POPULATION REPORTS

Continua a revolução reprodutiva


 

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Resumo
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Capítulos

A fertilidade continua em queda

A queda da fertilidade está mais lenta?

Uso de anticoncepcionais

Intenções de uso da contracepção

As opções diferentes de métodos anticoncepcionais

Conhecimento e disponibilidade da contracepção

Outras influências diretas sobre a fertilidade

Preferências em termos de fertilidade

Mulheres jovens

Sobrevivência e saúde das crianças

Saúde maternal

Bibliografia

Quadros e Tabelas

 

Publicado pelo INFO Project, Center for Communication Programs, The Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, 111 Market Place, Suite 310, Baltimore, Maryland 21202, EUA.

Volume XXXI,
Número
2
Primavera de 2003
Série M, Número 17

Continua a revolução reprodutiva

A fertilidade caiu em quase todos os países em desenvolvimento pesquisados desde 1990, enquanto que aumentou o uso de métodos anticoncepcionais modernos. Estas tendências são o prolongamento de mudanças de longo prazo nas atitudes e no comportamento. Os resultados de mais de 100 pesquisas realizadas desde 1990 indicam que, com a difusão cada vez maior dos programas de planejamento familiar, mais pessoas desejam agora famílias menores e mais pessoas conseguem ter famílias do tamanho desejado.

Desde 1990, 120 pesquisas com mulheres (apesar de algumas incluírem também os homens) foram realizadas em 71 países como parte dos programas de Pesquisas Demográficas e de Saúde (DHS, em inglês) e de Pesquisas de Saúde Reprodutiva (RHS). Estas pesquisas dão uma idéia sobre a situação atual do uso de anticoncepcionais, a sobrevivência infantil e outras questões básicas da saúde reprodutiva.

O que as pesquisas mostram

O uso de anticoncepcionais e as taxas de fertilidade variam substancialmente nos países em desenvolvimento. Em alguns países da Ásia e América Latina, pelo menos 75% das mulheres casadas usam algum método anticoncepcional, taxa esta equivalente à dos países desenvolvidos. Em contraste, em alguns países da região sub-Saara da África, menos de 10% das mulheres casadas usam anticoncepcionais. As taxas de fertilidade variam de apenas 2,3 filhos por mulher no Vietnã a 7,2 em Niger.

Apesar da fertilidade ser mais elevada e o uso da contracepção menos comum nos países da África sub-Saara do que em outros, as pesquisas indicam que partes da África já iniciaram o caminho tomado também por outras regiões. A fertilidade reduziu-se em mais de 1% ao ano em 9 de 16 países da região sub-Saara, conforme demonstra mais de uma pesquisa realizada desde 1990.

Uso da contracepção: No mundo inteiro, mais de 600 milhões de mulheres casadas estão praticando a contracepção, quase 500 milhões em países em desenvolvimento. Entre as mulheres casadas, o uso de anticoncepcionais aumentou em todos menos dois países em desenvolvimento pesquisados mais de uma vez desde 1990. Entre as mulheres não casadas mas sexualmente ativas, o uso de anticoncepcionais aumentou em 21 de 25 países.

Quatro métodos anticoncepcionais modernos – esterilização feminina, anticoncepcionais orais, injetáveis e o DIU – são os mais comumente usados pelas mulheres casadas dos países em desenvolvimento. Juntos, estes quatro métodos são responsáveis por quase 75% de todo o uso de anticoncepcionais. Os preservativos masculinos vêm logo em seguida ao DIU. Desde 1990, o uso de injetáveis aumentou substancialmente e eles se tornaram o terceiro método mais comumente usado nos países em desenvolvimento pesquisados.

Intenções reprodutivas: Cresce o número de mulheres casadas que querem parar de ter filhos. Sem considerar a região sub-Saara da África, quase 60% das mulheres casadas pesquisadas desde 1990 declararam não querer mais filhos. Na medida em que se disseminam novas atitudes reprodutivas, diminui o tamanho da família que as mulheres consideram ideal.

Demanda não atendida: Estima-se que 105 milhões de mulheres casadas (1 em cada 5) têm necessidades não satisfeitas de planejamento familiar, ou seja, continuam sexualmente ativas e querem evitar a gravidez, mas não estando praticando a contracepção. A porcentagem de mulheres com esta demanda não atendida reduziu-se desde 1990, porém o número absoluto variou pouco devido ao crescimento natural da população.

Jovens não casadas: Em muitos países, um número crescente de mulheres não casadas de idade entre 15 e 24 anos são sexualmente ativas antes do casamento. Estas mulheres jovens usam a contracepção e, particularmente, os preservativos. Mesmo assim, muitas mulheres jovens não casadas acabam tendo gravidezes indesejadas e muitas correm o risco de contrair HIV/AIDS e outras infecções sexualmente transmissíveis.

Sobrevivência e saúde infantil: As taxas de sobrevivência de bebês e crianças melhorou em quase 30% nos países em desenvolvimento pesquisados como um todo desde 1990. Mas a mortalidade de bebês e crianças aumentou em alguns dos países da região sub-Saara, particularmente naqueles mais atingidos pela epidemia de HIV/AIDS. Poucos países pesquisados conseguiram atingir a meta, estabelecida pela OMS e a UNICEF, de imunizar pelo menos 80% das crianças, até 2000, contra as doenças infantis mais comuns.

Atendimento de saúde maternal: Em geral, a porcentagem de mulheres casadas que deu à luz em uma instalação médica aumentou um pouco desde 1990. No entanto, na maior parte da África do Norte e na Ásia, bem como em certas partes da África sub-Saara, continua mais provável que uma mulher dê à luz em casa do que numa instalação médica. Um quarto das mulheres pesquisadas em países em desenvolvimento não recebeu nenhum atendimento pré-natal de um profissional qualificado durante sua gravidez mais recente.

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