Quadro 4-2 Causas das prótese frouxas:
reconhecimento, domínio e como evitar. |
Causa |
Reconhecimento |
Domínio |
Como evitar |
A prótese superior deve ter um selamento para impedir o fácil acesso de ar
e saliva na superfície moldada. O selamento tem dois componentes: 1) as bordas vestibular
e labial devem preencher o sulco funcional em profundidade e espessura (fig 04- 47, 48); 2) o selamento através da borda
posterior da prótese deve ser efetivo.
Pode ser possível desenvolver um selamento similar em torno da prótese inferior.
Bordas subestendidas em profundidade |
Superior: tracionar para baixo nos dentes anteriores - teste de selamento
das bordas vestibular e labial. Tracionar para fora nos incisivos - teste de selamento do
selado posterior. Tracionar ara fora na região dos caninos - teste de selamento em torno
da tuberosidade contralateral e sulco distobucal.
Inferior: levantar com a ponta do explorador colocada na região anterior
interdental.
Através de visão direta na boca, com uma pequena retração dos lábios e das bochechas
- p. ex., freio arredondado, em direção às apilas retromolares. Use o espelho para
examinar a extensão da rótese superior ao redor da porção distobucal das tuberosidades
e os chanfros hamulares. A região distolingual da prótese inferior leve ser examinada
através da retração da língua, com auxílio de espelho, e através da palpação.
O acréscimo de um material de moldagem macio como auxiliar de diagnóstico permitirá que
este se estenda além das bordas, não ser que estas sejam corrigidas ou estendidas (fig 04-49).
A prótese pode girar horizontalmente com o auxilio do dedo, a não ser que as
tuberosidades e papilas retromolares sejam nglobadas; tal movimento rompe o selamento da
borda |
O simples reembasamento da prótese sem correção
ativa da borda sub ou sobrestendida pouco provavelmente melhora de forma dramática as
forças de retenção. |
_ |
Acrescentar adequadamente material de moldagem
ainda plástico às bordas em questão, acomodado na boca através da manipulação
digital dos lábios e das bochechas, durante movimentos funcionais do paciente. Recortar
os excessos e enviar a prótese para o laboratório, a fim de substituir o material de
moldagem por resina acrílica.
Para acréscimos, modificar bordas de maneira similar usando uma resina de
butilmetacrilato. Deve-se fazer retenções para que a nova porção acrescentada não se
solte da antiga (fig 04-50). |
As moldagens preliminares devem englobar toda a
área de suporte da prótese, assim como preencher os sulcos em profundidade (e
espessura).
As moldagens finais (de trabalho) requerem moldeiras individuais com bordas cuidadosamente
ajustadas e material de moldagem leve. O material de moldagem deve cobrir as bordas.
As moldagens devem ser cuidadosamente vazadas, a fim de evitar distorção do material,
assim como para preservar a profundidade (e espessura) dos sulcos. Estes últimos também
devem ser preservados no recorte do modelo (fig
04-51).
As bordas dos planos de orientação e das próteses durante a prova devem preencher os
sulcos do modelo, de modo que as extensões possam ser checadas na boca. Se as bordas
estiverem subestendidas, as moldagens devem ser repetidas. |
Diminuição das forças de retenção Falta
de selamento |
Borda subestendida em espessura Borda
posterior da prótese superior:
Esta pode ser sobrestendida em direção aos tecidos móv do palato
mole (o selamento se rompe quando o palato se ele durante a fala), ou subestendidas,
tomando difícil a obtenção selamento na presença de tecido mole relativamente imóvel. |
Visão direta da prótese in situ na boca.
Compare a espessura do sulco (com a boca entreaberta afaste ligeiramente lábios e
bochechas) com a espessura das bordas da prótese.
Adição de material de moldagem como auxiliar de diagnóstico. Subextensão em largura
das vertentes vestibulares superiores freqüentemente acompanhada do posicionamento dos
pré-molares e molares sobre a crista residual (fig
04-47,48). (A crista supe rior reabsorve mais
por vestibular de maneira que a zona neutrarepouse
vestibularmente à crista do rebordo.)
Os molares inferiores podem ser posicionados lingualmente à crista do rebordo residual
(em geral como resultado da montagem dos dentes superiores muito para palatino); isso
resulta na falta de contato entre as bochechas e a superfície polida da prótese ( fig 04-52).
Observar a movimentação do palato mole quando o paciente disser
"aah". Notar a linha de união entre tecido móvel e imóvel, a borda posterior
da prótese deveria estar situada anteriormente a essa linha. |
Como anteriormente.
Em muitos pacientes o processo coronóide reduz a espessura do sulco distovestibular
superior durante a abertura boca; atenção para a sobrextensão em espessura da borda.
Durante o processo de moldagem, peça para o paciente abrir boca e deslocar a mandíbula
de um lado para o outro. A ausência de contato entre a superfície polida da prótese e
as bochechas durante a abertura parcial da boca deve ser aceita |
Como anteriormente. Ver imediatamente cuidados com bordas da
moldagem superior, no que se refere ao sulco distovestibular. |
Sobrextensão: reduzir a borda até assentar corretamente, depo
cuidar do selado posterior.
Subextensão; estender borda com material de moldagem e confirmar a adaptação aos
tecidos com material de moldagem (ver reabsorção da crista). Fazer um sulco no selado
posterior no modelo de trabalho (ver à direita) antes de acrescentar a resina
acrílica |
A moldeira deve cobrir a união entre os palatos duro e mole. Uma
barreira de cera na porção posterior da moldeira impedirá que o material de moldagem se
afaste dos tecidos (fig 04-53). Determine
clinicamente o deslocamento de tecido na região do selado posterior (fig 04-54
mostra uma relação inadequada entre selado posteior e tecidos); faça um sulco no modelo de trabalho a fim de adequar profundidade com
largura (essa depressão deve ir das chanfraduras hamulares até os sulcos vestibulares).
Certifique-se de que o plano de orientação e a prova da prótese englobam esse sulco a
fim de que se obtenha um vedamento adequado. |
Selado superior com profundidade ou extensão lateral insufucientes. |
Caso a prótese tenha sido usada por várias horas, verificar se
tecidos palatinos foram deslocados de um selado superior eficiente.
Inserir e assentar as próteses recém-umedecidas; a saída de bolhas de ar indica um
selamento deficiente. |
Acrescentar uma pequena faixa de material de moldagem lecido
(plastificado) ao longo da superfície posterior a ser moldada e assentar firmemente a
prótese na boca. Enviar a prótese modificada (fig
04-55) ao laboratório para que o material de moldagem seja substituído por resina
acrílica.
Para adição semipermanente, acrescentar resina de butil metacrilato usando a mesma
técnica clínica |
Como anteriormente |
Diminuição da força de retenção |
Presença de torus na região do selado posterior. |
Observar linha de união entre palatos duro e mole; apalpar para
determinar o tamanho do torus, assim como o deslocamento dos tecidos anteriores e
posteriores a ele. |
Após a determinacão do deslocamento/mobilidade dos tecidos,
ajustar borda da prótese até julgar que tenha sido obtido um selamento ideal. Refazer o
selado posterior (ver anteriormente). |
Como anteriormente |
Reabsorção da crista residual. |
Curto espaço de tempo desde a construção da prótese. A prótese
pode balançar com a pressão do dedo.
As bordas da prótese podem estar sobrestendidas e uma hiperplasia fibrosa pode ser
evidente no sulco.
Pode ser possível ver uma folga entre a borda e a porção lateral da crista ou entre a
borda posterior e a porção lateral do palato (esses fenômenos podem ser vistos em
próteses novas mal construídas). |
Caso a forma das superfícies polidas esteja correta, os dentes
estejam assentados na zona neutra, o espaço livre não for maior do que 6 mm, e a
oclusão estiver satisfatória, reembase então a prótese (ver Capítulo 7).
Ou reembasar temporariamente com condicionador de tecido (após a remoção dos excessos),
deixar que o paciente use por não mais que 3-6 horas. Caso a estabilidade seja
recuperada, reembasar a prótese através de uma moldagem funcional. |
Prolongar a vida útil das próteses imediatas através de
reembamentos repetidos com condicionador de tecido (remover sempre o material antigo antes
da adição do novo; tempo máximo de intervalo entre uma troca e outra, 3 semanas).
Construir as próteses assim que completar a fase mais rápida da reabsorção da crista
do rebordo (3-6 meses após extração).
Rever paciente anualmente a fim de determinar se é necessário reembasamento/confecão de
novas próteses. |
Falta de elasticidade das bochechas devido a envelhecimento,
escleroma, fibrose submucosa. |
História médica do paciente.
Observação da mobilidade dos tecidos moles.
Palpação de lábios e bochechas |
Bordas ligeiramente subestendidas tanto em profundidade quanto em
espessura. Usar material de moldagem plástico, pequenas porções da borda, pedindo ao
paciente para realizar movimentos funcionais. Repetir o procedimento até conseguir uma
retenção adequada. Enviar a prótese para o laboratório a fim de substituir o material
de moldagem pela resina acrílica.
O processo pode ser repetido depois de algum tempo caso aumente a falta de elasticidade
dos tecidos moles. |
Moldagem cuidadosa com moldeira individual usando-se a técnica
descrita acima.
Promover um ótimo registro da região do selado posterior nos planos de orientação e na
prova da prótese (verificar anteriormente); verificar se as bordas não estão sub ou
sobrestendidas tanto em profundidade quanto em espessura |
AR ABAIXO DA SUPERFÍCIE DE MOLDAGEM
O ar aprisionado se expande conforme a prótese se afasta dos tecidos de suporte até que
a bolha de ar atinja a borda e rompa o selamento. |
Adaptação deficiente aos tecidos de suporte: Moldagem insatisfatória.
Modelo danificado.
Prótese empenada.
Excesso de ajuste da superfície de moldagem. |
A prótese pode movimentar-se com pressão digital.
Pode ser possível visualizar espaço entre a borda e a vertente da crista ou entre a
borda posterior e a porção lateral do palato.
Oclusão contra aparelho antagonista deteriorado se a prótese sofreu distorção após a
última inspeção.
Aplicar uma fina camada de material evidenciador de baixa viscosidade sobre a superfície
interna da prótese; acomodar o aparelho firmemente na boca. Remover e inspecionar a
uniformidade da espessura (fig 04-56). |
Se a forma das superfícies polidas da prótese estiver correta, os
dentes posicionados na zona neutra, se o espaço livre não for do que 6 mm, e a oclusão
estiver satisfatória, então reembase a prótese (ver Capítulo 7). Antes da moldagem, aliviar contato
exagerado entre prótese e tecidos de suporte revelado pelo material evidenciador (ver acima).
O reembasamento é um procedimento correto se a adição temporária de material
condicionador de tecido restaurar as forças de retenção. |
Quando for feita a moldagem secundária (de trabalho),
certifique-se de que:
Foi obtida uma uniformidade de espessura do material de moldagem. Não foi feita pressão alguma a partir da moldeira sobre os tecidos
de suporte da prótese.
Bordas formadas a partir do material de moldagem estão
adequadamente amparadas pela moldeira.
Vazar modelo antes que ocorra distorção.
O modelo resultante não deve ser recortado demais, nem danificado ( fig 04-57).
Deve-se usar um ciclo de polimerização de resina acrílica adequado.
A prótese não deve ser aquecida quando recortada e polida; o paciente deve ser alertado
quanto ao uso de água quente para limpeza dos aparelhos. |
Diminuição das forças de retenção
AR ABAIXO DA SUPERFÍCIE DE MOLDAGEM |
Reabsorção da crista residual. |
Como anteriormente e lapso de tempo desde a construção da
prótese. |
Como anteriormente. |
Ver Reabsorção da crista residual. |
Alteração do conteúdo do fluido dos tecidos de suporte. Isso pode
resultar de:
Falta de recuperação dos tecidos sob pressão de próteses antigas (estas não
devem ser usadas durante pelo menos 90 minutos antes da obtenção das moldagens).
Efeito de medicação (p. ex., diuréticos).
Efeito da alteração da postura do paciente com grande volume de fluido tissular
(p. ex,, problema cardíaco). |
Pergunte se as próteses antigas foram abandonadas antes da
obtenção das moldagens secundárias (de trabalho).
História médica do paciente.
Observações e comentários do paciente para saber se tornozelos e pernas incham quando
fica em pé.
Apertar firmemente rolos de algodão entre os dentes posteriores por 5 minutos a fim de
auxiliar na adaptação dos tecidos às próteses (fig 04-58).
A retenção só melhora se as bordas estiverem com profundidade e espessura ideais além
do selado posterior eficiente. |
Solicite a colaboração do médico do paciente para estabilizar,
tanto quanto for possível, o conteúdo de fluido dos tecidos.
Caso a pressão prolongada com os rolos de algodão (ver acima) restaure a
retenção, reembase as próteses usando a técnica de pressão mínima (ver Capítulos 5 e 7). Observar comentários a respeito de
"moldagern deficiente" feitos anteriormente. Certifique-se de que as próteses
antigas não sejam usadas durante 90 minutos antes da obtenção das moldagens. |
Estabilizar o conteúdo de fluido dos tecidos, ver ao lado.
Ver ao lado comentários sobre o não uso de próteses antigas.
Na obtenção da moldagem secundária (de trabalho), certifique-se a respeito da
uniformidade da espessura do material de moldagem, assim como de que não seja exercida
pressão sobre os tecidos que amparam a prótese. |
Crista residual de retenção, p. ex., bucal às tuberosidades (fig 04-59) labial às cristas anterior
superior e inferior, lingual à crista anterior inferior.
Caso a superfície de moldagem da prótese não se adapte bem à crista, o ar e a saliva
ocuparão o espaço. |
Inspecionar o contorno da crista residual e comparar a superfície
interna da prótese. Áreas irregulares podem indicar que a super fície interna
teve de ser ajustada à inserção da prótese. |
Determine o deslocamento de tecidos de acordo com o contorno máximo
da crista residual:
Grande deslocamento - acrescentar material de moldagem (godiva) plastificado no
espaço entre a superfície interna e a crista. Quando a prótese puder ser colocada e
removida sem dor, substitua o material de moldagem por resina acrílica.
Pequeno deslocamento - avaliar se uma trajetória de inserção angulada ou
rotatória irá permitir que a prótese seja introduzida numa área de retenção (fig 04-60). No caso disso ser considerado
possível, acrescentar material de moldagem (conforme acima) como teste. Se funcionar,
substitua o material de moldagem por resina acrílica. |
Determine o deslocamento dos tecidos no contorno máximo da crista
residual durante a fase de exame:
Grande deslocamento - pedir ao laboratório que acrescente resina acrílica na
retenção.
Pequeno deslocamento - avaliar se uma trajetória de inserção angulada ou
rotatória irá permitir que a prótese seja introduzida numa área de retenção. Caso
não seja considerado possível, solicite ao laboratório que bloqueie a retenção no
modelo, antes do processamento da resina acrílica. Forças de retenção reduzidas devem
ser aceitas, por isso planeje e construa próteses que aumentem outras forças de
retenção e minimizern as forças de deslocamento. |
Diminuição das forças de retenção
AR ABAIXO DA SUPERFÍCIE DE MOLDAGEM |
Alívio excessivo sobre áreas de pequeno deslocamento de tecido. |
Palpar área em questão a fim de determinar extensão e
deslocamento; comparar com o alívio realizado na superfície interna da prótese.
Acrescentar material evidenciador na superfície interna da prótese (conforme acima);
inspecionar espessura do material com um explorador. |
Reembasar a prótese (ver Capítulo 7). Uma vez vazado o gesso obtido o
modelo, delimitar a área a ser aliviada e informar a laboratório a espessura do alívio
desejado (fig 04-61). Ou delimitar área na
moldagem com lápis adequado (a marca será transferid para o modelo (fig 04-62)). |
Delimite a área a ser aliviada no modelo de trabalho e informe ao
laboratório a espessura de alívio desejada, antes da confecção da prótese. |
XEROSTOMIA |
Reduz a capacidade de se formar um selamento ao longo das bordas e
superfícies polidas das próteses |
Diminuição da retenção de próteses bem planejadas e
construídas.
O paciente pode reclamar de boca seca (fig
02-27), mas mesmo que não o faça pode-se suspeitar da falta de saliva. Pode ser
sinal e sintoma de outros tipos de manifestação de xerostomia, p. ex., cristas residuais
doloridas atritadas pelas próteses, com redução da sensação do paladar. |
Esfregar a língua com suco de limão a fim de verificar se
permanece alguma atividade glandular. Em caso afirmativo, continuar a estimulação com
uma dieta farta, goma de mascar, doce livres de açúcar. O paciente pode solicitar uma
suplementação com saliva artificial, assim como fazem todas as pessoas con deficiência
total do tecido glandular. Modificar as próteses onde for necessário para aumentar as
forças de retenção e diminuir a forças de deslocamento. |
Programe e construa próteses que aumentem as forças de retenção
e diminuam as forças de deslocamento.
Prescreva saliva artificial quando necessário.
Alerte o paciente a respeito de problemas potenciais |
CONTROLE NEUROMUSCULAR |
Este é de vital importância para o sucesso da prótese, uma vez
que forças geradas durante a mastigação são suficientes para desestabilizar aparelhos
com ótima retenção |
Problemas com controle neuromuscular tornam-se evidentes durante a
falaur e a mastigação (problemas isolados de mastigação geralmente resultam de
desequilíbrio oclusal). |
Controle os problemas das próteses que possam interferir no
controle neuromuscular. O uso temporário de um fixador pode ajuda o paciente a adquirir a
desenvoltura necessária |
Aumente a forças de retenção e diminua as forças de deslocamento
das novas próteses, a fim de auxiliar no desenvolvimento do controle neuromuscular. |
Diminuição das forças de retenção
CONTROLE NEUROMUSCULAR |
Forma básica da prótese incorreta: nas regiões posteriores, um
corte transversal das próteses deve apresentar uma forma triangular característica; a
superfície oclusal assentada entre as bordas e as superfícies polidas ligeiramente
côncavas (fig 04-63). |
Saídas comuns para a forma triangular:
Molares inferiores posicionados muito para lingual (freqüentemente isso resulta da
colocação dos molares superiores sobre a crista do rebordo residual (fig 04-64, 65 comparado com 63)).
Superfície lingual polida convexa (fig
04-66).
Ambas as situações acima reduzem o espaço para a língua e permitem que esta exerça
uma força direta de levantamento sobre a prótese.
Rebordo vestibular superior insuficientemente largo par a acomodar os molares
posicionados vestibularmente à crista do rebordo (fig 04-67). Pressão da bochecha sobre a
prótese exerce uma força para baixo. |
Pode ser possível estreitar os dentes posteriores inferiores
sob o ponto de vista lingual (p. ex., através da remoção das cúspides linguais) a fim
de restabelecer a forma correta. Se isso não funcionar, os dentes das próteses superior
e inferior podem ser remontados mais para vestibular ou as próteses refeitas.
Ajustar a superfície lingual polida até que esta fique plana, a partir da
superfície oclusal em direção à porção periférica. Caso isso resulte na perda da
forma triangular ideal (dentes posicionados muito para lingual), os dentes devem ser
remontados ou as próteses refeitas.
Acrescentar material de moldagem amolecido por vestibular das bordas e moldar na
boca a fim de preencher o sulco em espessura. Caso se obtenha uma forma correta das
superfícies polidas, enviar para o laboratório a fim de substituir o material de
moldagem por resina acrílica. Caso contrário, os dentes devem ser reposicionados ou as
próteses refeitas. |
Utilizar técnica adequada para registrar a profundidade e a
espessura dos sulcos.
A linha média dos dentes posteriores inferiores deveria ser estabelecida sobre a crista
do rebordo residual. Isso deverá implicar a colocação dos dentes superiores
ligeiramente para vestibular da crista do rebordo residual (a não ser que exista uma
grande disparidade de relacionamento entre o osso basal dos maxilares).
Usar dentes posteriores estreitos a fim de aumentar o espaço para a língua, assim como
para propiciar o desenvolvimento de um ótimo relacionamento entre os rebordos.
Conferir (e se preciso, ajustar) os contornos das próteses em cera. |
O paciente faz uso das próteses antigas, mal-adaptadas, para falar
e comer, considera as novas próteses frouxas apesar de muito mais bem adaptadas; isto é,
a não transferência dos reflexos neuromusculares, assim como a falta de habilidade de se
habituar aos novos aparelhos |
Paciente com idade biológica relativamente avançada e/ou
inválido.
Comparar as próteses novas e antigas no que se refere ao posicionamento
vestíbulo-lingual em relação à crista residual e papila incisal; verificar também a
forma das superfícies polidas, altura do plano incisal/oclusal e dimensão vertical de
oclusão.Uma simples avaliação pode ajudar a comparar a
posição do incisivo em relação à papila incisiva nas próteses novas e antigas ( fig 04-68). |
Discrepâncias menores entre próteses novas e antigas: modificar as
próteses novas até que fiquem virtualmente idênticas às antigas. Discrepâncias
maiores: refazer as próteses copiando as características desejáveis dos aparelhos
antigos e incorporar as modificações desejadas (p.ex., melhor apoio para os tecidos de
suporte, melhorar a extensão das bordas, alterar menos a dimensão vertical de oclusão). |
Se existir uma história de uso de próteses antigas bem-sucedido,
usar a técnica do gabarito (ver Capítulo
7) a fim de copiar as características desejáveis das próteses antigas, assim como
incorporar as modificações selecionadas (ver ao lado) nos novos aparelhos. |
Diminuição das forças de retenção
CONTROLE NEUROMUSCULAR |
Altura do plano oclusal na prótese inferior: a língua torna
incapaz de controlar o aparelho |
Quando os lábios estão afastados, observar a língua na sua
posição de repouso normal: as bordas laterais devem repousar sobre as
cúspides linguais dos dentes posteriores superiores (fig 04-69).
A porção posterior do plano oclusal inferior aproximadamente ao nível da metade da
papila retromolar (fig 04-70).
Plano oclusal inferior alto, geralmente associado com dimensão vertical de oclusão
exagerada, quando o nível incisal da prótese superior estiver correto. |
Caso o plano oclusal e o nível incisal da prótese superior
também estejam muito altos, remonte os dentes de ambas as próteses ou refaça os
aparelhos
Se o plano oclusal e o nível incisal da prótese superior estiverem corretos e a
dimensão vertical de oclusão estiver aumentada em até 1,5 mm, usar um arco facial para
transferir o modelo superior para um articulador anatômico, assim como para fazer um
registro interoclusal (obtido com a mandíbula retruída) para montar o modelo inferior.
Fazer um ajuste oclusal com o objetivo de reduzir a altura do plano oclusal. Observar que
incisivos inferiores ficarão mais curtos - atenção para o efeito estético. No caso de
e dimensão vertical de oclusão estar aumentada em mais de 1,5 mm, remontar os dentes
inferiores ou refazer os aparelhos. |
Durante o registro do relacionamento interoclusal, certifique-se de
que os planos de orientação transmitem para o laboratório o correto nível incisal, o
plano oclusal e a dimensão vertical da oclusão. |
Distúrbio neuromotor superior ou inferior: p. ex., paralisia de
Bell, acidente vascular cerebral, discinesia tardia. |
Observação do paciente.
História médica. |
Reforce as forças de retenção e diminua as forças de
deslocamento as próteses existentes (ver seções acima e adiante). Caso as
próteses continuem insatisfatórias, pode ser necessário refazê-las repensando a
delimitação. |
Faça uso de informações provindas de outras próteses
bem-sucedidas antes da instalação do distúrbio neuromuscular através da técnica da
duplicação da prótese (ver Capítulo 7);
as modificações devem ser mínimas e restritas à, por exemplo, melhora da adaptação
aos tecidos de suporte.
Na ausência de próteses satisfatórias anteriores, construa uma prótese superior muito
bem planejada e depois determine a melhor forma para o aparelho inferior (ver Capítulo 5).
Incorporar uma barra metálica lingual ou uma base de cromo-cobalto na prótese inferior a
fim de aumentar sua massa. |
Falta de valorização da necessidade de controlar ativamente as
próteses pelo paciente. |
Peça ao paciente para morder com os incisivos o dedo do operador;
observe se o dorso da língua se eleva a fim de manter as bordas da prótese superior em
posição, enquanto a ponta da língua pressiona contra os incisivos inferiores a fim de
impedir o deslocamento posterior do aparelho (fig
04-71).
A falta de tal controle ativo não deve ser usada como desculpa para uma retenção
deficiente no caso de uma prótese que não tenha sido muito bem planejada e construída |
Explicar para o paciente os tipos de movimento que ocorrem com a
prótese durante a mastigação e a necessidade do controle das forças ativas dos
aparelhos. Coloque uma pequena gota de resina acrílica na linha média da borda posterior
da prótese superior e também por lingual na região dos incisivos inferiores,a fim de
indicar as posições desejáveis para a língua
Reforçar as forças de retenção e minimizar as forças de deslocamento, a fim de obter
próteses estáveis enquanto o novo reflexo neuromuscular é estabelecido. Pode ser
conveniente usa um pó fixador temporariamente. |
Explique e instrua o paciente conforme item anterior no caso
de as próteses antigas apresentarem esse problema; o paciente pode exercitar suas
habilidades com as próteses antigas enquanto as novas próteses estão sendo
construídas. Reforce as forças de retenção e minimize as
forças de deslocamento nas novas próteses, a fim de auxiliar o desenvolvimento do
controle neuromuscular. |
Forças de deslocamento aumentadas
BORDAS DA PRÓTESE |
Sobrextensão em profundidade. |
Visão direta da boca com uma pequena retração dos lábios e das
bochechas (p. ex., com deslocamento dos tecidos do sulco e freio). Observar se a prótese
se desloca com manipulação digital dos lábios e das bochechas, e movimentos da língua
realizados pelo paciente, assim como durante a moldagem das bordas.
Lenta elevação da prótese inferior quando a boca fica entreaberta e os lábios e as
bochechas permanecem imóveis (sendo este último dado importante para evitar confusão
com a não coincidência da prótese com a zona neutra, ver a seguir). Queda lenta da
prótese superior sem caracterizar sobrextensão, uma vez que a falta de selamento pode
produzir o mesmo efeito.
Remova a prótese e procure uma linha vermelha de inflamação na reflexão dos tecidos do
sulco (fig 04-72). |
Reduzir a sobrextensão, usando um material evidenciador se
necessário. Polir novamente a borda da prótese. |
Reduza discretamente as bordas da moldeira individual e molde
cuidadosamente, usando um material de moldagem adequadamente plastificado . Fique atento
aos pacientes com grande variação da profundidade do sulco entre as posições de
repouso e funcional; adaptar as bordas a essas posições.
Conferir as bordas dos planos de orientação e das provas das próteses, no que se refere
à sobrextensão. Reduzir bordas, se necessário, e desenhar uma linha a lápis sobre o
modelo com a nova extensão; instruir o laboratório para terminar a prótese de acordo
com a linha. |
Sobrextensão em largura. |
Bordas vestibulares superior e inferior: a espessura não costuma
ser um problema, a não ser que o paciente reclame do volume ou fique retido alimento
entre a borda e a profundidade do sulco. (Coloque alginato do lado de fora do arco dentado
e através da contração das bochechas, demonstre o potencial espaço do sulco, assim
como a área de contração muscular máxima próxima ao plano oclusal (fig 04-73).)
Áreas problemáticas:
Vestibular às tuberosidades: processo coronóide se desloca anteriormente durante a
abertura da boca e medialmente em excursões laterais; sobrextensão em largura pode
produzir dor na bochecha ou deslocamento da prótese.
Borda lingual: borda espessa pode propiciar o levantamento da prótese pela língua.
Borda vestibular inferior: borda espessa pode propiciar o levantamento da prótese
pelo músculo mentoniano (mentalis) (pressão digital no sulco labiomental
estimulará a ação muscular).
Borda vestibular superior: borda espessa aumenta as forças de deslocamento
exercidas pelo lábio superior. (Pode produzir também um volume antiestético no perfil
labial.) Bordas vestibulares superior e inferior: a espessura não costuma ser um
problema, a não ser que o paciente reclame do volume ou fique retido alimento entre a
borda e a profundidade do sulco. (Coloque alginato do lado de fora do arco dentado e
através da contração das bochechas, demonstre o potencial espaço do sulco, assim como
a área de contração muscular máxima próxima ao plano oclusal (fig 04-73).)
Áreas problemáticas:
Vestibular às tuberosidades: processo coronóide se desloca anteriormente durante a
abertura da boca e medialmente em excursões laterais; sobrextensão em largura pode
produzir dor na bochecha ou deslocamento da prótese.
Borda lingual: borda espessa pode propiciar o levantamento da prótese pela língua.
Borda vestibular inferior: borda espessa pode propiciar o levantamento da prótese
pelo músculo mentoniano (mentalis) (pressão digital no sulco labiomental
estimulará a ação muscular).
Borda vestibular superior: borda espessa aumenta as forças de deslocamento
exercidas pelo lábio superior. (Pode produzir também um volume antiestético no perfil
labial.) |
Reduzir a sobrextensão, usando um material evidenciado necessário.
Polir novamente a borda da prótese. |
Durante a moldagem das bordas, pedir para o paciente abrir a boca e
movimentar a mandíbula de um lado para outro.
Certifique-se de que as bordas dos planos de orientação/prova das próteses preenchem os
sulcos no modelo e observe o deslocamento dos aparelhos durante os movimentos
mandibulares, simule moldagem de borda e avalie a ação do músculo mentoniano. Observe o
perfil do lábio superior.
Evitar bordas finas de planos de orientação/prova das próteses. Se necesssário,
instrua o laboratório para preservar a nova espessura da borda. |
Forças de deslocamento aumentadas
BORDAS DA PRÓTESE |
Selado posterior profundo em prótese superior (recuo de tecidos
deslocados força a prótese para baixo). |
Próteses recém-instaladas: o paciente pode reclamar de dor na
região do selado posterior quando a prótese é firmemente assentada através de pressão
digital
Próteses usadas durante um período variável: o paciente pode reclamar de dor, como
acima. Sulco profundo nos tecidos palatinos com inflamação variando de hiperemia à
ulceração. |
Reduzir a profundidade do selado posterior através da utilização
de um creme indicador, se necessário.
Atenção para não desgastar demais; com a regressão da inflamação pode surgir um
vedamento deficiente. |
Fazer um sulco no modelo de trabalho, a fim de posicionar
adequadamente, em extensão e largura. |
ADAPTAÇÃO PRECÁRIA AOS TECIDOS DE SUPORTE |
(Recuo dos tecidos deslocados levanta as próteses.) |
Tecido móvel sobre a crista residual/no palato. Pergunte se
deixou de usar a prótese antiga antes da realização das moldagens.
História de moldagem realizada com material de alta viscosidade ou reembasamento da
prótese sem orifícios de escape.
Prótese caillevanta quando os dentes não estão em contato (atente para a
confusão entre borda sobrestendida ou prótese não assentada num espaço ideal). |
Se a forma da superfície polida da prótese estiver correta, os
dentes assentados na zona neutra, o espaço livre não maior do que 6 mm e a oclusão
satisfatória, reembase a prótese usando a técnica da pressão mínima (ver Capítulo 7). Antes de realizar a
moldagem, alivie os contatos fortes entre prótese e tecidos de suporte revelados através
de material evidenciador. Certifiquese de que as próteses antigas não sejam usadas por
pelo menos 90 minutos antes da realização da moldagem. |
Ver comentários anteriores referentes ao não uso das
próteses antigas.
Na obtenção da moldagem secundária, certifique-se da uniformidade da consistência do
material de moldagern de baixa viscosidade obtida, e da ausência de pressão sobre os
tecidos de suporte da prótese |
PRÓTESE NÃO ASSENTADA NUM ESPAÇO IDEAL |
Regiões posteriores: |
|
|
|
Molares da prótese inferior posicionados lingualmente a rebordo
residual: ausência da forma triangular ideal das próteses. |
Observar o relacionamento dos dentes inferiores com o rebordo
residual quando a prótese for vista sob seu aspecto posterior (fig 04-100). Observar comentário sobre
Controle neuromuscular, referente à posição dos dentes superiores.
Use material de moldagem para detectar interferência com atividade muscular normal (ver Capítulo 5). |
Remover as cúspides e superfícies linguais dos dentes envolvidos e
refazer a superfície polida a partir da superfície oclusal em direção à periferia (fig 04-74). Caso isso não restaure a forma
triangular ideal, os dentes devem ser reposicionados ou, de preferência, as próteses
refeitas. (Essa última opção é fundamental se os dentes posteriores superiores
estiverem insuficientemente vestibularizados em relação à crista do rebordo residual.) |
Para a relação óssea Classe I, certifique-se de que a linha
média dos dentes posteriores inferiores seja montada sobre, e dos dentes superiores
ligeiramente para vestibular, da crista do rebordo residual.
Ajustar os planos de orientação até atingir a posição vestíbulo-lingual desejada.
(Os planos devem estar estáveis, uma vez completados todos os ajustes.)
Instrua o laboratório para copiar os contornos dos planos durante a montagem dos dentes
para a prova das próteses.
Conferir o posicionamento dos dentes nas próteses em cera.
Se ocorrer uma maior discrepância no relacionamento maxilomadibular (p. ex., uma Classe
II ou III grosseira, ou seguida de trauma ou cirurgia), determine o tamanho e a forma do
espaço disponível para a prótese (ver Capítulo
5). |
Tábua oclusal posterior grande: reduz o espaço utilizado pela
língua; assim, grandes esforços são dirigidos lateralmente sobre a prótese. Este
aspecto é especialmente relevante nos casos em que os pacientes ficaram sem dentes
naturais ou artificiais por vários meses na região posterior (a língua se adapta ao
espaço disponível). |
Dentes posteriores largos.
Longa tábua oclusal (impede a língua de se espalhar lateralmente na região posterior da
prótese inferior, assim como exerce uma força de retenção sobre o aparelho inferior, (fig 04-75)).
História de ausência de dentes posteriores, ver ao lado. |
Estreitar dentes posteriores e recortar bordas linguais.
Remover os dentes mais distais das próteses.
Caso a língua seja grande (p. ex., síndrome de Down), pode ser necessário refazer as
próteses de acordo com o espaço disponível para elas (ver Capítulo 5). |
Usar rotineiramente dentes posteriores mais estreitos.
Deixar de fora o dente mais distal se isso permitir um espaço maior para a
língua.
Se a língua for grande, ver ao lado. |
Forças de deslocamento aumentadas
PRÓTESE NÃO ASSENTADA NUM ESPAÇO IDEAL |
Bordas linguais espessas: reduz o espaço disponível para a língua
(ver comentários anteriores). |
Observar a espessura das bordas linguais. Com exceção das regiões
onde as bordas estejam muito reabsorvidas, as bordas linguais devem ser finas (fig 04-76). |
Recortar a superfície lingual polida até (a) afinar a borda (cerca
de 1,5 mm) e (b) nivelar a partir da superfície oclusal em direçã à periferia. No caso
de se perder a forma triangular ideal, qu não pode ser recuperada através do
estreitamento dos dente posteriores, refaça o aparelho. |
Ajustar os planos de orientação até obter a forma e a espessura
lingual de bordas desejáveis; instruir o laboratório para repeti-Ias nas próteses em
cera.
Conferir, e se necessário ajustar, a borda lingual na prova da prótese. |
Regiões anteriores:
Pressão excessiva do lábio inferior sobre a prótese inferior. |
A prótese inferior se levanta na região anterior e/ou se desloca
posteriormente quando os músculos do lábio se contraem.
Pressão digital no sulco lábio-mental (fig
04-77) simulando a ação do músculo mentoniano desloca a prótese.
Dentes anteriores à crista residual.
Borda labial espessa.
Caso esses dois últimos fatores sejam muito grosseiros, a prótese se levantará
passivamente durante a abertura da boca. |
Borda labial inferior fina.
Desgastar as superfícies labiais dos dentes anteriores inferiores. Considerar esses dois
procedimentos é produzir um perfil de superfície polida côncava com a concavidade maior
em posição oposta à atividade máxima do músculo mentoniano (aproximadamente sulco
lábio-mental, (fig 04-78)). Tal ajuste
pode produzir um resultado estético inaceitável ou ser insuficiente par impedir o
deslocamento, tornando-se necessário reposicionar o dentes ou refazer a prótese. No
último caso, considerar a determinação funcional ideal do incisivo inferior (ver Capítulo 5).
Garanta a extensão posterior ideal das papilas retromolares a fim de que resista ao
deslocamento do aparelho. |
Avalie a atividade muscular do lábio inferior durante o exame da
cavidade oral. Cuidado com a movimentação da moldeira causada pela posição imprópria
do cabo, que impediria um registro verdadeiro da profundidade e largura funcionais do
sulco labial (fig 04-79). Por razões
similares, ajuste cuidadosamente as bordas da moldeira.
Garanta a extensão distal ideal da moldeira. Desgaste a superfície labial do plano de
orientação até que fique estável durante os movimentos funcionais do lábio
inferior/pressão no sulco lábio-mental. Solicite ao laboratório que reproduza o
contorno na prótese em cera.
Conferir, e se necessário ajustar, a prótese na prova até obter estabilidade.
Considerar a determinação funcional da posição ideal do incisivo inferior (ver Capítulo 5). |
Forças de deslocamento aumentada
PRÓTESE NÃO ASSENTADA NUM ESPAÇO IDEAL |
Excesso de pressão a partir do lábio superior sobre a prótese
superior |
A movimentação da prótese diminui quando ela deixa de ter contato
com a superfície vestibular do aparelho.
Dentes anteriores superiores posicionados muito para vestibular: gengiva marginal e borda
incisal dos incisivos centrais cerca de 6 e 10 mm, respectivamente, à frente da borda
posterior da papila incisiva (fig 04-80).
Ângulo nasolabial agudo (o ideal é 900, (fig 04-81)).
Pode resultar de um assentamento inadequado da prótese durante o reembasamento; o
aparelho adquire uma posição anterior e inferior em relação à posição ideal sobre
os tecidos de suporte. Também a oclusão será afetada. |
Em geral é irremediável e a prótese precisa ser refeita.
Caso resulte de um reembasamento temporário, a superfície de moldagem pode ser removida,
permitindo que a prótese adquira um relacionamento correto com os tecidos de suporte e
restaure a oclusão. Fazer um novo reembasamento temporário tomando as precauções
destacadas na Reabsorção da crista residual e no Capítulo
7. |
Quando reembasar temporariamente próteses, observe as precauções
ressaltadas na Reabsorção da crista residual e no Capítulo 7. Garantir uma extensão ideal de
borda tanto em profundidade quanto em larguralestabelecer o selado posterior no plano de
orientação/prótese em cera que permitam a ação das forças de retenção; isso no
entanto pode ser insuficiente para resistir às forças deslocadoras do lábio superior
sobre os dentes anteriores posicionados com preocupação estética. Deve existir um
compromisso entre a estética e a retenção. |
OCLUSÃO |
Contato inicial desigual: faz com que as próteses se inclinem sobre
os tecidos de suporte, rompendo o selamento de retenção Impede também o assentamento de
próteses frouxas sobre o tecidos de suporte quando os dentes ocluem |
Descontraia o paciente.
Caso as próteses se movimentem sobre os tecidos de suporte, mantenha as mesmas em
posição com o auxílio dos dedos. Obtenha um relacionamento mandibular protrusivo. Peça
para o paciente fechar lentamente (não "morder"; isso implica uma protrusão
mandibular) até que os dentes comecem a se tocar. Qualquer pressão sobre os dentes
contactantes alteraria a relação entre as próteses e os tecidos de suporte (desalojando
a mucosa subjacente (1) elou movimentando as próteses (2) (fig 04-82)), mascarando assim um problema
oclusal |
Ajuste a oclusão até que esta fique equilibrada
na posição inicial de contato em retrusão:
Na cadeira odontológica: use um fino papel de articulação o outro recurso qualquer e
remova contatos impróprios (ver Capítulo
6). Difícil; as próteses se movimentam sobre os tecidos de suporte produzindo marcas
inadequadas.
No laboratório (mais apropriado): use um arco facial para montar a prótese superior num
articulador ajustável e registre contatos interoclusais de retrusão para montar a
prótese inferior; ajuste então o contatos oclusais (ver Capítulo 6).
Espaços entre os dentes de 1,5 mm ou mais exigem que este sejam rearranjados ou as
próteses refeitas.
Ajustar a oclusão até coincidir PIC e PCR (ver Capítulo 6). Submeta a prótese existente
a um ajuste oclusal seletivo quando existir uma discrepância entre PIC e PCR,
desde que esta não exceda a metade da largura de uma cúspide (fig 04-83); discrepâncias maiores exigem que
todos os dentes de pelo menos uma das prótese sejam rearranjados. (Todos os dentes devem
ser rearranjado uma vez que discrepâncias dessa magnitude alteram significativamente as
relações verticais e horizontais dos dentes anteriores).
Ver comentários anteriores a respeito de ajuste oclusal rea lizado na cadeira e no
laboratório. |
Certifique-se de que os planos de orientação
estão estáveis e com retenção (confira a adaptação e a extensão das bordas, assim
como o selado posterior). Mantenha-os em posição sobre os tecidos de suporte.
O paciente deve fechar a boca lentamente, em posição retrusiva, até que os planos
comecem a se tocar. Os planos são ajusta dos até se conseguir um contato equilibrado.
numa dimensão vertical ideal.
Os planos de orientação são relacionados num contato o mais leve possível, e esses
contatos são registrados com pasta ou material à base de silicone. Durante a prova das
próteses os contatos oclusais são conferidos tomando-se as mesmas precauções.
Remontar as próteses já processadas num articulador, com o auxilio de um arco facial;
ajustar os contatos oclusais até que a oclusão fique equilibrada (ver Capítulo 6).
Confira o relacionamento na posição de retrusão, ver acima.
Remontar as próteses processadas no articulador, ver acima. |
Posições de intercuspidação (PIC) e de contato retrusivo (PCR
não coincidentes: fazem com que as próteses se movimentem sobre os tecidos de suporte,
rompendo assim o selamento impedindo a readaptação |
Utilize os procedimentos realçados no item anterior. Qualquer
pressão via contato entre os dentes permite que as próteses se e movimentem sobre os
tecidos de suporte ou faz com que a mandíbula se desvie da trajetória retrusiva de
fechamento, mascarando assim um erro oclusal. |
Forças de deslocamento aumentadas
OCLUSÃO |
Falta de liberdade em PIC: pacientes s um controle adequado do
movimento mandibular podem não se adaptar a uma relação cúspide/fossa precisa,
possibilitando a movimentação das próteses sobre os tecidos de suporte e rompendo o
selamento de retenção. |
Idade/observação/história médica do paciente. O paciente tem
dificuldade para conseguir um relacionamento oclusal reprodutível.
O paciente é capaz de comer com as próteses antigas, cujos dentes estão desgastados
pelo uso. |
Remontar as próteses num articulador ajustável e alterar a
posição dos dentes para produzir áreas de contato oclusal.
Caso o ajuste resulte em perda de balanço oclusal, remonte os dentes/refaça as próteses
utilizando dentes sem cúspide. |
Permita sempre uma liberdade de 1-1,5 mm anterior a partir da
posição retrusiva da mandíbula.
Considere a possibilidade de usar dentes sem cúspides (não anatõmicos) no balanço
oclusal durante as excursões laterais e protrusivas da mandíbula. Isso impede o
trespasse vertical dos incisivos; atentar para o efeito estético. |
Falta de balanço oclusal em excursões laterais e protrusivas da
mandíbula; faz com que as próteses se movimentem sobre os tecidos de suporte, rompendo
assim o selamento de retenção.
Muitos pacientes usam com sucesso próteses sem balanço oclusal; entretanto, conforme
vão diminuindo os fatores de retenção (p. ex., reabsorção dos tecidos de suporte), as
forças de deslocamento geradas pela falta de balanço assumem um significado maior. |
Mantenha cuidadosamente ambas as próteses em posição sobre os
tecidos de suporte. Peça ao paciente para fechar até que os dentes comecem a tocar,
então "esfregue" os dentes de um lado para o outro, assim como para frente.
Através de observação e palpação, verifique se os dentes deslizam facilmente, sem
movimentar as próteses sobre os tecidos de suporte.
A falta de balanço em geral está associada com o trespasse vertical excessivo dos dentes
anteriores. |
Ajustar os contatos oclusais até se obter um balanceio (ver Capítulo 6). Isto é difícil de ser conseguido
na cadeira do dentista devido à movimentação da prótese sobre os tecidos de suporte
remontar então as próteses em articulador ajustável, a fim d facilitar a correção.
Caso a obtenção do balanceio implique mutilação dos dente (p. ex., encurtamento
excessivo dos incisivos inferiores, ver Capítulo
6), remonte os dentes ou refaça as próteses. |
Os modelos de trabalho montados em articulador ajustável.
Dentes montados com balanço oclusal. Verificar a presença de balanço oclusal nas
próteses em cera.
Remontar as próteses processadas no articulador (ver acima) e ajustar os
contatos oclusais até obter o balanceio (ver Capítulo 6).
T uber rosidades grandes podem impedir a colocação dos dentes na curva correta de
compensação; podem implicar a redução do comprimento da mesa oclusal, encurtamento do
plano oclusal, ou a redução cirúrgica das tuberosidades. |
Trespasse vertical excessivo dos dentes anteriores. Trespasse
vertical grande é comum em dentes naturais. Não causa problemas quando as raízes estão
ancoradas no alvéolo individualmente. Os pacientes freqüentemente solicitam que os
dentes artificiais inferiores fiquem à mostra; essa concessão pode resultar em falta de
balanço oclusal (ver acima); ou contato entre os dentes anteriores durante a fala (ver
ao lado); ambos podem fazer com que as próteses se movimentem e o selamento de
retenção se rompa. |
Detecção da falta de balanço oclusal, ver acima.
Detecção de interferência durante a fala; solicite ao paciente que produza o som do
"s" (p. ex., conte de 60 até 70); os incisivos superiores e inferiores não se
deveriam tocar. Atente para a confusão entre dimensão vertical de oclusão
excessivalfalta de espaço funcional livre. |
Reduza a altura dos incisivos inferiores, ver acima
Pode resultar em problemas de incisão/estéticos necessitam do um novo posicionamento de
dentes/confecção das próteses.
Caso seja necessário um espaço funcional livre superior a 1,5 mm, use um arco facial
para auxiliar na montagem das prótese num articulador ajustável; altere seletivamente os
contatos oclu sais a fim de reduzir a dimensão vertical de oclusão.
Se o espaço funcional livre extra exceder a 1,5 mm, remova os dentes da prótese com o
plano oclusal incorreto e registre posição retrusiva na dimensão vertical de oclusão
correta e entã remontelrefaça a prótese. |
Certifique-se de que os dentes estão montados com balanço oclusal
de acordo com planos de orientação idealmente ajustados.
Na prova da prótese em cera, conferir o balanço oclusal/ausência de contato dos dentes
anteriores durante a fala/pressença de espaço funcional livre ideal.
Remontar as próteses depois de processadas (ver acima). |
Último dente inferior posicionado muito posteriormente: os dentes
repousam sobre a crista do rebordo alveolar residual, que caminha em direção à papila
retromolar; pressão sobre esses dentes faz com que a prótese escorregue para frente (fig 04-84). |
Observar a relação entre os dentes e a crista residual.
Aplicar uma pressão digital sobre os dentes mais posteriores; observar se as próteses se
movimentam. |
Remover os dentes mais posteriores das próteses |
Assentar o primeiro molar inferior sobre a porção côncava do
rebordo alveolar; pressão sobre esse dente costuma estabilizar a prótese. Preencher o
espaço anterior com número e tamanho apropriados de dentes; da mesma forma para o
espaço posterior que acomodar o dente mais posterior de forma que o dente não repouse na
porção ascendente do rebordo residual. |
Forças de deslocamento aumentadas
OCLUSÃO |
Orientação do plano oclusal não paralela à crista: a
mastigação produz momentos de força, os quais tendem a movimentar as próteses sobre os
tecidos de suporte (fig 04-85). |
Observar a relação entre plano oclusal e crista residual.
Esse problema é mais passível de ocorrer com tuberosidades grandes: estas podem
comprimir o plano oclusal posteriormente, produzindo um momento de força para frente
sobre a prótese inferior. |
Geralmente irremediável; os dentes devem ser remontados ou
próteses refeitas (ver ao lado). |
Acertar os planos de orientação da maneira desejada.
Caso as tuberosidades sejam grandes: reduzir o comprimento da porção posterior do plano
quando o dente mais distal não puder ser acomodado sem desorientar o plano
oclusal, o plano oclusal inferior (no caso de a estética permitir) a fim de ceder espaço
para os dentes posteriores, ou reduzir cirurgicamente as grandes tuberosidades. |
Problemas de suporte
FALTA DE CRISTA |
Pequena resistência a forças que incidam lateral e
ânteroposteriormente, próteses sujeitas à movimentação, rompendo assim o selamento de
retenção (fig 04-86). |
Observação da crista residual. Pode estar associada m raso.
A prótese pode mover-se facilmente nas direções laterais com uma pressão digital
apropriada. |
Maximinizar forças de retenção e minimizar força de deslocamento
(ver acima).
Extensão de borda ideal, tanto em profundidade quanto largura, é particularmente
importante. |
Aumentar as forças de retenção e minimizar as forças
deslocadoras (ver acima).
Considerar implantes endósseos: é necessário usar de precaução, uma vez que o volume
ósseo pode ser insuficiente ou a história médica comprometedora.
Os implantes mandibulares são mais bem-sucedidos do que os maxilares.
Considerar o aprofundamento cirúrgico do sulco: se o volume ósseo for insuficiente para
implantes, também a altura da mandíbula contra-indicará esse tipo de cirurgia (ver Capítulo 5) |
CRISTA FIBROSA MÓVEL |
As forças da mastigação fazem com que a prótese afunde e se
movimente sobre os tecidos de suporte, interrompendo o selamento de retenção. |
Palpação da crista residual para determinar o deslocamento (fig 04-87).A prótese pode afundar nos tecidos
móveis de suporte sob um pressão digital nas superfícies oclusais ou bordas incisais.
Presença ou história da presença de dentes naturais antagonistas (são comuns os
anteriores inferiores).
Os dentes podem dar a impressão de estar em contato quando ocluírem fortemente; caso as
próteses sejam estabilizadas com os dedos e o paciente feche até que os dentes comecem a
se encontrar, em geral o que se vê é uma oclusão incorreta. |
Reembase as próteses (ver Capítulo 7). Precauções adicionais:
Remover acrílico da superfície interna até que deixe de existir contato com o
tecido móvel (confirmar com material evidenciador).
Fazer retenções nas vertentes labial/vestibular/lingual das próteses.
Deve-se usar material de moldagem de baixa viscosidade.
Propiciar o melhor selamento posterior possível na prótese.
Otimizar o balanço oclusal em excursões mandibulares laterais e protrusivas, ver acima.
Se o arco antagonista for parcialmente dentado, confeccione uma prótese parcial bem
suportada, a fim de favorecer o melhor contato possível com a prótese completa em todas
as posições oclusão. Tratamento endodôntico e a transformação dos dentes
selecionados em suportes para a construção de uma prótese híbrida podem ajudar na
provisão de uma ótima configuração oclusal. |
Moldagem dos tecidos móveis com pressão mínima (ver Técnicas
de moldagem, Capítulo 5).
Maximizar as forças de retenção e minimizar as forças deslocadoras, ver acima.
Se o arco antagonista for parcialmente dentado, ver ao lado. |
Problemas de suporte
PROEMINÊNCIA ÓSSEA RECOBERTA POR MUCOSA FINA |
(p. ex., torus [88], sutura maxilar mediana proeminente,
espinha nasal anterior): a prótese gira em torno de um fulcro formado por uma área de
mobilidade tecidual reduzida, interrompendo assim o selamento de retenção. |
A prótese gira quando se aplica pressão digital alternadamente
sobre as superfícies oclusais de ambos os lados do fulcro.
Inflamação da mucosa fina que reveste a proeminência óssea.
Apalpar os tecidos de suporte a fim de determinar a extensão e o deslocamento da área do
fulcro. |
Remover a resina da superfície interna onde o material evidenciador
acusa uma carga excessiva sobre os tecidos de suporte. O ideal seria que uma pressão
equilibrada atuasse sobre toda a área de suporte quando os dentes ocluíssem firmemente.
Atente para:
A criação de espaços excessivos entre a prótese e os tecidos.
Desgaste excessivo da base da prótese, que aumenta o risco de fratura (superfície
polida pode solicitar a adição compensadora de material ).
Favorecer contatos oclusais em posição de intercuspidação, lateralidade, assim como em
excursões protrusivas, reduzindo assim a tendência de girar em torno de um fulcro (ver
Capítulo 6). |
Palpar a área que antecede ao fulcro a fim de determinar a
extensão e o deslocamento; delimitar a área a ser aliviada no modelo de trabalho e
indicar ao laboratório a espessura do alívio solicitado antes do processamento da
prótese.
Favorecer contatos oclusais ideais, ver ao lado. |
TECIDO MOLE NÃO RESILIENTE |
Cobrindo a área de suporte da prótese: não se adapta à
superfície interna da prótese, o que reduz os fatores de suporte e de retenção. |
Determinar o deslocamento dos tecidos de suporte por palpação
Este pode estar associado com:
Deficiências endócrinas, p. ex., estrogênicas (pós-menopsa), diabetes.
Deficiências nutricionais, p. ex., ferro, folato. |
Reembasar as próteses (ver Capítulo 7) tomando cuidado para:
Obter extensões adequadas de bordas tanto em profundidade quanto em largura.
Usar material de moldagem de baixa viscosidade.
Favorecer contatos oclusais em posição intercuspídica, assim como em excursões
laterais e protrusivas da mandíbula, a fim de minimizar as forças de deslocamento. |
Maximizar as forças de retenção e minimizar as forças de
deslocamento, ver acima. |
DOR INTERFERINDO NA MECÂNICA |
A fim de aliviar a dor produzida pela prótese, a língua e as
bochechas deslocam o aparelho dos tecidos de suporte, elou o paciente protege a
superfície interna com algodão (fig 04-89),
com pó de fixação em excesso, ou material de forramento aplicado por ele mesmo. |
História de dor com prótese; perguntar como controla.
Observar os mecanismos de defesa do paciente.
Examinar as próteses. |
Eliminar a causa da dor. |
Construção cuidadosa de aparelhos adequados, a fim de evitar
trauma sobre os tecidos, o que pode causar dor. |
COLECIONADORES DE PRÓTESE |
Pode ser difícil satisfazê-los; próteses que parecem estáveis
para o profissional parecem frouxas para o paciente. |
História de repetidos ajustes, novas confecções, aparelhos não
resolvem o problema do paciente.
Pode trazer uma sacola cheia de próteses não satisfatórias.
Ouvir atentamente à descrição do problema feita p paciente.
Examinar cuidadosamente a boca e a prótese, a fim d e nosticar corretamente a causa do
problema.. |
Ajustar as próteses a fim de eliminar a causa do problema.
O paciente pode estar usando próteses que ele/lela julga tolerável. Qualquer ajuste
(inclusive temporário) de inutilizar totalmente o aparelho. São aconselháveis, então,
cópias exatas das próteses, usando-se a técnica do gabarito (ver Capítulo 7); é usada resina acrílica
autopolimerizável da cor do dente em vez de cera, para formar o arco dental antes da
colocação da resina rósea, que produzirá a base da prótese.
As cópias temporárias são então modificadas até que se satisfaça o paciente; a
técnica convencional é então utilizada a fim de produzir os aparelhos definitivos. |
Construção cuidadosa de aparelhos adequados, tendo-se em mente a
provável causa do problema.
Se a causa não for evidente, fazer diagnóstico auxiliar, modificando cópias
temporárias de próteses antigas, ver ao lado |
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