Desafios na nutrição do lactente e da criança no contexto do HIV

Sint, Tin Tina; Lovich, Ronnieb; Hammond, Wendyc; Kim, Mariad; Melillo, Sarae; Lu, Lydiaf; Ching, Pamelaf; Marcy, JenniferC; Rollins, Nigelg; Koumans, Emilia Hf; Heap, Amie Nh; Brewinski-Isaacs , Margareti

Existe consenso sobre os benefícios para todas as crianças de aleitamento materno exclusivo por 6 meses e introdução de alimentos complementares adequados aos 6 meses, seguido de continuidade da amamentação . No entanto, as orientações sobre a alimentação de bebês e crianças para as mães HIV- positivas têm mudado continuamente desde o ano 2000.

Este artigo explora as questões e evidências  relacionadas com a alimentação de bebês e crianças para a prevenção e cuidados de pacientes pediátricos com HIV em contextos de situações de recursos limitados à luz das novas diretrizes para o tratamento do HIV, os desafios de implementação e lacunas de conhecimento.

Em 2010, o impacto das drogas antirretrovirais (ARV) na redução do risco da transmissão de mãe para filho do HIV levou a que a Organização Mundial de Saúde (OMS) exortasse os países a endossar ou evitar a amamentação ou aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses, enquanto houvesse o uso de ARVs, dependendo de qual estratégia poderia dar seus bebês a maior chance de sobrevida livre de HIV.

As diretrizes baseadas em evidências, existentes desde 2010, recomendam que as mães HIV positivas em ambientes de alta carga/ baixos recursos recebam o mesmo aconselhamento acerca da alimentação do lactente e da criança de mães não infectadas pelo HIV: início precoce da amamentação 1 hora após após o nascimento, aleitamento materno exclusivo (AME) nos primeiros 6 meses e introdução de alimentos complementares adequados aos 6 meses, seguido de continuidade da amamentação.

A implementação das recomendações 2010 é desafiada pela falta de treinamento adequado dos profissionais de saúde, ligações clínicas comunitárias fracas, capazes de para apoiar os pares mãe / bebê e falta de fiscalização nacional e elaboração de relatórios sobre indicadores da alimentação infantil. São necessárias mais evidências acerca da prevenção e tratamento da desnutrição entre as crianças expostas e infectadas pelo HIV.

As lacunas de conhecimento incluem os efeitos da exposição prolongada às drogas antirretrovirais, a causa da diminuição do crescimento associada ao HIV, os efeitos dos exames precoces dos bebês sobre a continuação de intervenções nutricionais específicas necessárias para o progresso das crianças. Um progresso significativo foi feito para manter as mães vivas e para a redução da infecção pediátrica pelo HIV, mas a sustentação de compromissos políticos, financeiros e científicos são necessários para garantir intervenções significativas capazes de  eliminar a transmissão pós-natal e atender às necessidades nutricionais das crianças expostas e infectadas pelo HIV.

O texto completo deste artigo, no original em inglês, está disponível em  http://journals.lww.com/aidsonline/Fulltext/2013/11002/Challenges_in_infant_and_young_child_nutrition_in.5.aspx?WT.mc_id=HPxADx20100319xMP

Fonte: AIDS: November 2013 - Volume 27 - p S169-S177.


Texto Original em inglês

Challenges in infant and young child nutrition in the context of HIV

There is consensus on the benefits for all infants of exclusive breastfeeding for 6 months and introduction of appropriate complementary foods at 6 months, followed by continued breastfeeding. However, guidelines on infant and young child feeding (IYCF) for HIV-positive mothers have changed continually since 2000. This article explores issues and evidence related to IYCF for the prevention and care of paediatric HIV in resource-limited settings in light of new HIV treatment guidelines, implementation challenges and knowledge gaps. In 2010 the impact of antiretroviral drugs (ARVs) on reducing the risk of mother-to-child transmission of HIV moved WHO to urge countries to endorse either avoidance of all breastfeeding or exclusive breastfeeding for the first 6 months while taking ARVs, depending on which strategy could give their infants the greatest chance of HIV-free survival. Implementation of the 2010 recommendations is challenged by lack of healthcare provider training, weak clinic–community linkages to support mother/infant pairs and lack of national monitoring and reporting on infant feeding indicators. More evidence is needed to inform prevention and treatment of malnutrition among HIV-exposed and HIV-infected children. Knowledge gaps include the effects of prolonged ARV exposure, the cause of HIV-associated growth faltering, the effects of early infant testing on continuation of breastfeeding and specific nutrition interventions needed for HIV-infected children. Significant progress has been made toward keeping mothers alive and reducing paediatric HIV infection, but sustained political, financial and scientific commitment are required to ensure meaningful interventions to eliminate postnatal transmission and meet the nutritional needs of HIV-exposed and HIV-infected children.

Full text: http://journals.lww.com/aidsonline/Fulltext/2013/11002/Challenges_in_infant_and_young_child_nutrition_in.5.aspx?WT.mc_id=HPxADx20100319xMP

Fonte: AIDS: November 2013 - Volume 27 - p S169-S177.

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