Psicossomática: Teoria e Prática - Capítulo 17 - A Depressão na Prática Clínica - Parte II
Parece consensual a idéia de que o reconhecimento da depressão nos contextos clínicos não-psiquiátricos apresenta dificuldades adicionais e, mesmo assim, são de responsabilidade - muitas vezes exclusiva - dos médicos não-psiquiatras, menos motivados, direcionados ou preparados. Esses três adjetivos resumem um primeiro grupo de obstáculos ao diagnóstico. Por sua vez, eles aplicam, na sua prática, o modelo biomédico atual, que separa o físico e o psíquico, cuja rigidez não permite a percepção de que o adoecer é um fenômeno global da pessoa. A pessoa doente não cabe nesses limites estanques, pois ela estará vivenciando um contexto multifatorial, com seus componentes biológicos, psicológicos e sociais. Como doença tanto física quanto psíquica, a depressão também não respeita tais limites, que só dificultam sua identificação e abordagem. De fato, aí está essa tendência tão clássica quanto cartesiana de supervalorizar o orgânico, minimizando ou omitindo o psíquico.....
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