O monitoramento da função neurológica é de fundamental importância na unidade intensiva neurológica (UIN). Entretanto, até mesmo quando realizados de forma consciente, exames neurológicos seriados são descontinuados e podem omitir importantes mudanças na condição clínica do paciente, variando de acordo com a perícia do examinador. A monitoração neurofisiológica com eletroencefalograma (EEG) e potencial evocado (PE) são as principais ferramentas disponíveis para o neurointensivista para a avaliação objetiva do estado funcional do cérebro. Complementando o exame neurológico como uma medida da atividade fisiológica, o EEG e o PE podem prover também um diagnóstico informativo único, relacionado com o modelo específico das ondas cerebrais (p. ex., ausência, estado epiléptico, traçado alfa anormal, atenuação, crises convulsivas, além do ciclo diurno no EEG), ou alterações da função anatômica (p. ex., evidência de dano no tronco cerebral no estudo do PE).. Existem quatro aplicações importantes para a monitoração neurofisiológica (MNF) na unidade intensiva neurológica (UIN): a) a detecção de atividade epiléptica ou epilepsia focal; b) monitoração do estado neurológico (p. ex., detecção precoce da deterioração neurológica....