03 - Uso dos Injetáveis
Equipe Editorial Bibliomed
Exceção feita a alguns países, poucas mulheres utilizam os anticoncepcionais
injetáveis, em comparação com outros métodos. No entanto, as estatísticas fornecidas
por agências doadoras parecem sugerir que o uso dos injetáveis está crescendo.
Cerca de 12 milhões de mulheres em países em desenvolvimento usam os
anticoncepcionais injetáveis, ou seja, 1,5% das mulheres casadas em idade reprodutiva e
3% de mulheres casadas que usam anticoncepcionais. Em comparação, entre as mulheres
casadas que praticam a anticoncepção, 36% dependem da esterilização voluntária
feminina, 25% de DIUs, 12% de anticoncepcionais orais, 9% da vasectomia e 6% de
preservativos. Na maioria dos países, o grau de utilização dos injetáveis ainda está
muito baixo para que se possa fazer qualquer estimativa de utilização futura (83, 195).
A demora da aprovação regulamentar nos EUA e a controvérsia que vinha acompanhando o
uso de injetáveis limitaram a disponibilidade do produto e, em conseqüência, sua
utilização em todo o mundo. Muitas clínicas não oferecem os produtos injetáveis ou,
quando oferecem, freqüentemente o suprimento é deficiente (4, 19, 134, 144, 262, 281,
297, 366). Por exemplo, em Bangladesh, apesar dos injetáveis serem amplamente utilizados,
uma pesquisa de 1992 revelou que 58% dos provedores de serviços e gestores de programas
haviam recusado possíveis usuárias devido às falhas de suprimento; 11% das mulheres
declararam ter interrompido o uso dos injetáveis ou trocado de método porque não
conseguiam garantir a aplicação das injeções (4). Em 1994, 5% das mulheres casadas e
em idade reprodutiva em Bangladesh estavam usando produtos injetáveis (218).
O conhecimento da existência de produtos injetáveis não é tão disseminado quanto o
conhecimento sobre outros métodos. Por exemplo, em 31 dos 53 países cobertos pelas
Pesquisas Demográficas e de Saúde (DHS) ou outras pesquisas similares, pelo menos um
quarto das mulheres casadas, em idade reprodutiva, não estavam informadas da existência
dos produtos injetáveis (268) (veja a Tabela 2).
(A título de comparação, em 16 daqueles países, pelo menos um quarto das mulheres não
estavam informadas sobre os anticoncepcionais orais.) Freqüentemente, as mulheres que
sabiam da existência de injetáveis não sabiam onde obtê-los.
Alguns países servem de contraste ao padrão seguido no resto do mundo. Nos países
que têm o maior uso de injetáveis — na Indonésia, esse uso atinge 15% das mulheres
casadas em idade reprodutiva e, na Tailândia, 12% —os injetáveis já estão
amplamente disponíveis há mais de 15 anos. A Tailândia registrou o AMPD em 1970 e
começou a oferecê-lo pelo programa nacional de planejamento familiar em 1975,
tornando-se um dos primeiros países a fazê-lo (20, 34). Entre 1987 e 1991, o uso na
Tailândia aumentou de 9% a 12% das mulheres casadas em idade reprodutiva. A Indonésia
registrou o AMPD em 1976 e, agora, o produto é fabricado localmente (187). Entre 1987 e
1994, o uso aumentou de 10% a 15% das mulheres casadas em idade reprodutiva. Os
injetáveis são muito apreciados nesses países, onde as mulheres valorizam a
conveniência desse tipo de produto e não temem os sangramentos menstruais irregulares e
a amenorréia
Entre os países desenvolvidos, a maior prevalência de uso de produtos injetáveis
ocorre na África do Sul (veja a Tabela 2) e
na Nova Zelândia. No período 1993–94, o objetivo de 4% das visitas à Associação
de Planejamento Familiar da Nova Zelândia era o de receber a aplicação inicial ou
aplicações posteriores do AMPD (206). As pesquisas realizadas em outros países
desenvolvidos não mencionam os injetáveis ou então os incluem entre "outros"
métodos (228, 289, 319). Nos Estados Unidos, a última pesquisa nacional foi realizada
antes do AMPD ser aprovado (247). A Federação de Planejamento Familiar dos Estados
Unidos forneceu o AMPD a cerca de 141.000 mulheres em 1994, ou seja, 7% de suas clientes
de planejamento familiar (363).
Aumentam as Remessas dos
Doadores
As agências doadoras relatam um aumento nos pedidos de injetáveis durante a década
de 90. O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), maior fornecedor de
injetáveis, contribuiu com 12 milhões de doses em 1992 e 20 milhões de doses em 1994,
incluindo remessas feitas para o Banco Mundial. Do total de remessas de injetáveis feitas
pelo UNFPA, três quartos são de AMPD e um quarto, de EN NET (118). Assim, em 1994, o
UNFPA enviou injetáveis em número suficiente para atender a cerca de 4,6 milhões de
mulheres-anos de uso. As entregas de AMPD pela Federação Internacional de Planejamento
Familiar (IPPF) aumentaram de 336.000 doses, em 1991, para 735.000 doses em 1994. As
entregas de EN NET aumentaram de 305.000, em 1991, para 438.000 em 1994 (145).
A USAID planeja entregar pelo menos 2,6 milhões de doses de AMPD em 1995 — o
suficiente para 650.000 mulheres pelo período de 1 ano. A agência entregou 1 milhão de
doses entre agosto (quando começou a entrega) e dezembro de 1994. A maior remessa para
1995 está planejada para o Nepal (311.200 doses), Moçambique (248.000 doses), Peru
(215.600 doses), Tanzânia (206.400 doses) e Nigéria (200.000) (45).
Population Reports is published by the Population Information Program, Center for Communication Programs, The Johns Hopkins School of Public Health, 111 Market Place, Suite 310, Baltimore, Maryland 21202-4012, USA
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