a para posologia pediátrica e doses em insuficiência
renal ver discussões em capítulos individuais.
b Usualmente. utiliza-se tobramicina ou gentamicina na dose de 2
mg/kg/dose durante 12-24 horas e, depois, 1,5 mg/kg/dose (ver Cap. 8 pua detalhes). Se for
conhecida a resistência à gentamicina ou à tobramicina ou se ela for altamente
provável, usa-se a amicacina na dose de 15 mg/kg/dia, em doses divididas a cada 8 horas.
De modo ideal, os níveis séricos do aminoglisídio devem ser monitorados (ver Cap. 8). O
azeotronam (ver Cap. 7) pode ser substituído sempre que for desejável evitar um
aminoglicosidio.
c Embora a ceftazidima seja tio útil na terapia do paciente
leucopênico febril estável sem foco de infecção (ver p. 152), como o imipenem (ver p.
199), não recomendamos sem uso como monoterapia no paciente aparentemente séptico ou
bacteriêmico
d Embora as bactérias gram-positivas estejam crescendo nesta situação
elas ameaçam menos a vida do que as bacteriemias por gram-negativos, e a
antibioticoterapia pode ser modificada após o conhecimento dos resultados das culturas e
de sensibilidade. Por isso. não se usa vâncomicina rotineiramente, de modo empírico
(ver Cap. 15). Se o paciente com um a linha de infusão central apresenta, após
avaliação clínica, infecção possível ou provável relacionada à linha de infusão,
pode-se adicionar a vancomicina, dependendo dasculturas.
e Nos pacientes com função renal normal, a dose inicial usual de
vancomicina é de 1 g EV (infusão lenta durante 2 horas) a cada 12 horas. Ver Cap. 15
para detalhes de dosagens da vancomicina e pp. 320-321 para doses em insuficiência renal.
Ver também discussão, no Cap. 15, da atividade antiestafilocócica da vancomicina.
f Este é uni regime vigoroso. A associação
penicilina-aminoglicosídio visa aos estreptococos, inclusive aos enterococos. A
cefazolina proporciona atividade contra S. aureus e evita o uso de duas penicilinas (p.
ex., penicilina e oxacilina). A dose baixa de gentamicina é de 1 mg/kg/dose. Ver Cap. 8.
No paciente alérgico à penicilina, pode-se usar vancomicina com baixa dose de
gentamicina a fim de obter-se atividade contra estreptococos, inclusive enterococos e
também S. aureus. O papel de monoterapia com ampicilina-sulbactam não está claro nesta
situação.
g A vancomicina é usada empiricamente para assegurar boa atividade
contra estafilococos coagulase-positivos. Em casos conhecidos ou altamente suspeitos de
endocardite em válvulas protéticas por S. epidermidis, freqüentemente se adiciona a
rifampicina (300 mg VO a cada 8 horas). Ver Cap. 17, p. 343.
h Nesta situação usa-se- gentamicina em doses baixas, 1 mg/kg/dose,
para ajudar a alcançar sinergia.
i Se há preocupação quanto à existência de Pseudomonas sp. numa
infecção por cateter de linha profunda ou de Hickman (p. ex., infecção de túnel), a
ticarcilina (3 g a cada 4 horas) ou a piperacilina (3 g a cada 4 horas ou 4 g a cada 6
horas) pode ser adicionada ao aminoglicosídio a fim de se proporcionar sinergia. Pode-se
também usar a vancomicina enquanto espetam os resultados das culturas.
j Caso se suspeite de enterococos (p. ex., septicemia relacionada à
região Intra-abdominal ou urossepticemia, na qual um Gram pode demonstrar cocos
gram-positivos), somente certos antibióticos são ativos contra eles. As cefalosporinas
ou as associações cefalosporina-aminoglicosídio ou penicilina
antiestreptocócica-aminoglicosídio não constituem a terapia ideal contra enterococos A
ampicilina ou a ampicitina-sulbactam e a piperacilina são ativas contra a maioria dos
enterococos e, em associação com um aminoglicosídio especialmente a gentamicina),
consegue-se sinergia. 0 imipenem é ativo contra a maioria dos enterococos A vancomicina
isolada ou em associação com um aminoglicosídio é eficaz e pode ser usada em pacientes
alérgicos à penicilina. Na ausência de risco elevado de enterococos muitos clínicos
não sentem necessidade de fazer cobertura contra enterococos em infecções
intra-abdominais. No paciente em estado crítico, tendemos a fazer cobertura contra
enterococos enquanto esperamos os resultados das cultura.
k Uma associação de ampicilina-aminoglícosídio é indicada para
enterococos (estreptococos do grupo D). 0 papel desse agente na septicemia intra-abdominal
é debatido e variável, mas no paciente em estado crítico asseguramos cobertura contra
enterococos Se o paciente é alérgico à penicilina, pode-se usar vancomicina com um
aminoglicosídio e o metronidazol.
L apresentação e o exantema da síndrome de choque tóxico parecem
similares à meningococcemia. Como de início a síndrome de choque tóxico necessita de
terapia de apoio, primariamente, enquanto se aguardam os resultados das culturas, é
fundamental que se trate o paciente contra a meningococcemia que ameaça a vida, quando o
diagnóstico diferencial é difícil.
M A cefazolina isolada protege contra S. aureus, S. pneunioniae e contra
muitos gram-negativos contraídos na comunidade, e pode freqüentemente ser uma escolha
razoável para paciente que se encontra em estado crítico.
N As associações piperacilina (ticarcilína)-aminoglícosídio
proporcionam sinergia contra bactérias gram-negativas, inclusive P. aeruginosa. A
cefazofina proporciona atividade contra estafilococos sensíveis à meticilina e permite
que se use unia cefalosporina cm lugar de unia penicilina antiestafilocócica. Além
disso, o aminoglicosídio a ser escolhido depende dos dados hospitalares de sensibilidade
(ver Cap. 8 e nota b). 0 aztreonam pode ser substituído pelo aminoglícosídio. Como o
imipenem isolado não é adequado para bacteriemia por Pseudomonas, ele não deve ser
usado corno monoterapia.
O Como muitos patógenos gram-negativos contraídos cm hospital (p. ex.,
Enterobacter sp.. P. aeruginosa, Citrobacter sp.) podem ser resistentes às cefalosporinas
de terceira geração, à ampicilina-sulbactam e à ticarcilina-clavulanato, a monoterapia
com esses agentes para septicemia hospitalar não é aconselhada. A ceftazidima tem
atividade inadequada contra estafilococos; a ceftriaxona ou a cefotaxima tem atividade
aceitável contra estafilococos resistentes à meticilina enquanto se aguardam os
resultados das culturais. A ceftazidima pode ser usada corno alternativa i piperacilina no
paciente que tem alergia retardada à penicilina.
P Se os estafilococos resistentes à meticilina constituem patógenos
significativos no hospital, a vancomicina é o fármaco de escolha.
Q Pode-se usar um regime alternativo de ampicilina e uma cefalosporina
de terceira geração (p. ex., cefotaxima), mas o rápido aparecimento de raças
resistentes às oefalosporinas. Especialmente Enterobactercloacae e Serratia sp., pode
ocorrer. Por isso, não se recomenda o, uso rotineiro de cefalosporina em unidades de
recém-nascidos, no tratamento empírico de infecção. (Committee on Infectious Diseases,
American Academy of Pediatries, Report of the Committee of infectious Disease ["Red
Book"] [22nd ed.]. Elk Grove Village, IL, 199 1. p. 200.)
R Se os estafilococos sensíveis à meticilina constituem uma causa
comum de infecções institucionais, deve-se usar uma penicilina semi-simética (p. ex.,
meticilina) como um terceiro fármaco, enquanto se aguardam os resultados das culturas. Se
os estafilococos resistentes à meticilina são causa comum de infecções institucionais,
podem-se usar a vancomicina e uma cefalosporina de terceira geração (p. ex.,
cefotaxima), enquanto se aguardam os resultados de sensibilidade, ou a vancomicina e uni
aminoglicosídio Ver Apêndice b para doses.
Fontes: Adaptado de M.A. Foltzer e R.E. Reese. Bacteriemia and Sepsis. In R.E. Reese. e
R.F. Bens (eds.), A Practical Approach to Infectious Disease (3 ed.). Boston Little,
Brown, 1991: e Medical Letter. The choice of antibacterial drugs. Med. Lett. Drugs Ther.
34:49. 1992.
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Manual de
Antibióticos - 2ª Ed. - 1995.