Capítulo 01.15. Punção Abdominal

Danilo Nagib Salomão Paulo
Alcino Lázaro do Silva

Generalidades

A possibilidade de ocorrer lesão de uma víscera abdominal por trauma tem induzido o cirurgião a empregar meios para o diagnóstico correto da lesão, a fim de tratá-la adequadamente e a tempo.

A anamnese e o exame físico do paciente traumatizado nem sempre são suficientes para estabelecer um diagnóstico de certeza da lesão. A exatidão desses métodos varia de 4254 a 87% .26 Isto se dá porque alguns pacientes não apresentam queixas ou sinais externos da lesão abdominal; outros apresentam alterações do estado da consciência por álcool, drogas, dor e pelo próprio trauma, 70 e outros pacientes são crianças, idosos ou deficientes mentais que não informam adequadamente.

Os exames laboratoriais podem, algumas vezes, apresentar resultados equivocados. Por exemplo, a presença de mais de 15 mil leucócitos por mm3 pode significar ruptura esplênica no trauma abdominal;15 outros autores82 encontraram leucocitose, imediatamente após o trauma, em apenas 17% dos pacientes com injúria intra-abdominal.

As radiografias simples do abdômen contribuem para indicar cirurgia em poucos casos de trauma abdominal.70 Elas são imprecisas, principalmente no que diz respeito à presença de líquidos anormais na cavidade peritoneal.

O RX de tórax tem valor quando demonstra fratura de costelas sobre o fígado e baço, suspeita de lesão diafragmática e quando demonstra pneumoperitônio.

A arteriografia esplâncnica pode ser mais valiosa que a radiografia simples, para avaliar o trauma.43,52,76 Em 17 pacientes com trauma de baço, observou-se um acerto diagnóstico de 82%.43

A cintilografia tem sido utilizada como método diagnóstico, em pacientes com trauma de abdômen.19,27,59 No entanto, este método é utilizado para diagnóstico da lesão do baço e fígado, não ajudando no diagnóstico da lesão de outras vísceras.

A peritonioscopia, a ultra-sonografia e a tomografia abdominal poderiam, em determinados casos, ser utilizadas, mas, para isso, exigiriam material e pessoal técnico especializados, o que não existe na maioria das cidades do nosso país.

Pelo que foi exposto, fica patente a necessidade de se dispor de um meio diagnóstico complementar que seja sensível, de fácil execução, rápido e inócuo e que iria, juntamente com os meios diagnósticos, facilmente disponíveis, contribuir decisivamente para o diagnóstico das lesões das vísceras; abdominais, como é o caso da punção abdominal. Ela é, pois, um procedimento invasivo que consiste na introdução de uma agulha ou trocarte na cavidade abdominal com finalidade diagnóstica ou terapêutica.

Seguindo-se à punção pode-se fazer uma lavagem peritoneal que toma aquela mais sensível na identificação de líquidos anormais.

Histórico

Saloman63 (1906) descreveu pela primeira vez a técnica de punção da cavidade abdominal, utilizando-se de uma tentacânula. No entanto, a freqüente incapacidade de obter líquido peritoneal e a ocorrência de peritonite pós-operatória contribuíram decisivamente para arrefecer o ânimo daqueles que utilizavam ou pretendiam utilizar o método. Em 1926, Neuhof e Cohen50 relataram a utilização de uma agulha de punção raquidiana em mais de 100 pacientes. Em 1947, Wright84 aspirou os quatro quadrantes do abdômen para melhorar a exatidão da paracentese: na avaliação do trauma abdominal. Byrne,13 em 1957, e Williams,82 em 1959, recomendavam a punção abdominal em pacientes com trauma do abdômen. Em 1960, Shaftan70 utilizou, pela primeira vez, a punção abdominal para avaliação do trauma penetrante do abdômen. Em 1964, Canizaro,15 com o propósito de aumentar a eficácia da punção abdominal, executou, experimentalmente, a lavagem peritoneal. Em 1965, Root61 utilizou a lavagem peritoneal in anima nobili. Nos anos seguintes, a punção abdominal e a lavagem peritoneal foram amplamente utilizadas 1,10,17,22,30,79 com exatidão variável, permitindo reconhecer, precocemente, lesões intra-abdominais e evitar laparotomias; desnecessárias.

Indicações

Trauma Abdominal Fechado. É uma das indicações mais freqüentes da punção abdominal. Tem o objetivo de confirmar a presença de sangue10,13,57 e de outros líquidos anormais devidos à lesão das estruturas da cavidade ou da parede abdominal.

A punção abdominal está indicada sobretudo no paciente chocado, com sinais de irritação peritoneal, que não responde à reposição volêmica, com aumento da circunferência abdominal e marcas de contusão no abdômen. Dada a inocuidade do método, ele poderia ser feito mesmo antes do aparecimento dos sinais clássicos de choque ou peritonite, em dúvidas diagnósticas.

O índice de acerto da punção abdominal varia de 70 a 90% na maioria das séries, podendo algumas vezes alcançar níveis mais elevados. 20,35,65,66,69

A positividade da punção aproxima-se de 100% quando a quantidade de líquido é superior a 300 cm3 e diminui com a redução desse volume.30 A quantidade mínima de sangue necessária para que a punção seja positiva varia de 200 a 250 cm3.20,35 No volume de sangue inferior a 200 cm3 estaria indicada a lavagem peritoneal para sua confirmação. A positividade da lavagem peritoneal tem sido verificada com valores de 30 a 50 cm3 e, experimentalmente, 40 com valores de até 5 cm3.

O índice de acerto da lavagem peritoneal é maior que o da punção abdominal, variando entre 90 e 100%16,21,25,53,60,64 Ela deve ser utilizada quando a punção abdominal é negativa reiteradas vezes79 e pode ser executada mesmo em pequenos hospitais, contribuindo decisivamente na indicação de uma laparotomia.25,65 O equipamento para lavagem é simples e barato, a técnica é fácil e rápida, e os resultados são facilmente interpretados. Seu uso rotineiro foi, em grande parte, responsável pelo rápido e definitivo tratamento do paciente com lesão intra-abdominal .21 Dada a sua alta sensibilidade, evita laparotomias desnecessárias, mas pode às vezes ser prejudicial, levando à laparotomia pacientes portadores de lesões orgânicas mínimas controladas clinicamente.56 Sua utilização precoce, no paciente com múltiplos traumas, é alicerçada no fato de que 15 a 58% de mortalidade devem-se ao retardo ou erro de diagnóstico de lesões intra-abdominais.44

Trauma Abdominal Aberto. Há casos em que a exploração cirúrgica é flagrante e deve ser realizada imediatamente (evisceração, distensão abdominal não controlável clinicamente, deterioração dos sinais vitais, sangramento no tubo digestivo e às vezes no trato geniturinário, pneumoperitônio aos RX). Nos demais casos, alguns adotam a conduta expectante, outros realizam sistematicamente uma laparotomia exploradora11 e outros realizam uma punção-lavagem penitoneal.46,74,75

Em 336 lesões penetrantes, Danto18 não obteve qualquer resultado falso-negativo com a punção-lavagem abdominal. Por outro lado, pacientes não submetidos a esse exame tiveram 21% de laparotomias brancas que elevam a morbimortalidade, bem como aumentam os custos e período de hospitalização.45,72

Lesões Penetrantes no Tórax, Abaixo do Quarto Espaço Intercostal. O diafragma pode, durante a expiração, atingir até o 4o espaço intercostal. Quando existem sinais evidentes de irritação peritoneal, o ferimento apresenta uma trajetória abdominal e o agente vulnerante está localizado na cavidade abdominal, faz-se a laparotomia exploradora. Nos demais casos, deve-se executar uma punção e lavagem peritonial pelo perigo de lesão intra-abdominal associada.73,75 Moore et al.46 observaram que 15% dos ferimentos perfurantes, e 46% dos ferimentos por projéteis penetrantes na parte inferior do tórax estavam associados com lesão de víscera abdominal.

Lesões Penetrantes no Dorso, Flanco e Períneo. Quando há suspeita de lesão intra-abdominal, a punção com ou sem lavagem peritoneal deve ser executada.

No Trauma Craniano Associado a Trauma de Abdômen. A punção abdominal deve ser executada no paciente inconsciente. Ela é tão obrigatória quanto a tomada de pulso e da pressão arterial.' Alguns autores4,51,77 realizam a lavagem peritoneal. Wilson et al.83 enfatizam a letalidade no trauma combinado de cabeça e abdômen, relatando 56% de mortalidade e atribuindo 26% das mortes ao não diagnóstico da lesão intra-abdominal.

Suspeita de Hemoperitônio Não-Traumático. É uma das principais indicações de punção abdominal.

O hemoperitônio, não-traumático é provocado pela ruptura de uma prenhez tubária, de um cisto ovariano hemorrágico, de um aneurisma arterial, pela pancreatite aguda necro-hemorrágica etc.

Suspeita de Sofrimento ou Necrose Visceral. O recolhimento de um líquido serossangüíneo, ou vinhoso, com odor necrótico, praticamente confirma o diagnóstico.

Crianças ou Idosos Vítimas de Trauma. Está indicada, em virtude da dificuldade de interpretação dos sinais físicos ou, às vezes, da realização de uma anamnese.

Qualquer paciente com quadro abdominal agudo em que urna laparotomia exploradora seja de indicação duvidosa.

Doenças Inflamatórias Agudas Intra-Abdominais. A punção abdominal tem mais valor nas formas difusas, com peritonite generalizada, não devendo ser rotina nas doenças inflamatórias localizadas.74,81 Evita operações em pacientes com peritonite pneumocócica ou gonocócica.71

A lavagem peritoneal serviu para confirmar ou auxiliar o diagnóstico em 72% dos casos de doenças inflamatórias abdominais, incluindo colecistite e doenças ulcerosas pépticas. 28

Lesões de Medula Espinhal. Nestas condições, a lavagem peritoneal tem grande valor. Tibbs78 obteve 100% de acertos de diagnóstico, utilizando a lavagem peritoneal em paraplégicos agudos.

Outras Indicações da Punção Abdominal.

Classificação

Da Punção Abdominal. Quanto ao local de punção:

Quanto ao número de locais puncionados:

Alguns autores preferem utilizar quatro agulhas, colocando uma em cada quadrante.6,17,58

Quanto à posição do paciente:

Quanto à sua evolução: A punção pode, ainda, ser classificada em: Da Lavagem Peritoneal. Manganaro et al. classificam-na em:

A técnica aberta é defendida por alguns.23,29,58 O cateter é colocado na cavidade peritoneal sob visão direta. A técnica semifechada foi originalmente descrita por Root.61 O peritônio é puncionado por um cateter de diálise e estilete.

Na técnica, a cavidade peritoneal é puncionada, às cegas, com uma agulha, trocarte ou cateter e estilete.67

Cuidados

O exame é simples e prático, podendo ser realizado em qualquer hospital, desde que guardados os cuidados de anti-sepsia.

Os seguintes aspectos devem ser observados na realização do exame:

Técnicas de Punção e Lavagem Peritoneal

São várias as técnicas de punção abdominal. Observam-se divergências relativas ao tipo de agulha, locais de punção e quando preteri-la em lugar do lavado peritoneal. 20,35,66,67,70

Punção Abdominal com Agulha.

Colocação dos campos operatórios ou de um campo operatório fenestrado para delimitar o local da paracentese (Fig. I-15-2).

Punção e Lavagem Peritoneal Semifechada.

Punção e Lavagem Peritoneal Aberta. (Fig.I-15-4)

Punção e Lavagem Peritoneal (Técnica de Krausz). (Fig. I-15-5). É semelhante ao método percutâneo, não havendo necessidade de incisão cutânea. A agulha de um "intracath" no 14 é conexionada a uma seringa e introduzida na cavidade abdominal. A seguir é feita a aspiração que, se positiva, encerra o exame. Se negativa, introduz-se um "intracath" no 14 por dentro da agulha, em direção ao fundo-de-saco pélvico. A agulha deve ser tracionada e retirada com cuidado sobre o cateter. A seguir, aspira-se o cateter e o recolhimento de líquido anormal encerra o exame. Caso contrário, deve-se injetar um litro de soro fisiológico ou Ringer-lactato. Alguns minutos após, o frasco de soro é colocado a um nível abaixo do paciente para que se processe a aspiração por sifonagem. O líquido colhido é examinado macroscopicamente e, se necessário, microscopicamente. No final da operação, o cateter é retirado e um curativo é aplicado no local da punção.

Em um estudo prospectivo, com a finalidade de comparar a exatidão e segurança entre os métodos aberto e fechado de punção e lavagem peritoneal, em 210 pacientes, Pachter et al.55 chegaram às seguintes conclusões: não houve resultados falso-negativos em nenhum dos dois métodos; a exatidão do método aberto foi de 98,1% e a do método fechado foi de 91,4% as complicações foram mais importantes no método fechado e concluem que o método aberto é superior ao fechado. Manganaro et al.44 afirmam que o método aberto é mais seguro para o diagnóstico, bem corno para prevenir lesões viscerais iatrogênicas; ou resultados falso-positivos, ou ambos. Moore et al.,46 comparando a técnica fechada com a técnica aberta de punção e lavagem peritoneal concluem que a técnica aberta é superior. Myer et al. 49 afirmam que a técnica semifechada de lavagem peritoneal é de fácil e rápida execução, podendo ser realizada por apenas uma pessoa, sendo contra-indicada em pacientes com possíveis aderências. Krausz et al.41 executam a técnica fechada de lavagem peritoneal e salientam as suas vantagens.

Pelo que foi exposto, conclui-se que a técnica aberta é a melhor, sob vários aspectos, porém mais trabalhosa, devendo ser realizada sob rigorosas condições, de anti-sepsia.

Limitações das Técnicas de Punção e Lavagem Peritoneal

Complicações

Felizmente são raras, variando entre 0 a 1,2%33,41,47,48 e a maioria delas resulta de técnicas incorretas.

Considerações Finais

A punção abdominal é um meio propedêutico eficaz para detectar, na cavidade peritoneal, líquidos (sangue, pus, bile, conteúdo gastrintestinal) decorrentes de lesão visceral traumática ou não.

Se a negatividade da punção é polêmica, pode-se repetir a punção ou realizar-se a lavagem peritoneal, exceto se os dados clínicos atestam a favor de grave lesão traumática intra-abdominal, o que requer laparotomia exploradora com urgência.

Quando o paciente, vítima de trauma abdominal, apresenta-se clinicamente bem, justifica-se o tratamento conservador se forem negativas a punção e a lavagem peritoneal, dada a alta sensibilidade diagnóstica dessa associação. Nesse ínterim, o médico, objetivando alcançar o diagnóstico preciso, além da obrigatoriedade de observação clínica freqüente do paciente, pode solicitar outros exames complementares e necessários, tais como hemograma, urina, radiografias do abdômen e tórax. Alguns autores81 recomendam a angiografia abdominal, outros preconizam exames igualmente requintados, mas impossíveis de serem realizados, na maioria das vezes, por exigirem material e pessoal técnico especializados.

A punção abdominal é positiva quando se obtém, da cavidade abdominal, líquido francamente patológico, sob os pontos de vista macro e microscópicos. Ela quase sempre indica cirurgia, exceto em alguns casos, como por exemplo o na peritonite primária e na pancreatite aguda.

A presença de sangue livre na cavidade, peritoneal não é por si só uma indicação de cirurgia em pacientes hemodinamicamente estáveis. Tem sido utilizada a lavagem peritoneal com a finalidade de certificar a cessação do sangramento através de análise macroscópica e dosagem do hematócrito.

A punção e a lavagem peritoneal podem apresentar resultados falso-positivos e falso- negativos. Os resultados falso-positivos decorrem da má técnica e da diapedese de eritrócitos de um hematoma retroperitoneal,32,38 bem como de hemostasia inadequada, sangramento da incisão, lesão do omento, lesão de vísceras torácicas que sangram para o abdômen e hematomas da parede abdominal. Estes resultados são praticamente inexistentes quando se utiliza a técnica aberta de lavagem peritoneal. Os resultados falso-negativos decorrem de má técnica e do desconhecimento das limitações das técnicas de punção e lavagem peritoneal, já referidas. Elas podem ser minimizadas através da punção e lavagem peritoneal repetidas ou adotando-se outros meios diagnósticos como o RX de tórax e do abdômen.

Finalmente, convém lembrar que a punção abdominal é um exame complementar invasivo e que, por isso, não dispensa a anamnese e o exame físico bem feitos. Pode ser facilmente executada por qualquer médico, com o mínimo de risco para o paciente, nos setores do hospital onde existam condições adequadas de anti-sepsia.

Por ser complemento, é auxiliar. Por ser auxiliar, exige que passemos antes pelos princípios básicos da semiologia abdominal de urgência. Na maioria das vezes, a anamnese, o exame físico cuidadoso e paciente e a observação vigiada contínua e atenta chegam ao diagnóstico sindrômico ou etiológico. Isso vale dizer que a invasão propedêutica do abdômen, sem cumprir rigorosamente aquele roteiro, deforma a conduta profissional e impõe ao paciente procedimentos às vezes dispensáveis e de risco relativo,

Antes da punção, há que se ouvir, observar, apalpar, auscultar e manter-se, por algumas horas, vigilante e ao lado do paciente ou examinando-o mais vezes.

A norma de puncionar imediatamente à recepção do doente demonstra uma atitude apressada, não só em tentar resolver o problema, mas em encurtar nosso trabalho e contato com ele. Essa atitude, por incrível que pareça, compromete em parte o resultado positivo e global do tratamento.

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