Sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS no Brasil: declínio da incidência após ART

O sarcoma de Kaposi (SK) relacionado com a AIDS é um modelo único de relação entre a infecção viral, imunidade, fatores ambientais e os genéticos.

Um estudo publicado na revista International Journal of Dermatology determinou a distribuição dos casos de SK entre regiões geopolíticas brasileiras, analisando a relação ecológica com a contagem média de células CD4. Tratou-se de um estudo utilizando banco de dados de relatórios brasileiros sobre doenças.

Foram encontrados 11.731 casos de SK no período, com uma prevalência de 2,4% entre os casos de AIDS, 88% eram do sexo masculino e 68% viviam na região Sudeste, que respondeu por 59% dos casos de AIDS. As tendências de prevalência regionais e nacionais foram semelhantes, embora a maior proporção entre as mulheres fosse encontrada na região Norte, que tem o menor número de dois casos de AIDS e SK.

A transmissão heterossexual foi responsável por 87% da transmissão de HIV entre as mulheres em comparação com 18% entre os homens. O uso de drogas injetáveis ​​foi responsável por 11% dos casos de SK. A sobrevida média era de 472 dias antes da era ART e 1482 depois após ( P  <  0,001). Valores medianos de CD4 aumentaram em todas as regiões no período de cobertura ART, e houve um declínio nos casos de sarcoma de Kaposi.

A prevalência do sarcoma de Kaposi declinou após a introdução da ART em todas as regiões do Brasil, sugerindo proteção individual transmitida pela ART.

Fonte: International Journal of Dermatology; Vol 52 Edição 12

Área: infectologia
Palavras chave: infectologia, HIV, ART, sarcoma de Kaposi, prevalência, CD4

Assinantes


Esqueceu a senha?