João Lúcio dos Santos Júnior. Selmo Geber. . Introdução. . A asfixia neonatal (do grego — ausência de pulso) é definida como o espectro de condições que varia de episódios transitórios de hipoxia até acidose grave. Resulta de queda de tensão de oxigênio e aumento de CO2 (que leva a acidose respiratória) e, eventualmente, acidose lática (produto final do metabolismo anaeróbico). Esta resposta metabólica é considerada por muitos estudiosos como das causas mais importantes e prováveis de lesões ou paralisia cerebrais.. . Em stricto sensu, todos os neonatos sofrem algum tipo de asfixia, decorrente de uma mistura de acidoses metabólica e respiratória e hipoxemia advindas do trabalho de parto. A asfixia apresenta-se, no período de pré-parto, em 50% dos casos; no período intraparto, em 40% dos casos, e no período pós-parto, em 10% dos casos. Somente 10% dos recém-nascidos irão apresentar posteriormente uma lesão neurológica importante, sendo que o mecanismo fisiopatológico pelo qual a asfixia ou a hipoxia leva a lesão cerebral, às vezes associada com paralisia cerebral é ainda bastante obscuro.....