Vulnerabilidade de mulheres vivendo com HIV/AIDS

Duarte MT, Parada CM, Souza Ldo R.

OBJETIVO:

Traçar o perfil de mulheres vivendo com o vírus da imunodeficiência humana/AIDS em municípios do interior do Estado de São Paulo, buscando-se identificar características relacionadas à vulnerabilidade individual, social e programática e analisar as condições em que tiveram conhecimento de seu status sorológico.

MÉTODO:

Entre outubro de 2008 e dezembro de 2010, foi realizado estudo transversal, envolvendo 184 mulheres atendidas em serviço especializado. Os dados foram obtidos por entrevista e exame ginecológico, com coleta de amostras para diagnóstico etiológico de doenças sexualmente transmissíveis.

RESULTADOS:

Predominaram mulheres brancas, entre 30 e 49 anos de idade, com companheiro, baixo nível escolar, múltiplos parceiros sexuais durante a vida e prática de sexo inseguro. A prevalência de doenças sexualmente transmissíveis foi de 87,0%.

CONCLUSÃO:

Este estudo evidenciou elevada prevalência de DSTs entre mulheres vivendo com HIV/Aids, reforçando que a prática sexual insegura continua sendo mantida. Aliada a isso, contatou-se baixa percepção de risco e a manutenção das características pessoais e dos contextos socioculturais, econômicos e clínicos, apontando a vulnerabilidade do grupo estudado em suas três dimensões. O estudo sugere a necessidade de ofertar assistência ginecológica em serviços especializados e realização de ações multiprofissionais que reforcem a autonomia feminina na tomada de decisões protetoras.

Fonte: Rev Lat Am Enfermagem. 2014 Jan-Feb;22(1):68-75. doi: 10.1590/0104-1169.2837.2377.  Texto completo.

Área: Infectologia
Palavras-Chave: Infectologia, AIDS, SIDA, HIV, Infecções, Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Vulnerabilidade em Saúde; Mulheres

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