Marcílio José Rodrigues Lima. Marisa Fonseca Magalhães. Antônio Lacerda Filho. Introdução. A perda da continência anal representa, certamente, um grande impacto na qualidade de vida do paciente, comprometendo intensamente sua auto-estima e levando-o, muitas vezes, a isolamento social e limitação profissional importantes.. Sua real incidência é de difícil determinação pela própria condição embaraçosa do sintoma, levando muitos pacientes a omitirem o quadro ou o relatarem de forma imprecisa. Admite-se que possa atingir de 0,5% a 1,5% da população, podendo chegar até 5%, quando o escape nas vestes (soiling) também é considerado. Na clínica geriátrica essas cifras podem chegar a 50%28. . A complexidade dos mecanismos responsáveis pela continência anal, que envolvem desde a consistência das fezes até a sensibilidade anorretal e complacência retal, além, obviamente, da preservação da musculatura esfincteriana anal e pélvica, associadas a uma grande variedade de distúrbios causais, torna o tratamento da incontinência anal freqüentemente insatisfatório.. A incontinência....