa (fig04-96). Se a dor se manifestar na ausência de patologia óbvia, apalpe o rebordo - caso a dor se manifeste, existem problemas associa- dos com os tecidos de suporte da prótese. Alivie a base da prótese após a identificação das áreas de pressão com material, evidenciador. Em algum casos, p. ex., rebordos com tecido flácido, técnicas "especiais" de moldagem podem ser necessárias (ver Capítulo 5).
Reduza a carga aplicada sobre os tecidos, diminuindo o tamanho da mesa oclusal.
Um embasamento resiliente pode ser cogitado, mas tais forramentos não são uma alternativa para técnicas apropriadas de moldagem e podem propiciar infecções por cândida, em, por exemplo, pacientes com xerostomia.
Exame clínico e técnicas de moldagem apropriadas.
Instruções adequadas ao técnico no que diz respeito à colocação do alívio e à extensão da ase da prótese.
Educar o paciente em relação à prótese e à higiene oral (ver Capítulo 8).
Relacionada com superfícies polidas
A dor que se apresenta na região posterior da prótese superior geralmente está associada com movimentos de abertura.
Causa: borda muito espessa que força o processo coronóide.
Através dos sintomas relatados, ou seja, dor na abertura ou ao bocejar, além da remoção característica do material evidenciador usado (fig04-97). O tratamento é feito através da descoberta da área lesada na periferia da prótese, aliviando onde for necessário e polindo novamente. Determinar a largura funcional do sulco em relação à posição do processo coronóide antes da moldagem final. Colocar o dedo pelo lado vestibular da região posterior da maxila e pedir para o paciente abrir a boca - observe o espaço disponível para a borda (fig04-98).
Relacionada com as superfícies oclusais
Dor ao comer na presença de desequilíbrio oclusal. Isso pode incluir:
• Prematuridade anterior.
• Prematuridade posterior.
• Travamento inicial.
• Falta de uma articulação balanceada.
Conferir se a área de suporte é aceitável e então examinar cuidadosamente os balanços oclusais em PCP. Posicionar os dedos indicadores nas bordas vestibulares da prótese inferior, enquanto os polegares ficam abaixo do mento (como para a técnica de registro) e pedir para o paciente fechar lentamente em PCR. Observar o escorregamento para a PIC (posição de intercuspidação). Em seguida, conferir a articulação balanceada em protrusão, assim como em excursões laterais direita e esquerda devem existir contatos em balanceio (ver Capítulo 6). Ajustar a oclusão através de desgaste seletivo (com brocas acrílicas ou de carburundum) no consultório, ou no laboratório após a tomada de um novo registro. Caso o erro seja grave, remontar, usando arco facial e novos registros interoclusais. (ver Capítulo 6). Através de técnicas de registro seguras e reavaliação na fase de prova.
Bom apoio técnico.
Split cast techniques para remontar após a abertura do modelo permite desgastes para eliminar erros de processamento. A ser executado antes de ser enviado.
Uma articulação balanceada é desejável para todas as próteses completas, especialmente para os pacientes Classe 2 Divisão 1.
Nos casos dos pacientes que nunca tenham usado uma prótese inferior satisfatoriamente ou que são incapazes de pro mover uma oclusão reprodutível, considerar pivôs oclusais (ver Capítulo 6).
Dor/ulceração lingual na crista anterior inferior. Caso não exista uma sobrextensão da base da prótese ou uma exostose não aliviada, procure um deslizamento protrusivo de PCR para PIC Estabilize a prótese inferior com os dedos indicadores e peça para o paciente fechar gentilmente. Quando o paciente está de perfil, pode-se ver um deslizamento para PIC (ver Capítulo 6). Marcar as inclinações deflectivas dos dentes posteriores com papel de articulação; estas serão as vertentes voltadas para mesial das cúspides vestibulares superiores e vertentes voltadas para distal das cúspides vestibulares inferiores. Caso o deslizamento seja maior do que a metade da largura da cúspide, registre e tente novamente. Cuidado com a fase de registro. Como opção para as técnicas convencionais, métodos do traçado do arco gótico tendem a oferecer resultados mais consistentes.
Conferir na fase da instalação e registrar novamente, com auxilio de um arco facial, onde é a PCR mais adequada, assim como os registros protrusivos.
Dor e/ou ulceração na face vestibular do rebordo inferior qur não está submetido a bordas cortantes ou pérolas de acrílico: a causa é uma sobre-saliência incisal insuficiente, provocando um travamento incisal e uma trepidação entre as próteses. Algumas vezes isso pode estar associado com dor em torno da papila incisiva conforme a prótese superior balance. Examinar o tipo de relacionamento entre os incisivos superiores e inferiores quando o paciente escorrega de PCR para protrusiva; caso o ângulo da guia incisal seja muito grande, os incisivos inferiores excursionarão sobre os superiores, causando a movimentação ou o deslocamento da prótese inferior e/ou superior. Reduzir o trespasse vertical através da remoção do excess vestíbulo-incisal dos incisivos inferiores ou da porção palatino incisal dos incisivos superiores. Caso a aparência fique comprometida, pode ser necessário remontar os incisivos (ver Capítulo 6). Determinar cuidadosamente o suporte para o lábio superior e determinar funcionalmente as posições incisais dos dentes supe riores e inferiores em ambas as fases de registro e de prova.
Dimensão vertical excessiva - a dor em geral é descrita como estando na região periférica das próteses, na profundidade do sulco. Pode ser desconforto ou dor em músculos afetados da mastigação, p.ex., masseter e fibras posteriores do temporal
A dor tende a tornar-se mais intensa com o decorrer dd dia (''à noitinha eu tenho que tirá-las!").
Pode ser atribuída à síndrome da boca em queimação.
Os sintomas em geral são patagnomônicos. Histórias freqüentes de "linhas de seda" ou de úlceras nas paredes vestibulares com repetidos ajustes.
Ocorre um círculo vicioso entre queixas e ajustes.
Caso o excesso seja menor do que 1,5 mm, desgaste a fim de promover o espaço funcional livre.
Se maior do que 1,5 mm, faça o registro e remonte na nova dimensão vertical de oclusão (ver Capítulo 6).
Refazer pode ser a solução mais razoável quando os níveis incisais superior e inferior requererem alteração.
Fazer uso de testes funcionais, p.ex., fala, durante o registro e as sessões da prova.
Promover um espaço funcional livre condizente com idade e capacidade funcional do paciente.
Relacionada com as superfícies oclusais
Mordida de bochecha/lábio devido à sobre-saliência insuficiente (fig04-99). Examinar minuciosamente a sobre-saliência bucal/ incisal quando as próteses estiverem em oclusão em PCP.
Relacionar os achados com sobre-saliência correspondente, assim como com lábios, bochechas e próteses em função.
Contra a mordida na bochecha, arredondar adequadamente as cúspides bucais ou remontá-las, a fim de promover um trespasse vestibular aceitável. O problema também pode manifestar-se em pacientes com bochechas flácidas, p.ex., após algum tipo de paralisia.
Quanto aos lábios, marque a "linha da excursão" nos incisivos inferiores e desgaste, a fim de obter um ângulo da guia incisal mais apropriado (ver Capítulo 6).
Garantir trespasse vestibularlincisal suficiente no momento da prova através da verificação da presença de uma articulação balanceada em protrusão, assim como em excursões laterais direita e esquerda. Pode ser necessário aumentar o suporte para boche chas em alguns pacientes, para garantir a colocação do dente em harmonia com a função dos lábios e das bochechas.
Mordedura de língua - dentes colocados geralmente por lingual do rebordo inferior. Coloque uma espátula para cera sobre a superfície interna prótese na região do rebordo. A fossa central dos dentes posteriores inferiores deve repousar sobre a lâmina da faca (fig04-100). Alternativamente, remova a prótese e observe o rebordo do paciente; insira e remova a prótese várias vezes, a fim de estabelecer a posição da fossa central em relação ao rebordo.
Observar se os dentes estão posicionados lingualmente (ver também fig04-64, 65).
Remova as cúspides linguais inferiores - caso seja grave, remonte-as.
.
Assegure-se de que os dentes estão montados adequadamente na ocasião da prova - siga as diretrizes dadas em "Reconhecimento".
Nos casos de língua grande, considerar a possibilidade de uma mordida cruzada posterior, além de dentes posteriores estreitos.
Relacionada a causas diversas
Oclusão aceitável, e as próteses, embora satisfatórias, se movimentam durante a função, uma vez que que não se adequam ao espaço disponível para elas e/ou controle neuromuscular deficiente. Tais movimentos dão origem à dor. Examine a oclusão e observe então as próteses enquanto o paciente fala ou simula mastigação.
Para outras formas de ajuda ao reconhecimento.
. Se possível, dê um novo contorno às próteses, a fim de auxiliar o controle neuromuscular e adequar o espaço para a prótese.
Pode ser necessário remontar os dentes ou refazer as próteses
Planejar próteses para obter um controle neuromuscular ideal, assim como adequá-las ao espaço disponível para a prótese.
Um bom relacionamento com o laboratório, a fim de garantir que as observações clínicas para as novas próteses sejam seguidas.
Síndrome da boca em queimação. História precisa - diagnóstico por exclusão.
Úlceras herpéticas (causadas por Herpes simplex ou H. zoster). Pela história e distribuição das lesões. Pode ser necessária uma ajuda nutricional/multivitamínica, tratamento e talvez terapia antidepressiva Diagnóstico precoce!
História cuidadosa a exames essenciais, além de um planejamento de tratamento adequado seguido da execução do mesmo.
Deficiência de vitamina B12/folato Língua vermelha em carne viva (fig04-46).
Pode apresentar sintomas neurológicos, incluindo glossodinia.
Investigação hematológica.
Prescrição de medicação adequada (p. ex., aciclovir); além de instruções a respeito de higiene oral.
Consultar um médico para uma terapia apropriada.
Problemático, mas algumas vítimas deveriam ser alertadas sobre a necessidade de tomar uma medicação preventiva (p. ex., aciclovir) no caso de serem expostas a forte luz solar durante horas.
Nem sempre possível, mas deveria ser eliminada no momento do exame inicial.
Relacionada a causas diversas
Xerostomia Alguns pacientes reclamam de boca seca, outros não. Olhar na boca - freqüentemente se vê a mucosa seca com aspecto da pedra arredondada, usada para pavimentação de ruas, e "bolhas" de saliva sobre as superfícies polidas da(s) prótese(s).
Os paciente podem estar fazendo uso de alguma /várias drogas, que podem reduzir o fluxo salivar.
Para pacientes com algum fluxo de saliva, é bom prescrever pastilhas cítricas livres de açúcar.
Para aqueles pacientes com escassez de saliva, pode-se considerar o uso de saliva artificial. Observar que alguns substitutos da saliva são de origem suína e, por isso, são discriminados em certos grupos religiosos.
Em alguns casos, os médicos podem alterar prescrições para incluir drogas com efeitos menos xerostômicos.
Depende do caso.
Náusea. Conferir a estabilidade da prótese superior e corrigir as extensões periféricas para mais e para menos, por área, no que se refere à folga. Certifique-se de que a oclusão esteja balanceada em PCP.
Outros pacientes toleram um extensivo exame digital do palato duro, assim como da união entre palatos duro e mole embora não tolerem moldeiras vazias.
Conferir a posição dos dentes posteriores na prótese superior em relação ao dorso da língua, além da espessura do palato e das bordas linguais (inferiores).
Certifique-se de que a prótese está adequadamente estendida perifericamente e de que não existem fatores oclusais capazes de desestabilizá-la.
Se a prótese for satisfatória, confira a extensão do selado posterior. Ele pode precisar ser aumentado - usar godiva verde em bastão e acrescentar resina acrílica leve/fria conforme a necessidade.
Técnicas dessensibilizantes, placas para treinar (fig04-101).
Em caso de ânsia de vômito, induzida pela presença da moldeira vazia na boca, uma assessoria psicológica pode ser apropriada. Considerar o uso de técnicas de fortalecimento do ego em alguns casos, p. ex., náusea após a obtenção das moldagens.
Articulação(ções) temporomandibular(es) e/ou músculos envolvidos com a mastigação (apenas uma breve explanção aqui incluída). Palpação, avaliação direta ou indireta da função. Tratar com adequação.
Pode incluir ajustes oclusais e/ou pivôs oclusais (ver Capítulo 6).
Exame cuidadoso e técnicas de registro.
Avaliar na fase da prova.
Hábitos parafuncionais, incluindo movimentação da língua. Pode ser difícil detectar - examinar as superfícies oclusais quanto a padrões/facetas de desgaste não usuais e observar com cuidado a boca do paciente enquanto ele/ela fala. Problemático; pode variar de um ajuste a pivôs oclusais até a remontagem de dentes. Identificar espaço potencial da prótese e usar adequadamente esquema ou pivôs oclusais (ver Capítulos 5 e 6).
Alergia, acrílico mal polido, monômero residual Raro. Diagnóstico com auxilio do teste do esparadrapo. Determinar a quantidade de monômero contida na prótese. Se o problema for excesso de monômero, realinhar através do ciclo térmico de polimerização, mas cuidado com empenamento da prótese. Um reembasamento pode ser mais eficiente Fazer a prótese em policarbonato ou em outra resina que não seja polimetil metacrilato.
Estomatite por prótese. Geralmente indolor e freqüentemente assintomática. Vista através de exame e pode estar acompanhada de queilite angular. Em geral tem elemento funcional (prótese mal adaptada) além de infecção oportunista por cândida. Condicionador de tecido e instruções quanto à higiene oral e da prótese (THD/THO). Recomendar a escovação da prótese além da imersão em solução de hipoclorito. Pode ser necessária uma terapia antifúngica. Exame cuidadoso e preparo da boca; depois disso, boa THD/THO e acompanhamento regular como parte dos cuidados após instalação da prótese.
Se existir queilite angular, a combinação de agentes antifúngicos e antibacterianos, p. ex., miconazole, geralmente é prescrita.

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PRÓTESE ODONTOLÓGICA COMPLETA Problemas, Diagnóstico e Tratamento  - 1ª Ed. - 1996