Capítulo 01 - Atlas de Micologia

Introdução

Este atlas é fruto de um trabalho amadurecido ao longo de oito anos. No início , a idéia era a preparação de residentes e estagiários para a prova prática de Micologia do Concurso para Obtenção do Título de Especialista em Dermatologia. Neste sentido foi criado o Curso de Micoses Superficiais e Profundas, que desde o início se propôs a incentivar os jovens médicos à compreensão da crescente importância da Micologia Médica em nossa especialidade, além do objetivo formal, que era a obtenção do Título de Especialista. Desde o primeiro curso, professores especialistas em Micologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (Escola Paulista de Medicina) e do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo colaboraram ministrando aulas teóricas e fornecendo material para as aulas práticas.

Ano após ano, os cursos foram se aperfeiçoando e , para nossa grata surpresa , percebemos que, além dos objetivos inicialmente propostos, estávamos preenchendo uma necessidade que existe na área de Micologia Médica de nossos colegas de trabalho: médicos , farmacêuticos , biólogos, biomédicos , veterinários e outros.

Durante os preparativos do oitavo Curso de Micoses Superficiais e Profundas , realizado em março de 1995, que contou com 70 participantes pré-inscritos, nos demos conta de que menos de 80% do material utilizado nas aulas práticas foram isolados em nosso próprio laboratório e os outros 20% haviam sido cedidos por colegas de vários serviços de São Paulo e outros estados. Além da conscientização do progresso de nosso grupo, constatamos que, com a experiência adquirida nestes anos, conseguimos sintetizar e simplificar os ensinamentos básicos de Micologia para o Dermatologista, facilitando em muito o aprendizado e inclusive estimulando jovens adeptos ao importante campo da Dermatologia. Estas observações nos incentivaram a editar este atlas, que contou com inestimável colaboração de colegas e instituições que durante anos contribuíram com material para exames diretos, culturas de fungos e lâminas de histopatologia. Os nomes de alguns professores devem ser lembrados: Carlos da Silva Lacaz, Celeste Fava Neto , Igor M. Mimica, Helena Müller, Olga Fichman Gompbell, Silvio Alencar Marques, Sinésio Talhari, Marina Penteado Sandoval, Alberto Salebian, Edward Porto, Natalina Takahashi de Melo, Elizabeth Maria Hens Vaccari e Gilda Maria Barbaro Del Negro.

Clarisse Zaitz

Primavera de 1995

Micologia Médica

O apaixonante um mundo dos fungos está em contato com o homem há milhares de anos. As civilizações Grega, Romana e Hindu consideravam os fungos "alimento sagrado" e "comida dos Deuses e Reis ". Através dos anos, os fungos foram utilizados para múltiplos fins: ornamentação, alimentação e produção de vários antibióticos ( penicilina, griseofulvina, estreptomicina, anfotericina B, cefalosporinas e outros ).

Existem fungos macroscópicos venenosos que, quando ingeridos, produzem intoxicações e/ou alucinações . São agentes de Micetismo.

A ingestão contínua e prolongada de alimentos embolorados ou contaminados por fungos produtores de micotoxinas pode levar à micotoxicose.

Alguns fungos são responsáveis por infecções que podem ser desde assintomáticas , benignas, até graves e fatais. São as micoses. Fungos também podem ser agentes de hipersensibilidade.

Micologia médica é o estudo dos fungos patogênicos e das micoses, micetismos , micotoxicoses e hipersensibilidades por eles determinadas, tanto no homem como no animal. Por tradição , os actinomicetos patogênicos e as infecções que eles provocam, bem como as algas patogênicas dos gêneros Prototheca e Chlorella, também são estudados dentro da Micologia Médica.

O diagnóstico de laboratório , o controle individual e coletivo dessa infecções , bem como o arsenal terapêutico disponível, fazem parte dos objetivos de estudo da micologia médica.

Os Fungos

Segundo Linneu, os fungos recebem denominação binominal. Cada fungo é conhecido pelo seu gênero e sua espécie.

Fungos são microorganismos eucarióticos (núcleo diferenciado), podem ser micro ou macroscópicos, aeróbios ou microaerófilos. Contêm quitina em sua parede celular, necessitam de alimentos orgânicos para a sua sobrevivência e crescem em meio de Sabouraud. Podem ser saprófitos ou patogênicos e pertencem ao Reino Fungi (Wittaker-1969). Quatro subdivsões são reconhecidas: Deuteromycotina (fungos imperfeitos), Zygomycotina, Ascomycotina e Basidiomycotina.

Os fungos podem ser reconhecidos por sua macro e micromorfologia. Macromorfologicamente são divididos em filamentosos(bolores) e leveduriformes. A identificação micromorfológica se faz através de seu micélio (conjunto de hifas) vegetativo e/ou reprodutivo.

O micélio vegetativo é responsável pelo crescimento da espécie. Nos fungos filamentosos é pluricelular, podendo ser septado ou cenicítico (sem ou com raros septos), hialino ou demácio, enquanto nos fungos leveduriformes é unicelular.

O micélio reprodutivo é responsável pela perpetuação da espécie. O órgão reprodutor é o conídio ou esporo. Os conídios ou esporos podem ser assexuados ou sexuados, externos (ectósporos) ou internos (endósporos). O tipo de esporo ou conídio permite a identificação da subdivisão à qual o fungo pertence:

Ver Quadro 1

Identificação dos Fungos

Os fungos podem ser identificados por seus aspectos: em vida parasitária (exame direto ou anatomopatológico), macro (culturas) ou microscópicos (estudo microscópico das culturas – microcultura ou cultivo em lâmina).

Quando estudamos os aspectos de um fungo em vida parasitária , podemos utilizar o exame direto vários materiais )escamas, pêlos, secreções, grãos , urina, sangue, liquor e outros). Estes podem ser apenas clarificados pelo hidróxido de potássio ou então corados por diversos corantes ( tinta azul lavável, tinta da China etc.) e por vários métodos (Gram, Leishman, Giemsa etc. ). Aspectos em vida parasitária também podem ser estudados através de exame anatomo-patológico corado pelo P.A.S. ou impregnado pela prata. Deve-se ressaltar que a identificação de um fungo em vida parasitária nos permite denominar a infecção em questão (Pitiríase Versicolor, Piedra Preta, Dermatofitose, Candidíase, Cromomicose, Paracoccidioidomicose etc. )

Os aspectos macroscópicos de um fungo, isto é, o estudo de sua cultura em meio de Sabouraud ou Sabouraud modificado , devem ser avaliados quanto à possibilidade da colônia ser filamentosa ou leveduriforme, bem como às características de coloração e topografia de seu anverso ou reverso.

O aspecto microscópico de um fungo avaliado pelo estudo microscópico da cultura do mesmo é feito através do microcultivo ou do cultivo em lâmina., técnica desenvolvida por Ridell em 1950, que utiliza o lactofenol azul de algodão como corante e permite o estudo dos micélios: vegetativo e reprodutivo.

O crescimento de uma cultura ou de um cultivo em lâmina é variável e depende : do fungo, da temperatura e do meio de cultura utilizado. O quadro abaixo agrupar essas variáveis para os principais fungos patogênicos.

Ver Quadro 2

Alguns fungos necessitam de provas biológicas, nutricionais ou bioquímicas adicionais , para sua identificação. No caso dos dermatófitos e leveduras, as provas mais comumente utilizadas foram incluídas neste atlas , em capítulo especial.

Classificação das Micoses

Micoses , expressão utilizada por Rudolf Virchow em 1856, são classicamente divididas em superficiais e profundas.

Seguiremos a seguinte classificação:

Micoses Superficiais

Superficiais Propriamente Ditas

Pitiríase Versicolor

Piedra Branca

Piedra Preta

Tinha Negra

Cutâneas e Cutaneomucosas

Dermatofitoses (Tinhas)

Candidíases

Dermatomicoses (por fungos não dermatófitos e leveduras exógenas)

Micoses Profundas

Subcutâneas

Esporotricose

Cromomicose Micetonas

Doença de Jorge Lobo

Rinosporidiose

Feohifomicose

Zigomicose

Sistêmicas

Por Fungos Patogênicos

Paracoccidioidomicose

Histoplasmose

Coccidioidomicose

Blastomicose

Por Fungos Oportunistas

Candidíases

Criptococose

Hialohifomicose

Zigomicose

Fungos Dimórficos

São fungos que se apresentam na forma filamentosa , quando em temperatura ambiente (25°c) e que têm a capacidade de transformar-se na forma micelina, quando em temperatura de 37°c.

O Dimorfismo é um dos melhores critérios para identificar um fungo que tem características próprias de patogenicidade. As micoses profundas sistêmicas causadas por fungos patogênicos são todas determinadas por fungos dimórficos: paracoccidioidomicose, histoplasmose, coccidioidomicose e blastomicose. Entre as micoses profundas subcutâneas, a esporotricose tem como agente etiológico um fungo dimórfico. Mais recentemente , observou-se que a Penicillium marneffei também tem o mesmo tipo de comportamento.

Na realidade, podemos considerar que qualquer fungo pode ser dimórfico, bifásico ou polimórfico. Assim , a Candida spp, um fungo sapróbio, apresenta células leveduriformes , porém , quando se torna patogênico, tem a capacidade de formar pseudofilamentos. Da mesma forma se torna patogênico, tem a capacidade de formar pseudofilamentos . Da mesma forma se comporta a Malassezia furfur que , quando determina pitiríase versicolor, apresenta células leveduriformes agrupadas em " cachos de uvas" e pseudo-hifas grossas e curtas.

Critérios de Cura

Os critérios clássicos de cura das infecções fúngicas são clínicos e micológicos. Acrescenntamos aos critérios clássicos o método da fluorescência para viabilidade de células fúngicas , desenvolvido no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São paulo, e hoje operacionalizado pelo colega Benedito Corrêa , que nos cedeu a documentação do procedimento em algumas micoses, incluída em capítulo especial.

A técnica compreende a utilização da solução de diacetato de fluoresceína (DF) e do brometo de etídio (BE). As células vivas são coradas em verde pelo DF, enquanto as células mortas , apresentam a colaração alaranjada do BE, quando examinadas ao microscópio de fluorescência.

Micoses Superficiais Propriamente Ditas

I- Pitiríase Versicolor

Ver Figuras 1-1, 1-2, 1-3, 1-4,1-5, 1-6

II- Piedra Branca

Ver Figuras 2-1, 2-2, 2-3, 2-4,

III- Piedra Preta

Ver Figuras 3-1, 3-2, 3-3

IV- Tinha Negra

Ver Figuras 4-1, 4-2, 4-3

Micoses Cutâneas e Cutaneomucosas

V. Dermatofitoses (tinhas)

Ver Figuras ,5-1, 5-2, 5-3, 5-4

Dermatófitos

Ver Figuras ,5-5, 5-6, 5-7, 5-8

Epidermophyton floccosum

Ver Figuras ,5-9, 5-10

Trichophyton shöenleinii

Ver Figuras ,5-11, 5-12,

Trichophyton rubrum

Ver Figuras ,5-13, 5-14

Trichophyton tonsurans

Ver Figuras ,5-15, 5-16

Trichophyton mentagrophytes

Ver Figuras ,5-17, 5-18

Microsporum canis

Ver Figuras ,5-19, 5-20

Microsporum gypseum

Ver Figuras ,5-21, 5-22

VI- Candidíases

Ver figuras 6-1, 6-2, 6-3, 6-4, 6-5

Micoses Profundas subcutâneas

VII- Esporotricose

Ver figuras 7-1, 7-2, 7-3, 7-4, 7-5,7-6

VIII- Cromomicose

Ver figuras 8-1, 8-2, 8-3, 8-4, 8-5,8-6,8-7

IX - Micetonas

Ver figuras 9-1, 9-2, 9-3, 9-4, 9-5,9-6,9-7, 9-8,9-9

X - Doença de Jorge Lobo

Ver figuras 10-1, 10-2

XI- Rinosporidiose

Ver figuras 11-1, 11-2

XII- Feohifomicose

Ver figuras 12-1, 12-2, 12-3, 12-4, 12-5,12-6,12-7, 12-8,

XIII- Zigomicose

Ver figuras 13-1, 13-2, 13-3, 13-4

Micoses Profundas Sistêmicas por Fungos Patogênicos

XIV- Paracoccidiodomicose

Ver figuras 14-1, 14-2, 14-3, 14-4,14-5

XV- Histoplasmose

Ver figuras 15-1, 15-2, 15-3, 15-4,15-5

XVI - Coccidioidomicose

Ver figuras 16-1

XVII - Blastomicose

Ver figuras 17-1

Micoses Profundas Sistêmicas por Fungos Oportunistas

XVIII Criptococose

Ver figuras 18-1, 18-2, 18-3, 18-4,18-5

XIX Hialohifomicose

Ver figuras 19-1, 19-2, 19-3, 19-4,19-5, 19-6, 19-7, 19-8, 19-9,19-10,19-11

XX Zigomicose (mucomicose) Causada por fungos da subdivisão Zygomycotina . Apresentam hifas hialinas e sem setptos ( ou com raros septos). " Hifas cenocíticas".

Ver figuras 20-1, 20-2, 20-3,20-4, 20-5

Provas Biológicas , Nutricionas e Bioquímicas para Identificação de Dermatófitos e Leveduras

Ver figuras 21-1, 21-2, 21-3, 21-4,21-5, 21-6

Método de Fluorêscencia Para Viabilidade de Células Fúngicas

Ver figuras 22-1, 22-2, 22-3

Glossário

A

ACRÓGENO - Que se desenvolve no ápice.

ACROPLEURÓGENO - quando os conídios se desenvolvem no ápice e ao longo do conidióforo ACTINOMICETO - termo geral aplicado a bactérias filamentosas e ramificadas que se fragmentam ou não em elementos bacilares e cocóides . Gram-positivos, aeróbios e anaeróbios.

ARTROCONÍDIO ( ARTRÓSPORO)- Conídio formado pela modificação da hifa e posteriormente , liberado pela fragmentação , lise ou, ainda, pela fissão através de septos espessados.

ASCO - células em forma de clave ou bolsa, contendo ascósporos , geralmente com número determinado de 2,4, 8 ou 16. Caracteriza os ascomicetos.

ASCÓSPORO - esporo que se forma no interior do asco. Esporo sexuado, haplóide, formado após cariogamia e meiose em ascos nus e /ou em ascos contidos em ascocarpos.

ASSEXUADA reproduçaõ vegetativa por mitose, sendo o fungo desprovido de gametas e que, conseqüentemente, se forma incapaz de formar um zigoto.

ASSIMILAÇÃO - capacidade de utilizar o carbono ou o nitrogênio como fonte de crescimento, em presença de oxigênio como doador de elétrons. A assimilação é reconhecida pela presença ou ausência de um halo assimilativo, de crescimento, ao redor do carboidrato, álcool ou nitrogênio depositado na superfície do meio "C" ou " N" , na placa de Petri.

B

BLASCOTOCONÍDIO (BLASTÓPORO) - esporo assexuado que se forma por brotamento nas leveduras.

BROTAMENTO - reprodução assexuada de blastoconídios formando, em um dos pontos da célula-mãe, saliência ou protusão, originando célula nova ou broto, com nas leveduras.


C

CANDELABROS FÁVICOS - formações micelianas nos pêlos fávicos. Nos cultivos em lâmina o fungo forma, nos ápices das hifas, ramificações que lembram candelabros.

CATENULADO - que se desenvolve em cadeia.

CÉLULA DISJUNTORA- célula que libera o conídio por sua fragmentação.

CENOCÍTICO - desprovido de septos, o mesmo que contínuo.

CEREBRIFORME -que tem o aspecto das circunvoluções do cérebro.

CLAMIDÓSPORSO - esporos que possuem membrana bastante espessa, permitindo resistir aos fatores externos, esporo assexual, intercalar ou terminal.

COLARETE - estrutura em forma de taça ou ápice alargado de fiálide. É parede celular remanescente presente no ápice de fiálide.

CONÍDIO(ESPORO) - propágulo derivado de modo assexuado ou sexuado

CONIDIÓFORO - hifa simples ou ramificada (hifa fértil) onde as células conidiogênicas dão origem aos conídios.

CORÊMIO (SINÊMIO) - conjunto de conidióforos que se unem em feixes , formando corda ou coluna.

CORPO ASTERÓIDE - célula leveduriforme globosa ou oval, verificada nos tecidos (cortes histológicos), circundada por material easinofílico radiado ( reação de Spiendore- Hoeppli)

CORPO ESCLERÓTICO - Aglomerado de células globosas de parede celular espessa marrom-clara, às vezes com septos (fissão binária), característico da cromomicose. Também denominado corpúsculo fumagóide.

D

DEMÁCIO - fungo da família Dematiaceae, divisão Deuteromycota, que possui pigmento variável de ocre-marrom a negro (melanina) nos conídios e conidióforos. quando a melanina á pouco concentrada, podem apresentar-se como sub-hialinos.

DERMATÓFITOS - grupo de fungos incluídos entre os Fungi imperfecti, parasitas da pele e anexos.

DIMÓRFICO - que apresenta duas diferentes formas morfológicas.

DISJUNTOR - célula conectiva ou porção de parede celular que liga dois conídios de uma cadeia. conexão celulósica entre conídios.

E

EXTORHRIX- artroconídios exógenos na bainha do pêlo. A cutícula é tipicamente destruída.

ECTÓSPORO - esporo formado externamente, fora de qualquer cavidade, célula ou filamento. ENDÓSPORO- esporo que se forma no interior de células, permanecendo assim mesmo depois de maduro.

ENDOTHRIX - artroconídios no interior do cabelo. A cutícula é intacta.

ESPIRAIS - formações filamentosas , espiraladas, encontradas entre os dermatófitos.

ESPORÂNGIO - orgão em forma de saco, no interior do qual se formam um ou mais esporangiósporos.

ESPORANGIÓFORO - hifas em que se formam os esporângios

ESPORANGIÓSPORO- esporo produzido no interior do esporângio

EUCARIOTA - diz-se de células em que o material nuclear está contido em um núcleo com membrana, sendo os cromossomos constituídos em grande parte de DNA. as células eucarióticas formam a estrutura de grande número de organismos, exceto das bactérias, algas azuis-verdes e vírus.

F

FERMENTAÇÃO - capacidade do fungo de usar fontes de carbono para crescimento com compostos orgânicos servindo como doadores e receptores de elétrons.

FIÁLIDE - pequenas células, em forma de frasco ou garrafa, e que dão origem a esporos (fialósporos). Algumas fiálides são destituídas de colaretes, enquanto outras apresentam colaretes conspícuos ou inconspícuos.

FILAMENTOSO- composto de filamentos ou hifas de fungo.

FUSIFORME - em forma de fuso, com extremidades afiladas, como macroconídios de certos dermatófitos.

G

Grão - microcoiônia constituída por entrelaçamento miceliano e/ ou por filamentos bacterianos.

H

HIALINO - que tem a aparência de vidro, incolor.

HIFA - porção do talo ou corpo vegetativo, constituído por filamento septado ou não.

I

IMPERFEITO ( ESTADO IMPERFEITO ) -estado assexuado ou anamorfo de desenvolvimento

L

LEVEDURA - em sentido estrito , é fungo predominantemente unicelular que se reproduz por brotamento . A reprodução é sexuada e / ou assexuada.

M

MACROCONÍDIO - o maior entre dois diferentes tamanhos de conídios produzidos por um fungo. Exemplo : macro e micronídios de dermatófitos. MICROCONÍDIO - o menor entre dois conídios de tamanhos diferentes produzidos por um único fungo

P

PARASITA micro ou macroorganismo vivendo nas células vivas dos tecidos, dos quais assegura sua nutrição em prejuízo do hospedeiro. PERFEITO - estado do ciclo de vida do fungo que se caracteriza pela reprodução sexuada. PSEUDO-HIFA - uma série de blastoconídios que permanecem aderidos uns aos outros, formando filamentos semelhantes à hifa.

Q

QUITINA - molécula linear contendo resíduos N-acetilglicosamina.

R

RIZÓIDES - formações filamentosas , de certas espécies de Zigomicetos, que servem como órgão de implantação ou de absorção.

S

SAPRÓBIO - termo empregado para fungos que utilizam a matéria orgânica morta como fonte de nutrição.

SEPTADO - dividido em compartimentos, provido de septos.

T

TUBO GERMINATIVO - hifa inicial que se desenvolve no conídio ou blastoconídio

V

VESÍCULA- dilatação apical do conidióforo, como no Aspergillus spp.

Bibliografia Recomendada

1. Grigoriu D, delacrétaz J, Borelli D. Traité de Mycologie Médicale. Payot lausanne, 1984.

2. Howard DH. fungi Pathogenic for Humans and Animals. Mycology series; V#. New York, Marcel Dekker, INC, 1985.

3. Lacaz CS, Porto C, Martins JEE. Micologia Médica. 8ª ed. São Paulo , Sarvier, 1991.

4. McGinnis MR. Current Topics in Medical Mycology . New York, Springer-Verlag, 1985.

5. Kern ME. Medical Mycology - a self-instructional text. 3ª ed. Philadelphia, Pennsylvania, 1988.

6. Kwon-Chung KJ, Bennett JE. Medical Mycology. 1ª ed. Pennsylvania, Lea & Febiger, 1992.

7. Rippon JW. Medical Mycology. 3ª ed. Philadelphia, W.B. Saunders, 1988.

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