Cláudia Rocha Biscotto. Enio Roberto Pietra Pedroso . Introdução. A incidência de infecções fúngicas tem apresentado um aumento significativo nas últimas décadas, em conseqüência de profundas modificações em sua epidemiologia, manifestando-se como infecções hospitalares em população cada vez maior e de alto risco. As infecções fúngicas acometem especialmente pacientes que têm alterações em seus mecanismos de defesa. São prevalentes em pacientes expostos a tratamentos antiblásticos, corticosteróides, radioterápicos, a procedimentos invasivos e a doenças que criam portas para a entrada de fungos oportunistas. Acresce-se a isso o risco aumentado de infecções fúngicas associadas ao aumento da sobrevida de grupos especiais de risco, que incluem os portadores de neoplasias, diabetes mellitus, da síndrome de imunodeficiência adquirida, receptores de transplantes, pacientes com doenças geneticometabólicas em uso de nutrição parenteral prolongada, ou submetidos a controle hemodinâmico por intermédio de cateteres venosos, arteriais, intracerebrais, sondagens e intubações prolongadas.1-4. Os fungos, por serem eucariotas....