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a Como a penicilina é a droga de escolha para erradicar a sífilis, 1-3 deve-se avaliar cuidadosamente a história do paciente alérgico à penicilina ou aos sem derivados. Este fato é , particularmente importante naquelas situações em que gostaríamos de usar a droga de escolha, penicilina, como na sífilis em pacientes infectados pelo HIV, neurossífilis e sífilis em gravidez. Aconselha-se a consulta a um alergista e a dessensibilização cuidadosa à penicilina, especialmente nas últimas situações. Na gravidez, pode ser necessária a dessensibilização à penicilina .
b Alguns especialistas sugeriram que, na ausência de anormalidades neurológicas e em pacientes que não estão infectados pelo HIV, parece razoável tratar a sífilis secundária e a precoce latente com dois tratamentos, cada um com 2,4 milhões de unidades de penicilina benzatina IM com o intervalo de 1 semana. 1
c No paciente infectado por HIV, o regime ideal ainda não está claro. Algum sugerem que a terapia mínima para infecção primária ou secundária sem neurossífilis é de 2,4 milhões de unidades com intervalos semanais para 3 doses. 1 Esta área está em evolução e alguns especialistas preferem proporcionar níveis liquóricos adequados de penicilina. Aconselha-se consulta a um infectologista. Muitos favorecem avaliação de liquor precocemente.
d Ou tetraciclina, 500 mg 4 vezes ao dia, VO. A doxicilina e a tetraciclina são contra-indicadas na gravidez e em crianças com menos de 8 anos de idade.
e Há experência limitada com este regime. Usar apenas quando forem assegurados obediência ao regime terapêutico e o seguimento em pacientes não infectados pelo HIV.2,3 A dose única não é eficaz.
f O tratamento com eritromicina é associado com taxa aumentada de recidiva e só deve ser usado se forem assegurados ao regime terapêutico e acompanhamento de 12 meses; e quando outros regimes forem contra-indicados. A eritromicina parece não atravessar de modo confiável a placenta e não deve ser usada em pacientes grávidas.
g De modo ideal, todos os pacientes com sífilis com mais de 1 ano de duração devem ter seu liquor avaliado; entretanto, a realização da punção lombar deve ser indivudualizada. Nos inivíduos assintomáticos mais velhos, o material colhido por punção lombar é provavelmente de baixa quantidade. Entretanto, o exame do liquor é claramente indicado nas seguintes situações específicas: título de anticorpo não-treponêmico maior do que 1:32; outra evidência de sífilis ativa (aortite, lesões, irite); sinais ou sintomas neurológicos; falha de tratamento não penicilínico e título positivo para HIV.2 Pacientes com HIV positivo devem ser submetidos a exame do liquor. Alguns argumentaram que os benefícios dos dados da punção lombar podem não compensar os riscos 1 em pacientes de baixo risco.
h Os pacientes alérgicos à penicilina devem ser dessensibilizados2 com a orientação de um alergologista. Ver nota de rodapéa.
i Após um curso de 10 a 14 dias de penicilina EV ou IM, como foi mostrado, aonselha-se uma série adicional de penicilina G benzatina, 2,4 milhões de unidades IM semanalmente x 3.1,2
Fontes:
1. D.M. Musher. Syphilis In S.L. Gorbach, J.G. Bartlett e N.R. Blacklow (eds.) Infectious Diseases. Philadelphia:
2. Centers for Disease Control. Sexually transmitted diseases. Treatment guidelines. M.M. W.R 38(S-8): 1. 1989.
Esta publicação é revisada periodicamente. O quadro acima incorpora as principais modificações da Sexually Transmitted Diseases Treatment Guidelines - 1993. com base na edição de 3 de maio de 1993 do CDC.
3. Medical Letter. Drugs (Of sexually transmitted diseases. Med. Lett. Drugs Ther. 33; 119, 1991.

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Manual de Antibióticos - 2ª Ed. - 1995.