Capítulo 02.05. Lesão Aguda de Mucosas Gástrica e Duodenal (LAMGD)

Alcino Lázaro da Silva

Generalidades

O estresse é a doença do atual século e, provavelmente, do próximo. Selye propôs o termo stress para explicar urna situação opressa que o homem moderno suporta no mundo atual.

A adaptação desse termo para o português se faz por estresse, o que não é muito fidedigno porque o certo seria usar estrição, do latim strictus.

A doença cloridropéptica, empiricamente, poderia ser dividida em dois grandes grupos: (1) a doença decorrente dos agentes etiopatogênicos cloridropépticos, que se renovam episodicamente criando uma lesão cíclica, benigna, que se prolonga ao longo de uma vida representada pela clássica lesão ulcerosa de Cruveilhier, e (2) a doença aguda, decorrente dos fatores cloridropépticos, ajuntados ou agravados por agentes os mais diversos (atividade neuroendócrina, medicamentos, álcool, ansiedades, agitação da vida moderna, competição agressiva, postura existencial, traumas e rias queimaduras por via neural). Juntos, produzem queda dos fatores defensivos ou exacerbação aguda dos agressivos e conseqüente lesão ulcerada aguda, rasa ou profunda, única ou múltipla, em jovem ou adulto maduro. Esta lesão diferencia-se da clássica por ser aguda, de tamanho e local variáveis, não ter induração no seu contorno, não haver base patológica crônica e associar-se a processos variados de gastrite aguda. Este problema existe há anos, pois Curling descreveu-o em 1842 .2

Cumin e Swan, em 1823, notaram a associação de úlcera com queimadura. Em 1932, Cushing observou a relação entre úlcera de estresse e tumor cerebral.

Curling, em 1842, descreveu a úlcera duodenal aguda em 10 queimados graves, o que pode atingir até 12% dos casos, Em 1846, Rokitansky descreveu decubiti da mucosa gástrica, à necropsia. Foi por muito tempo interpretado como autólise pós-morte.

A nomenclatura é variada e às vezes confusa: úlcera por estresse, sangramento induzido por estresse, hemorragia mucosa gástrica aguda, gastrite erosiva, gastrite erosiva hemorrágica, erosão gástrica, ulcera gastroduodenal aguda, lesão mucosa aguda e sangramento pós-estresse, aparecem em decorrência da confusão que se estabeleceu entre , reativação de úlcera gástrica ou duodenal preexistente e o sangramento de uma verdadeira gastrite aguda ulcerada.

Poderíamos dividir, praticamente, em: úlcera cloridropéptica acutizada e gastroduodenite ulcerada aguda por estrição.

As lesões agudas de mucosa gástrica e duodenal (LAMGD) são lesões mucosas múltiplas, localizadas ou difusas, superficiais à muscular da mucosa, rasas (erosões), macias, sem induração ou fibrose no seu contorno, com menos de 1 cm de diâmetro cada, localizadas na mucosa gástrica, em geral, poupando a antral Pode progredir à submucosa instalando-se uma úlcera, ou então pode se superpor a uma úlcera gastroduodenal preexistente.

Há congestão vascular limitada à lâmina própria com degeneração e descamação epiteliais. Nos casos mais graves, a muscular da mucosa pode estar acometida, pois o comum é envolver o epitélio até o cólon glandular.

A úlcera de estresse ocorre em minutos ou horas. Atinge a submucosa onde não apresenta a fibrose típica da úlcera cloridropéptica. Pode-se desenvolver em quatro eventualidades: (a) Vitima de trauma grave ou operação; (b) após queimaduras graves (de Curling); (c) após trauma, doença ou operação intracraniana (de Cushing), e (d) após uso oral de drogas.

A úlcera de estresse, em geral, ocorre nas duas primeiras eventualidades citadas e a lesão aguda de mucosa nas, duas últimas.

A isquemia mucosa; a presença do ácido, mesmo sem aumento expressivo; a retrodifusão de ácido exacerbado pelo refluxo duodenal ou difusão de uréia nó estômago; a acidose grave, depressão de secreção ácida e conseqüente queda do fluxo alcalino; a deficiência de energia diferencial na célula mucosa, resultado da isquemia, interferindo com a mudança de HCO3 por Cl, são fatores que colaboram para a formação da úlcera 22

A hemorragia digestiva ocorre em 64% das ulceras, sendo mais freqüente a hematêmese, e em 43% dos pacientes ela é maciça. A perfuração ocorre em 12%. Em 15% dos casos, as lesões gástricas e duodenais se associam. As crianças são igualmente acometidas, sendo mais comuns no sexo masculino. Aparecem com mais freqüência nos grandes queimados.19,20

A hemorragia, sinal quase constante nestas lesões, em geral é subclínica, decresce com o tempo e tratamento, mas 15% vai a tratamento cirúrgico em decorrência de agravamento hemodinâmico 5 aparece em 5% dos doentes graves e pode produzir 80% de óbito quando associada à sepse.

Etiopatogenia

A etiopatogenia se agrupa nos seguintes tópicos: (1) quebra da barreira mucosa e retrodifusão de H+: há um gradiente de 1 milhão para um, na concentração de H+, entre o pH de secreção gástrica e do plasma, graças à presença de mucopolissacarídeos sulfatados na mucosa; (2) isquemia da mucosa gástrica (aventada por Virchow em 1853): área pálida, erosão punctiforme, úlceras rasas; (3) concentração crítica de H + na submucosa: aumento de retrodifusão impossibilidade de clareação pelo baixo fluxo sangüíneo ou associação desses 1 e (4) refluxo biliar associado a um dos fatores acima.8,9,13

A etiologia, prevenção e tratamento das lesões por ingestão de drogas estão bem definidas. Em contraste, as variações existentes entre as outras etiologias modificam as abordagens para cada caso: queimadura grave, trauma, choque hipovolêmico, insuficiência renal ou respirat6ria, sepse.

As erosões são de 1 a 2 mm e inicialmente se localizam na metade proximal do estômago. Após 72 horas elas já se aprofundam e demonstram sangramento No terceiro e quarto dias há exsudato recobrindo-as, se o paciente de alto risco recupera-se. Após o décimo dia elas desaparecem. O exame microscópico eletrônico demonstra ruptura da membrana mucosa limitante, perda de conteúdo intracelular, erosão até a muscular da mucosa e hemácias imersas em fina rede de fibrina. Se o insulto persiste, as erosões evoluem para úlceras largas (2 a 25 mm) e profundas, até a perfuração, e acometem o antro também. Não se encontra úlcera antral com o fundo normal e o inverso é verdadeiro, A secreção ácida está sempre elevada 12 (Figs. II-5-1, II-5-2 e II-5-3).

A intubação gástrica é útil por descomprimir, evitar a distensão e a elevação diafragmática e baixar o volume e acidez, a despeito de, se prolongada, poder facilitar a úlcera mucosa de decúbito.12

Os medicamentos são: ácido acetilsalicílico, corticóide anticoagulantes, cloreto de potássio, digitálicos, fenilbutazona, indometacina, nitrofurazona, tolbutamida, reserpina, tiazídicos, xantinas, antibióticos.

Outros responsáveis são: doenças neurológicas, cardíacas e pulmonares, pós-operatório, infecções, hipertensão porta, viroses, uremia, eletrochoque, doença de Ménétnier, mieloma múltiplo, hemofilia, leucemia, alergias, apendicite aguda.

Os procedimentos operatórios grandes são fatores importantes, sobretudo quando associados à hipotensão, sepse ou a insuficiências renal, hepática ou respiratória. 6

A úlcera de estresse que ocorre, preferencialmente, no estômago proximal, duodeno e íleo terminal resulta de deficiência de energia mucosa suficiente para causar morte celular. 14

A presença ou a retrodifusão do ácido clorídrico, ainda que em pequenas quantidades, e a alteração do muco gástrico são os mecanismos mais certos. O H+ penetra no interstício mucoso, libera histamina, pepsinógeno e mais HCl, aumentando a permeabilidade mucosa e capilar, a vascularização e a destruição de vasos menores. 7 Há depressão do metabolismo celular e da sua capacidade de tampão sobre o ácido, independente de sua quantidade, sobrevindo a lesão da célula.

Os colinérgicos liberados aumentam a motilidade gástrica. É provável que a síntese de prostaglandinas, protetoras da mucosa gástrica, seja inibida.

O refluxo duodenogástrico, através dá bile, tem efeito lesivo sobre a mucosa, sobretudo quando se combina à ação tópica do HCl e à isquemia mucosa.

Os fatores endógenos atuariam na microcirculação levando à isquemia e a úlceras, talvez devido à abertura das anastomoses arteriovenosas mucosas, congestão o venosa ou ao extravasamento de sangue.

A baixa dos níveis de adenosina trifosfato, no local, tomaria a mucosa mais sensível à necrose.

A teoria da retrodifusão ocorreria quando o ácido produzido pelas glândulas parietais penetrasse em lesões mucosas de outras origens , desencadeando um processo agudo, hemorrágico.

A histamina e serotonina, da própria mucosa, geram vasoconstrição, congestão sangüínea, aumento da pressão intracapilar e lesão hemorrágica. 13

Os mastócitos lesados liberariam histamina e heparina com hiperemia e lesão hemorrágica.

Os fármacos (aspirina, corticóide, antiinflamatórios...) alteram a mucosa, estabelecendo a retrodifusão do ácido. Com isto os mastócitos e células argentafins, por degranulação, liberam aminas vasoativas que produzem diretamente vasoconstrição, congestão vascular e aumento da pressão transcapilar e hemorragia. A congestão lesaria mais mucosa e o ciclo se mantém.4

Um mecanismo a ser lembrado é o da citoproteção representada por: preservação do processo de transporte ativo, alteração no fluxo sangüíneo mucoso, liberação de agentes humorais endógenos (prostaglandinas), ativação de tampões mucosos intrínsecos e secreção de muco gástrico. 21

A prostaglandina protegeria alterando o transporte de sódio, aumentando o ácido dó monofosfato de adenosina, estimulando a secreção de bicarbonato, reduzindo o fluxo sangüíneo mucoso, estabilizando a membrana do lisossomo e aumentando a produção de muco. 11

Em resumo:

Lesão inicial: isquemia mucosa

Fatores de progressão: (a) ácido intraluminar; (b) aumento da retrodifusão; (c) refluxo de sal biliar e lisolecitina; (d) sepse; (e) trauma por cateter nasogástrico; (f) baixa de substâncias mucossulfatadas, e (g) baixa do suprimento energético.

Comprometimento dos fatores de proteção: (a) baixa produção de mucosa; (b) baixa proliferação de mucosa; (c) baixa do suprimento energético; (d) baixa da anidrase carbônica, 20 e (e) baixa dos esteróides; (que protegem a mucosa contra agressão). 21

O quadro clínico, diagnóstico e exames complementares, dependendo de haver hemorragia digestiva ou perfuração de uma úlcera aguda, podem ser vistos nos capítulos correspondentes.

Tratamento

Como todo procedimento terapêutico, tornam-se de inicio as medidas 3 clínicas para, no seu insucesso, executar urna operação.

Clínico

- Repouso.

- Internamento.

- Reposição adequada e criteriosa de sangue total ou papa de hemácias.

- Lavagem gástrica com solução fisiológica fria, sob forma de irrigação ou intermitentemente.

- Congelamento gástrico (150C), questionável e às vezes arriscado (pneumonia por aspiração e resfriamento, lesão mucosa por necrose, ressangramento).

- Irrigação com antiácido ou leite.

- Uso de antiácidos.

- Uso de bloqueadores dos receptores H2 da mucosa gástrica.

- Uso venoso de pitressina, 20 unidades em soro fisiológico.

- Uso arterial seletivo, após angiografia, de pitressina (vasopressina), por infusão continua na artéria gástrica esquerda, 0,2 unidade por cm 3 , por minuto, em solução glicosada a 5% durante 24 horas Reduzir para 0,1 U/min por 36 horas. Infundir mais 24 horas somente com soro glicosado a 5%.

- Somatostatina.

- Endoscopia e fotocoagulação por laser. 16

As prostaglandinas A, E e F oferecem proteção à mucosa na gastrite erosiva experimental, bem como a cimetidine e o anticolinérgico. 15

Com antibióticos potentes e apoios respiratório, renal e cardiovascular, a incidência de sangramento grave tem diminuído.

Se o sangramento permanece, dentro dos critérios estabelecidos no capítulo de hemorragia digestiva, opera-se o paciente, sempre em condições desfavoráveis.

Cirúrgico

- Vagotomia isolada. Ela mantém abertas as anastomoses arteriovenosas submucosas, baixando o fluxo mucoso e a hemorragia. É um procedimento, temporário porque duas a três semanas após ocorre a revascularização mucosa. Se a vagotomia foi isolada, aparece uma hipotomia gástrica pós-operatória que determina estase e trauma mucoso pelos líquidos retidos, lesão mucosa e ressangramento.

- Vagotomia associada à drenagem gástrica: piloroplastia e gastrojejunostomia (melhor que a primeira).

- Vagotomia mais rafia com ou sem drenagem

- Vagotomia, piloroplastia mais ligadura ou sutura do vaso.

- Vagotomia e antrectomia, preferível aos anteriores, se o paciente oferecer condições seguras para a ressecção.

- Vagotomia superseletiva. Procedimento perigoso, porque sua execução rigorosa exige tempo, o que não pode ser gasto em urgência. Além disto é um procedimento temporário e exige drenagem gástrica complementar.

- Gastrectomia subtotal, indicada nos processos extensos de mucosa gástrica com o fórnice preservado.

- Gastrectomia quase total - cirurgia de alto risco mas que controla a hemorragia tanto quanto a total.

- Gastrectomia total, indicada nos processos agudos, extensos e com hemorragia de grande vulto. Há necessidade de colocar o doente em condições melhores, de bom ambiente hospitalar e cirurgião treinado, porque o procedimento traz alta mortalidade.

- Gastrectomia cega. Nome impróprio para sugerir uma ressecção gástrica sem conhecimento da etiologia ou local do sangramento. Certas hemorragias não são identificadas e, às vezes, o cirurgião joga com o mais provável, que é o estômago, e realiza a ressecção. Há necessidade de amadurecimento e experiência, para indicar e realizar uma ressecção gástrica sem identificar a causa do sangramento.

Prevenção8,9,13,17

- Prevenir alterações ventilatórias.

- Nutrir o paciente.

- Tratar as alterações de coagulação.

- Drenar abscessos precocemente 17

- Preservar a função plaquetária (piridina para não ocorrerem mícrotrombos).18

- Uso de antifibrinolíticos: ácido aminocapróico e ácido tranexârnico.10

- Combater o jejum prolongado.

- Combater a infecção.

- Combater o choque.

- Combater o estresse.

- Combater a septicemia.

- Evitar cateterismo prolongado do estômago.

- Evitar desvios metabólicos, fazendo-se o controle com a dosagem de gases arteriais. A acidose é lesiva à mucosa.

- Uso adequado de medicação indicada (esteróides, prostaglandina, cimetidine, drogas vasoativas vitamina A, carbenoxolona, gastrina anticolinérgicos, bicarbonato).

- Preparar bem o paciente, sob o ponto de vista orgânico e psíquico, nas proposições eletivas.

- Obter a aceitação completa do doente para a intervenção proposta e se ela foi realizada em caráter de emergência, acompanhar e apoiá-lo, irrestritamente, no pós-operatório.

- Cirurgia bem indicada na urgência, após combate do choque de várias origens. 19

Várias substâncias ou fatores têm sido experimentados como protetores da mucosa gástrica, sendo o objetivo maior o de controlar a produção de ácido

- A reciclagem celular é melhorada pelo uso do hormônio de crescimento.

- A deficiência de vitamina A gera metaplasia escamosa em animais.

- Carbenoxolona estimula a síntese do muco gástrico.

- Gastrina, apesar de forte secretagogo, protege a mucosa gástrica pela sua ação trófica.

- A associação de antibiótico, quando se produz a úlcera por estrição, diminui a sua incidência e gravidade.

- Fluxo sangüíneo Mucoso ativo salvaguarda a integridade celular.

- Vasodilatação seletiva com o uso de isoproterenol, no choque hemorrágico experimental, protege a mucosa.

- Uso de vasoconstritor (adrenalina e noradrenalina) tem efeito anti-secretor e, portanto, pouco lesivo.

- Os bloqueadores alfa-adrenérgicos (fenoxiberizamina e fentolamina) protegem a mucosa após injeção de epinefrina.

- Então, o uso de bloqueador de receptor H2, antiácidos (alumínio), anticolinérgico e vagotomia são os recursos terapêuticos preventivos ou protetores.

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